António Luís Pereira Coutinho
António Luís Pereira Coutinho Pacheco de Vilhena e Brito de Mendonça Borges Botelho Pato Nogueira de Novais Pimentel ComNSC (Lisboa, Penha de França, Palácio de São Gonçalo ou São Jorge de Arroios, 9 de Agosto de 1818 – Alcochete, Alcochete, Quinta da Praia das Fontes, 9 de Agosto de 1908), 5.º Marquês de los Soidos Grande de Espanha de 1.ª Classe, foi um nobre e aristocrata português. FamíliaFilho primogénito de D. António Xavier Pereira Coutinho Pacheco de Vilhena e Brito de Mendonça Botelho Pato Nogueira de Novais Pimentel, 4.º Marquês de los Soidos Grande de Espanha de 1.ª Classe, 9.º Senhor do Morgado de Soidos e Senhor Donatário dos Reguengos do Cartaxo e Vale da Pinta, e de vários Vínculos, Morgados e Padroados, e de sua mulher Maria da Madre de Deus de Lemos Pereira de Lacerda. BiografiaFoi Moço Fidalgo da Casa Real com exercício no Paço por Carta de 19 de Junho de 1824 de D. João VI de Portugal, Gentil-Homem da Câmara de Sua Majestade Católica, e herdou todos os Senhorios e Honras de seus maiores, tendo sido 10.º Senhor do Morgado de Soidos, Senhor Donatário dos Reguengos do Cartaxo e Vale da Pinta, e de vários Vínculos, Morgados e Padroados, dos quais foi o último possuidor com a extinção dos Morgados em Portugal por Carta de Lei de 19 de Maio de 1863 de D. Luís I.[1] Frequentou as aulas do Mosteiro de São Vicente de Fora e do Colégio dos Nobres. A 10 de Outubro de 1833 assentou praça na 3.ª Companhia do Regimento de Artilharia da Corte. Mudou depois para o Regimento de Caçadores da Beira Baixa, onde chegou a Alferes, batendo-se valorosamente no Exército de D. Miguel I e recebendo ferimentos. Era Tenente de Caçadores 2 e fez parte da guarda da retaguarda durante a retirada do Alentejo, que conduziu à Convenção de Évora Monte, de que foi um dos convencionados e de todos eles o último sobrevivente. Sendo um acérrimo miguelista, apoiante do Rei D. Miguel I, depois da sua queda e do sistema do Antigo Regime, viu-se perseguido, tanto como o seu pai, chegando a estar na prisão do Limoeiro. Exilou-se depois para a Itália com o Rei, e alguns anos mais tarde regressou a Portugal, mantendo-se afastado de toda a atividade política.[1][2] Foi num dos seus Solares da sua família em Alcochete, atual edifício dos Paços do Concelho, que o 5.º Marquês de los Soidos residiu e onde nasceram a maior parte dos seus filhos e filhas. Em 1852, quando o seu pai faleceu, D. António Luís, na qualidade de primogénito e sucessor, assumiu a administração da Casa.[3] A 13 de Agosto de 1851 foi feito 331.º Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.[4] Ao contrário do que está escrito e mal citado, não foi este marquês Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, mas sim o seu primo Bacharel António Luiz da Costa Pereira Pacheco de Vilhena Coutinho, filho de Gaspar da Costa Pereira de Vilhena Coutinho, o decreto real da atribuição da mercê não deixa dúvidas. Esta confusão é explicada por usarem o mesmo nome. António Luiz da Costa Pereira Pacheco de Vilhena Coutinho é sobrinho neto do primeiro marquês de Soydos e tem actualmente geração nos Barões de São Martinho de Dume. Ignora-se a data da renovação do título espanhol de 5.º Marquês de los Soidos Grande de Espanha de 1.ª Classe, que não foi reconhecido em Espanha por Carta de Isabel II e Francisco I por ter sido partidário Carlista, podendo, todavia, ter sido reconhecido por Carlos de Bourbon, Conde de Molina, e que em Portugal também não foi reconhecido na sua descendência, por ter esta família permanecido fiel ao Partido Legitimista. O título em Espanha também vagou para a Coroa, pois hoje se encontra noutra família.[1] O Marquês era um apaixonado por Alcochete e a sua afeição por esta vila foi sempre generosamente mostrada. Testemunhos da sua afeição por Alcochete são os seus atos na Sessão da Câmara Municipal do dia 4 de Março de 1875 e aquando da perda da autonomia do Concelho. Na primeira situação, D. António Luís fez anunciar a dádiva de um terreno, com uma área de 14.510 m², contíguo ao Largo do Rossio e destinado a um passeio público; na segunda, fez saber que disponibilizava a totalidade das suas posses em prol da restauração da autonomia municipal. Foi o primeiro Presidente da Câmara Municipal do Município restaurado.[3] Faleceu no dia em que fazia 90 anos.[3] Casamento e descendênciaCasou em Lisboa, Santa Engrácia, a 22 de Abril de 1844 com Maria José da Graça Teles de Melo de Almeida Malheiro (Lisboa, Pena, 17 de Setembro de 1823 – Alcochete, Alcochete, Quinta da Praia das Fontes, 2 ou 6 de Outubro de 1866), irmã da mulher do Conde da Redinha♙e filha de Francisco Xavier Teles de Melo Albuquerque Brito Freire Meneses e Faro Ataíde e Lancastre (Lisboa, Santa Engrácia, 20 de Novembro de 1782 – Leiria, Leiria, 5 de Agosto de 1833), Senhor do Morgado dos de Albuquerque da Casa dos Bicos, de Lisboa, e de numerosos outros Vínculos e Senhorios, Secretário do Conselho de Guerra e Moço Fidalgo da Casa Real, neto materno do 3.º Barão da Ilha Grande de Joanes e 1.º Visconde de Mesquitela, e de sua mulher (Lisboa, Pena, 27 de Novembro de 1813) Maria Ana Guilhermina Leite Pacheco de Vasconcelos de Baena de Antas da Cunha de Almeida Portugal ou de Antas da Cunha e Almeida Leite Pacheco de Melo de Baena Malheiro ou de Antas da Cunha Leite Pacheco de Baena de Almeida Malheiro (Lisboa, Pena, 13 de Março de 1797 – Lisboa, Pena, 2 de Dezembro de 1840), também Senhora de Vínculos,[1] de quem teve sete filhos e quatro filhas:
Referências
Ligações externas
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