Angélio Paulino de Souza
Angélio Paulino de Souza, mais conhecido como Ângelo (Onça de Pitangui, 31 de maio de 1953 — Itaúna,[1] 2 de agosto de 2007), foi um futebolista e advogado brasileiro, que atuava como meio-campista.[2] CarreiraRevelado pelo Atlético Mineiro, Ângelo era integrante do elenco que conquistou o Campeonato Brasileiro de 1971[3][4][5], quando disputou duas partidas.[6] Convocado para a Seleção de Juniores no Torneio de Cannes, na França, em 1972, defendeu o Brasil também nos Jogos Olímpicos de 1972.[3][5] A pedido de Barbatana, técnico que o revelou nos juniores do Atlético, foi emprestado ao Nacional, de Manaus, que defendeu nos Campeonatos Brasileiros de 1973 e 1974. De volta ao Atlético e mais uma vez sob o comando de Barbatana, passou a ser um dos veteranos do time vice-campeão do Campeonato Brasileiro de 1977[4], apesar da pouca idade[7], e um dos principais jogadores.[8] Nessa final, saiu contundido no segundo tempo da prorrogação depois de sofrer uma entrada dura de Neca e logo depois ter recebido um pisão de Chicão, ambos do São Paulo. Sofreu rupturas em quatro pontos diferentes do joelho[9], e imediatamente passou-se a questionar se ele voltaria a jogar, dúvida que seria sanada no dia seguinte.[10] Por causa da operação, não pôde estar presente ao nascimento de seu filho Juliano.[10] "É um dos casos mais graves que já atendi", explicou o médico Neilor Lasmar, que o operou. "E sei, pela característica dos ferimentos, que a entrada do Neca foi intencional. Foi o lance que mais danos fez. O segundo, do Chicão, naturalmente agravou as lesões."[9] Os dois são-paulinos garantiam que o lance foi normal e que o pisão foi mera catimba.[9] Ângelo só voltaria a jogar em 12 de outubro, na vitória do Atlético por 4 a 0 sobre o Uberlândia, pelo Campeonato Mineiro, dois meses antes do originalmente previsto.[10] Ele atuou durante os noventa minutos e recebeu vários prêmios de rádios como melhor em campo.[10] Durante os sete meses de tratamento, dividiu os exercícios com peso e as sessões de calor com um cursinho pré-vestibular, a fim de concorrer a uma vaga num curso de Engenharia, no ano seguinte.[10] O atleta evitou falar sobre futebol no período: "Quando eu ouvia os jogos do Atlético, ficava muito angustiado. Percebi que isso estava servindo apenas para me desanimar. Preferi cuidar apenas da minha vida particular e da minha recuperação."[10] Apesar de Ângelo considerar que tanto Neca como Chicão tinham sido desleais no lance, ele não queria que o clube prosseguisse com um processo contra ambos na Justiça, para não prejudicá-los.[10] A torcida atleticana passou a odiar Chicão,[11] mas, curiosamente, menos de dois anos depois ele seria contratado para jogar justamente ao lado do já recuperado Ângelo, que foi convocado pela diretoria para dar as boas-vindas ao volante. "Tudo já faz parte do passado", afirmou Ângelo. "Espero que Chicão seja bastante feliz aqui. Peço também à torcida do Atlético que o receba com entusiasmo e sei que ele não terá problemas com os demais companheiros.".[12] Ângelo então abraçou Chicão e desejou boa sorte. Ângelo deixou o clube mineiro em 25 de maio de 1980.[1] Defendeu o Atlético em um total de 238 jogos (146 vitórias, 63 empates e 29 derrotas).[3][5] Foi para o Guarani, onde conquistaria o título da Taça de Prata do Campeonato Brasileiro de 1981.[13] Em 1982, atuou pelo Fluminense. Esteve na Ponte Preta, entre 1982 e 1983, onde conquistou o vice-campeonato Paulista em 1981[13]. Atuou ainda pelo Santa Cruz, em 1984, e encerrou a carreira no Sport, em 1985. TítulosAtlético MG
Nacional-AM
Guarani MorteQuando morreu, de ataque cardíaco[1], era auxiliar técnico da equipe de juniores do Atlético.[4][5] Referências
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