Aporofobia
Aporofobia, do grego άπορος (á-poros), sem recursos, indigente, pobre; e φόβος (fobos), medo; é um neologismo que designa medo, rejeição, hostilidade e aversão às pessoas pobres e à pobreza.[1][2][3] O termo, eleito a palavra do ano pela Fundación del Español Urgente, encontra-se dicionarizado na língua espanhola.[4][5] O conceito aporofobia foi proposto, nos anos 1990, pela filósofa Adela Cortina, professora catedrática de Ética e Filosofia Política da Universidade de Valência, para diferenciar essa atitude da xenofobia, que só se refere à rejeição ao estrangeiro, e do racismo, que é a discriminação contra grupos étnicos.[6][7] A diferença entre aporofobia e xenofobia ou racismo é que socialmente não se discrimina nem marginaliza as pessoas imigrantes ou a membros de outras etnias quando estas pessoas têm recursos econômicos ou relevância social e mediática.[1] No Brasil, o termo tornou-se mais conhecido pela atuação do padre Júlio Lancellotti,[8] crítico da arquitetura hostil, considerada um mecanismo de aporofobia, através da disposição de obstáculos à permanência de pessoas de situação de rua em calçadas, marquises, bancos de praças et cetera.[9] Nesse sentido, a Lei Padre Júlio Lancellotti foi criada para proibir a arquitetura hostil.[10][11] Ver tambémReferências
Ligações externas
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