Alucinação (álbum de Belchior) Nota: Este artigo é sobre o álbum do cantor Belchior. Para outros significados, veja Alucinação (desambiguação).
Alucinação é o segundo álbum de estúdio do cantor e compositor brasileiro Belchior, lançado em 1976 pela gravadora PolyGram, através do selo Philips[1] (atual Universal Music). Conta com sucessos que consagraram o cantor, como "Apenas um Rapaz Latino-Americano", "Como Nossos Pais" e "Velha Roupa Colorida".[1] Graças a esses hits, o álbum vendeu trinta mil cópias em apenas um mês.[2] No total, o álbum vendeu mais de quinhentos mil cópias, consagrando-o como um ídolo de massa.[3] Em 1977, em entrevista à revista Pop, Belchior explicou o título "Alucinação", dado ao disco: "Viver é mais importante que pensar sobre a vida. É uma forma de delírio absoluto, entende?".[1] A capa do disco é uma foto do cantor pelo fotógrafo Januário Garcia, tirada em um ângulo que segundo o profissional, não tem motivo específico. Os efeitos de cores e luzes foram obtidos por meio da técnica da solarização.[4] RecepçãoFortuna crítica
Renato de Moraes, escrevendo para a Folha de S.Paulo, elogia o disco de Belchior pela sua novidade: sem a influência da poesia concretista em suas letras, o disco do cantor cearense impressiona mais por suas extensas letras narrativas, ao estilo de Bob Dylan. Também é elogiada a sólida base sonora do álbum, que se divide entre o blues, o country, o baião e o rock.[5] Sérgio Cabral critica a fixação de Belchior pelo novo, dizendo que tudo em seu disco - o seu anarquismo, as suas contradições e as suas referências a maio de 1968 - é velho. Termina dizendo que considera o álbum um "desperdício de talento".[7] Nelson Motta, escrevendo para o mesmo Globo de Cabral, não concorda com o seu colega e elogia o trabalho de Belchior exatamente pela sua exploração dos sentidos de "novo", como também pela produção de Marco Mazzola e pela performance dos músicos.[6] LegadoJosely Teixeira Carlos, radialista, professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo, diz que "esse disco resume o sentimento de toda uma geração brasileira, interiorana no meio da cidade grande".[1] O jornal O Globo reafirma o pensamento de que o álbum seria revolucionário dentro da MPB ao explicar que "esta obra-prima do cantor e compositor contém canções que exprimiam a urgência do jovem brasileiro entre a violência do estado e o fim dos sonhos de liberdade".[1] Segundo o Correio 24 Horas, "o disco tornou-se um clássico instantâneo que atravessou gerações. Em dez faixas, o cearense relata suas angústias frente à cidade grande e o ocaso do sonho hippie, com ironia e um pouco de amargura".[8] É por conta disso que, conforme a revista Veja, "na trajetória do cantor, Alucinação é o disco fundamental. Considerado um dos maiores álbuns da música brasileira, é envolvido em desencanto, sentimento traduzido em 'Como Nossos Pais', que alcançou projeção ainda maior na voz de Elis Regina".[9] FaixasTodas as faixas escritas e compostas por Belchior.
CréditosFicha técnica
Músicos participantes
Referências
Bibliografia
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