Adriano Vasco Rodrigues
Adriano Vasco da Fonseca Rodrigues ComIH (Guarda, Portugal, 4 de maio de 1928 - Porto, 22 de janeiro de 2025)[1] foi um arqueólogo, historiador, etnógrafo e professor português, cuja carreira se dividiu entre a docência, investigação científica e administração pública.[2][3] Entre 1965 e 1969, desempenhou funções em Angola como Inspetor Provincial Adjunto da Educação. Nesse período, colaborou com o Instituto de Investigação Científica de Angola, onde realizou escavações arqueológicas, organizou a secção de Arqueologia do Museu de Angola e, em parceria com sua esposa, Maria da Assunção Carqueja Rodrigues, elaborou a primeira Carta da Pré-História de Angola[2]. De 1969 a 1974, foi reitor e responsável pela organização do liceu-piloto Garcia de Orta, no Porto, onde implementou a primeira experiência de coeducação em Portugal[3]. Na esfera política e administrativa, foi deputado independente da Assembleia da República pelo CDS (1976 - 1982), Governador Civil da Guarda (1982 - 1983) e Diretor-Geral do Ensino Particular e Cooperativo (1983 - 1986). Em 1988, através de concurso internacional, assumiu o cargo de Diretor da Schola Europaea, na Bélgica, organismo da União Europeia, onde permaneceu até se jubilar, em 1996[3][4]. A Câmara Municipal do Porto atribuiu-lhe a Medalha de Ouro, em 1994, e o Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, a 8 de junho de 1996.[3][4][5] BiografiaNascido a 4 de maio de 1928, na cidade da Guarda, Portugal, destacou-se como arqueólogo, historiador, etnógrafo, educador e político, construindo uma carreira diversificada entre a docência, investigação científica e administração pública.[2][3] Iniciou a carreira docente em 1951, após concluir o Curso da Escola do Magistério Primário do Porto, leccionando como professor do ensino primário. Em 1956, licenciou-se em Ciências Históricas e Filosóficas na Universidade de Coimbra, onde também completou o curso de Ciências Pedagógicas. Especializou-se em História da Arte Medieval na Universidade de Santiago de Compostela, onde fez ainda o Curso de Língua e Cultura Espanhola. Posteriormente, foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, na Universidade de Bona, entre 1961 e 1962. [2][4][6] Leccionou no ensino secundário, primeiro como professor eventual, profissionalizando-se em 1960, após aprovação no Exame de Estado para o Exercício do Magistério Liceal. Entre 1958 e 1962, lecionou também no ensino superior, o curso de Arqueologia Peninsular no Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Porto.[7] Entre 1965 e 1969, desempenhou funções em Angola como Inspetor Provincial Adjunto da Educação, onde liderou a formação de professores, organizou a secção de Arqueologia do Museu de Angola e, em parceria com sua esposa Maria da Assunção Carqueja Rodrigues, produziu a primeira Carta da Pré-História de Angola.[2] De 1969 a 1974, foi reitor e organizador do Liceu-Piloto Garcia de Orta, pioneiro em introduzir a coeducação, e supervisionou programas de formação de professores. Posteriormente, ocupou cargos de destaque na administração pública e política, tendo sido deputado independente da Assembleia da República pelo CDS-PP (1976-1982), Governador Civil da Guarda (1982-1983) e Diretor-Geral do Ensino Particular e Cooperativo (1983-1986).[3][4] Em 1988, assumiu, por concurso internacional, o cargo de Diretor da Schola Europaea, na Bélgica, organismo da União Europeia, onde se destacou até sua jubilação em 1996. Durante a Europalia 91, na Bélgica, ministrou um curso sobre História e Cultura Portuguesa no Centro Cultural de Turnhout.[3][4] No âmbito universitário, lecionou História Geral da Arte na Universidade Livre do Porto (1978-1982) e na Universidade Portucalense (1986-1989). Em seu retorno à Universidade Portucalense, a partir de 1997, desenvolveu pesquisas e cursos livres nas áreas de Arte Africana, Numismática, História das Religiões e Antiguidades. Regeu também aulas de Arte, na Universidade Sénior da Foz, entre 1999 e 2004.[2] A Câmara Municipal do Porto atribui-lhe a Medalha de Ouro, em 1994, e o Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, a 8 de junho de 1996.[3][4][5] Adriano Vasco Rodrigues faleceu a 22 de janeiro de 2025, no Porto, aos 96 anos.[1] Publicou diversas obras sobre as suas especialidades, entre elas uma obra de carácter profundamente analítico sobre o antigo povo lusitano intitulada Os Lusitanos, bem como manuais de História da Civilização. Obras
Referências
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