São feitas restrições para dividir os sites em categorias É exigido para o registro que a entidade possua representação no país, bem como CPF ou CNPJ.
Estrutura
Registros .br são em sua grande maioria usados como nomes de terceiro nível, ficando como segundo apenas institutos de ensino superior registrados até o final do ano de 2000; existe uma grande quantidade de nomes para o segundo nível, mas .com.br é o mais popular e usado de forma indistinta.
Criado e delegado ao Brasil em 18 de abril de 1989[2] por Jon Postel,[3] o domínio era, inicialmente, operado de forma manual pelo Registro.br e administrado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Essencialmente, apenas pesquisadores e as instituições às quais eles pertenciam tinham interesse e condições em se integrar à nova rede e, portanto, em registrar um domínio sob o .br.
Na época, as redes predominantes no cenário acadêmico brasileiro eram a BITNET (Because It’s Time NETwork), a HEPnet (High Energy Physics Network) e a UUCP (Unix-to-Unix Copy Program). Assim, antes mesmo da conexão brasileira à Internet, que se daria em 1991, o domínio foi utilizado para identificar as máquinas que participavam das redes já utilizadas pelos acadêmicos.
Em 1995, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) foi criado para, entre outros objetivos, coordenar a atribuição de endereços Internet (IPs) e o registro de nomes de domínios .br. O DNS (Domain Name System) brasileiro que, em 1996, começava o ano com 851 domínios registrados, experimentava um crescimento vertiginoso com a chegada em massa de empresas, provedores e mídia à Internet. O sistema de registro foi automatizado em 1997 e contou com desenvolvimento interno de software aberto.
Em 2005, o CGI.br criou seu próprio braço executivo, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br),[4] que exerce atualmente tanto a função administrativa quanto operacional dos registros.
Em 2017, contas associadas com registros de DNS de bancos brasileiros foram comprometidas. Pesquisadores da Kaspersky sugeriram que uma vulnerabilidade no site do NIC.br teria permitido o comprometimento do mesmo. O NIC.br admitiu a vulnerabilidade, mas o Diretor de Tecnologia à época, Frederico Neves, negou que aquele teria sido invadido, apesar de admitir que as contas foram comprometidas.[5]
Registro de domínios
Para registrar quaisquer domínios sob o .br, é necessário entrar em contato com o site www.registro.br. Entidades legalmente estabelecidas no Brasil como pessoa jurídica (instituição) ou física (profissional liberal e pessoas físicas) que possua um contato em território nacional podem registrar domínios. Empresas estrangeiras que possuam um procurador legalmente estabelecido no Brasil também podem fazê-lo, seguindo regras específicas.
O registro de domínios com caracteres especiais em português (à, á, â, ã, é, ê, í, ó, ô, õ, ú, ü e ç) é aceito desde 2005.[6]
Regras sintáticas do Registro .br
Tamanho mínimo de 2 e máximo de 26 caracteres, não incluindo a categoria, por exemplo: no domínio XXXX.COM.BR esta limitação se refere ao "XXXX".
Caracteres válidos são [A-Z;0-9], o hífen e os seguintes caracteres acentuados: à, á, â, ã, é, ê, í, ó, ô, õ, ú, ü, ç.[7]
Não pode conter somente números.
Para fins de registro, estabelece-se uma equivalência na comparação de nomes de domínio. O mapeamento será realizado convertendo-se os caracteres acentuados e o cedilha, respectivamente, para suas versões não acentuadas e o "c", e descartando os hifens. Somente será permitido o registro de um novo domínio quando não houver equivalência a um domínio preexistente, ou quando o solicitante for a mesma entidade detentora do domínio equivalente.
Observação: Especificamente para o domínio .NOM.BR é necessário a escolha de 2 nomes, ou seja: NOME1.NOME2.NOM.BR.
Domínios de Primeiro Nível (DPNs)
Domínios de primeiro nível (DPNs) sob o .br definem a categoria de um domínio registrado. Por exemplo, os endereços .com.br são designados para a categoria de sites sobre comércio enquanto os .org.br são destinados às organizações não governamentais.
Até o ano 2000, entidades de ensino superior eram autorizadas a registrar domínios diretamente sob a raiz .br (exemplo: ufmg.br, usp.br),[8] processo que foi alterado com a criação do .edu.br e o fechamento da raiz. Poucas exceções receberam autorização para usar domínios diretamente abaixo .br como primeiro nível até o final de 2000.[9]
destinado às instituições de ensino superior e às de pesquisa, que se inscrevem diretamente sob este domínio; este DPN "implícito" é equivalente ao ".edu" norte-americano. Exige-se a apresentação do comprovante de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda (CGC/MF) e a comprovação da atividade específica, não mais em utilização, substituído para .edu.br.
↑Andy Greenberg (4 de Abril de 2017). «How Hackers Hijacked a Bank's Entire Online Operation» (em inglês). Wired. Kaspersky believes the attackers compromised NIC.br (…) Kaspersky points to a January blog post from NIC.br that admitted to a vulnerability in its website (…) [Frederico Neves] denied that NIC.br had been “hacked.” But he conceded that accounts may have been altered
↑Registro.br - Dominios em Português e restrição de dados no WHOIS