Antônio de Queirós Teles, conde de Parnaíba
Antônio de Queirós Teles,[1] segundo barão e visconde com grandeza e primeiro e único conde de Parnaíba,[2] (Jundiaí, 16 de agosto de 1831 — Campinas, 6 de maio de 1888) foi um proprietário rural e político brasileiro. HistóriaOitavo filho do barão de Jundiaí e de Ana Leduína de Morais e irmão do barão do Japi, Joaquim Benedito de Queirós Teles[3] e da segunda baronesa de Jundiaí, Ana Joaquina do Prado Fonseca.[4] Casou-se em 13 de junho de 1854 em Itu com Rita M'bicy Tibiriçá Piratininga (Itu, 28 de abril de 1841 - São Paulo, 26 de fevereiro de 1901), filha de João Tibiriçá Piratininga e Maria Antonia Camargo, sendo tia de Jorge Tibiriçá Piratininga. Com ela teve treze filhos, dentre os quais o engenheiro Antônio de Queirós Teles Júnior. Formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde matriculou-se em 1850, havendo se formado em 1854, tendo iniciado a carreira de advogado em Itu. Em 1855 iniciou na sua carreira de político, tendo sido eleito à assembleia provincial por três biênios, de 1856 a 1861. Ocupou a presidência de Itu. Seu mais alto cargo foi o de presidente da Província de São Paulo, de 26 de abril a 16 de julho de 1886 e de 26 de julho de 1886 a 19 de novembro de 1887. Sempre se mostrou preocupado e interessado no tema da imigração e colonização do interior da província. A Hospedaria de Imigrantes da capital de São Paulo, foi construída e inaugurada sob a presidência do Conde de Parnaíba, em execução da Lei nº 56, de 21 de março de 1885, destinada a receber os imigrantes procedentes do estrangeiro ou de outros Estados da União. Foi também presidente da Companhia de Estradas de Ferro Mogiana de 1873 a 1886. Somente em novembro e dezembro de 1887 tomou parte da reunião dos lavradores paulistas para estabelecerem um prazo máximo de 3 anos para a libertação dos escravos. Esse prazo foi compreendido pelos abolicionistas de São Paulo como uma afronta. Até então, durante a presidência da província de São Paulo, Parnaíba havia colaborado intensamente para a repressão às fugas de escravos, assim como às atividades abolicionistas. Nesses momentos finais da existência do cativeiro, os conflitos entre escravocratas e abolicionistas intensificaram-se em todo o Império, marcados, principalmente, pela orientação política repressora do então gabinete presidido pelo Barão de Cotegipe (1885-1888). Seus títulos nobiliárquicos recordam a chegada do caminho de ferro da Mogiana às cercanias do Rio Parnaíba, cidade de Santana de Parnaíba, São Paulo. Foi Comendador da Ordem da Rosa. O título de Barão foi-lhe concedido em 31 de dezembro de 1880, tendo sido elevado a Visconde, com Grandeza, em 7 de maio de 1887 e a Conde em 3 de dezembro de 1887 (D. Pedro II). Faleceu em virtude da febre amarela, contraída no Rio de Janeiro, onde havia ido acompanhar um filho que seguia para a Europa. Foi sepultado em Itu. Homenageado em Jundiaí com a Rua Conde de Parnaíba e com a Escola de Educação Conde de Parnaíba, uma das mais antigas escolas públicas da cidade, em Itu/SP com uma praça e em Conchal/SP com uma rua. Genealogia
Bibliografia
ReferênciasLigações externas
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