2001 Mars Odyssey
Espera-se que os dados obtidos pela Odyssey ajudem a responder dúvidas sobre a existência passada de vida em Marte, além de avaliar riscos associados a radiação que os futuros astronautas em Marte podem experimentar quando visitarem a superfície do planeta. A sonda ainda atua como um retransmissor, auxiliando as comunicações entre a Terra e o rover Curiosity e, anteriormente, ambos os Mars Exploration Rovers e a sonda Phoenix.[1][5] O projeto foi desenvolvido pela NASA, com a fabricação da sonda a cargo da Lockheed Martin, com um custo estimado para toda a missão de US$ 297 milhões.[6][7] A missão foi nomeada como uma homenagem ao clássico filme 2001: A Space Odyssey, de 1968.[8] A sonda completou a sua missão principal, que decorreu-se entre fevereiro de 2002 e agosto de 2004, estando desde esta última data na fase de operação estendida.[1] Em 15 de dezembro de 2010, a Odyssey estabeleceu o recorde de espaçonave mais antiga operando em Marte, com 3 340 dias de operação.[9] Atualmente, a sonda possui propelente suficiente para manter sua órbita até 2025.[2] MissãoApós cerca de 200 dias de voo interplanetário a Mars Odyssey inicia a órbita de inserção em Marte através do auxílio dos seus propulsores (com uma queima de 20 minutos) e através da técnica de travagem aerodinâmica (durante 90 dias) coloca-se na sua orbita final, de 2 horas, em Abril de 2002.[10] A missão primária da Mars Odyssey é a de realizar um levantamento global do clima marciano e possível existência de água no presente ou passado por forma a avaliar a possibilidade da existência de vida no planeta. A missão primária da missão terminou em Agosto de 2004 e encontra-se desde então a realizar a missão secundária (ou estendida) que pretende auxiliar futuras missões não robóticas a Marte.[10] SondaA 2001 Mars Odyssey é uma sonda orbital constituída por uma estrutura em alumínio e titânio com sensivelmente 2,2 por 1,7 e 2,6 metros. Colocados sobre esta estrutura, estão os painéis solares que alimentam a sonda de energia eléctrica, a antena de alto-ganho para comunicação com a Terra através Deep Space Network da NASA, bem como alguns instrumentos que não podem estar colocados em proximidade com o corpo da sonda.[11] A estrutura da sonda está dividida em duas parte distintas. Uma contém os tanques, as bombas e os exaustores do sistema de propulsão; a outra secção contém a parte principal dos instrumentos de pesquisa científica: o sistema imagético de emissão térmica (THEMIS), o espectrómetro de raios gama (GRS), o detector de neutrões de elevada energia (HEND), o espectrómetro de neutrões e a câmara estelar (para posicionamento e navegação).[12] No lançamento, a sonda tinha um peso de 725,0 kg, em que 332 kg correspondem à estrutura e sub-sistemas, 350 kg ao combustível e o restante aos instrumentos.[11] ResultadosApós a conclusão, com sucesso, da sua missão primária, a 2001 Mars Odyssey tem continuado a cumprir objectivos ambiciosos, nomeadamente no auxílio à missão robótica na superfície do planeta (os dois rovers Spirit e Opportunity) realizando a retransmissão das comunicações dessa missão para Terra e vice-versa. Realiza, também, um reconhecimento prévio para preparação da chegada da missão Mars Reconnaissance Orbiter. Entretanto, a sonda demonstrou a existência de fortes evidências de presença de água na superfície (ou mesmo por debaixo da superfície) e realizou estudos importantes sobre as estações marcianas.[13] A sonda teve uma alteração de nome antes do seu lançamento devido às missões Mars Climate Orbiter e Mars Polar Lander terem falhado os seus objectivos, tendo obtido o seu nome actual em homenagem à novela 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Arthur C. Clarke. Ver também
Referências
Ligações externas
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