Anielle Franco
Anielle Francisco da Silva (Rio de Janeiro, 3 de maio de 1984), mais conhecida como Anielle Franco é uma professora, jornalista e ativista brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT).[2] É fundadora do Instituto Marielle Franco e ministra da Igualdade Racial do Brasil.[3] BiografiaAinda jovem, Anielle foi jogadora de vôlei profissional e começou a jogar aos 8 anos. Aos 16, ganhou uma bolsa para estudar nos Estados Unidos. Ela viveu doze anos lá, onde pôde dar continuidade aos seus estudos graças a bolsas esportivas passando por diversas escolas como a Navarro College, em Corsicana, no Texas, a Louisiana Tech University, a North Carolina Central University, e a Florida A&M University. Sendo essas duas últimas instituições historicamente negras, Anielle foi influenciada desde o início a pensar de maneira antirracista e a se entender mais enquanto mulher negra. Lá, conheceu o trabalho de pensadores como Angela Davis, Martin Luther King e Malcolm X.[4][5][6] Graduou-se em English and Journalism (2008) pela North Carolina Central University (NCCU, Estados Unidos) e obteve o mestrado em Jornalismo (2010) pela Florida A&M University (FAMU, Estados Unidos). Já no Brasil, obteve uma segunda graduação em Letras-Inglês (2015) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e um segundo mestrado, em Relações Étnico-Raciais (2021) pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ).[7][8][9] Trabalhava como professora e participava da vida política da sua irmã, a vereadora e ativista pelos direitos humanos Marielle Franco, até o assassinato dela em 2018. No mesmo mês da morte da irmã, Anielle alugou uma casa temporária para começar o que seria o Instituto Marielle Franco, que promove uma série de atividades culturais e educacionais para crianças, como cineclubes, rodas de conversa, oficinas com contação de histórias e lançamentos de livros. Desde então, dá continuidade ao legado e às pautas políticas do mandato de sua irmã, como o direito das mulheres, das pessoas negras, LGBTQIA+ e periféricas.[10] A entidade também tem diversas iniciativas para apoiar mulheres negras que queiram entrar ou que já estão na política.[11] Uma das ações promovidas por Anielle no Instituto foi o lançamento da Plataforma Antirracista nas Eleições (PANE), lançada em julho de 2020, que visa apoiar candidaturas negras em eleições municipais. A plataforma organiza uma série de ações que ajuda a pressionar os partidos para viabilizarem candidaturas de mulheres negras; além de ajudar a fomentar a entrada dessas mulheres nos espaços de decisão e a cobrar o compromisso do maior número possível de candidaturas com a defesa de políticas antirracistas, feministas e em defesa da população LGBTQIA+.[12][13][14] Ela também elaborou o projeto Escola Marielles, em 2021, para dar formação política para meninas e mulheres negras, periféricas e LGBTQIA+, com sede no Complexo da Maré, onde Anielle e sua irmã cresceram.[15][10] Ainda dentro de ações direcionadas dentro do seu ativismo político, Anielle coordenou uma pesquisa para mapear a violência política de raça e gênero no Brasil para fazer um retrato sobre a situação dos direitos políticos das mulheres negras no país.[16] Convidada pela Editora Boitempo, escreveu em 2020 a orelha do livro Angela Davis - Uma Autobiografia, da autora e ativista estadunidense. Meses depois, lançou seu próprio livro, Cartas Para Marielle, na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP). A obra é uma coletânea de desabafos, entrevistas para reportagens e lembranças.[5] Em 2021 organizou, ao lado de Ana Carolina Lourenço, o livro A Radical Imaginação Política das Mulheres Negras, uma coletânea de escritos políticos de mulheres negras como Lélia Gonzalez, Leci Brandão e Erica Malunguinho.[17] No mesmo ano foi convidada do programa Roda Viva.[18] Resgatando sua formação como jornalista, Anielle começou um programa de entrevistas no YouTube, o Papo Franco. O programa apresenta pautas diversas, conversas descontraídas e convidados especiais todas as semanas.[19] Em 22 de dezembro de 2022, foi anunciada ministra da Igualdade Racial do governo Lula.[20] Reconhecimentos e prêmios
Condecorações
Referências
Ligações externas
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