Ataíde Oliveira Nota: Este artigo é sobre o historiador português. Se procura o político brasileiro, veja Ataídes Oliveira.
Francisco Xavier de Ataíde Oliveira, mais conhecido por Ataíde Oliveira (Algoz, 2 de outubro de 1842[1] — Loulé, 22 deNovembro de 1915), foi um advogado, arqueólogo e escritor português. BiografiaNascimento e educaçãoFrancisco Xavier Ataíde Oliveira nasceu em 2 de outubro de 1842, na localidade de Algoz.[2] Licenciou-se em teologia e direito,[2] na Universidade de Coimbra.[3] Carreira profissional e artísticaViveu grande parte da vida em Loulé, tendo aqui fundado o jornal O Algarvio, que também dirigiu.[2] Também se encontra colaboração da sua autoria na II série da revista Alma nova [4] (1915-1918). Ataíde Oliveira iniciou a sua carreira literária após o regresso de Coimbra.[3] Escreveu um grande número de obras, com o nome de Ataíde de Oliveira, tendo deixado importantes estudos da arqueologia, população e folclore no Algarve.[2] Escreveu sobretudo sobre a história e cultura da região, tendo publicado um grande número de monografias sobre várias povoações do Algarve.[3] Uma das suas obras principais foi o Romanceiro e Cancioneiro do Algarve, tendo igualmente publicado os Contos Infantis, que tiveram um grande sucesso, As Mouras Encantadas, Contos Tradicionais do Algarve, Biografia de D. Francisco Gomes, Memorias para a Historia Eclesiastica do Bispado do Algarve, e as monografias de Algoz, Loulé, Olhão, Alvor, Vila Real de Santo António, São Bartolomeu de Messines, Paderne, Luz de Tavira, Estômbar e Porches.[5] Quando faleceu, estava também a elaborar um estudo sobre a Ordem Terceira de São Francisco em Loulé.[5] Como arqueólogo, colaborou com Estácio da Veiga, outro importante investigador da história regional.[3] Pouco tempo antes de falecer, tinha sido nomeado como membro da comissão instaladora do Instituto Arqueológico do Algarve.[3] Exerceu igualmente como advogado.[6] Aquando do seu falecimento, ocupava o posto de conservador do registo predial na comarca de Loulé.[3] MorteAtaíde Oliveira faleceu em 22 de Novembro de 1915,[6] na sua habitação em Loulé.[3] Ao seu cortejo funerário assistiu a quase totalidade da população daquela vila, uma vez que o historiador era muito estimado pelos habitantes.[3] HomenagensNa sequência do seu falecimento, os jornais O Heraldo e Folha do Domingo emitiram notas de pesar, tendo o primeiro classificado Ataíde Oliveira como «mais erudito e fecundo investigador historico que todo o Algarve carinhosamente venerava»,[5] enquanto que o segundo recordou-o como um «incansavel investigador e fecundo escriptor».[7] Em 10 de Agosto de 1930, foi inaugurado um busto de Ataíde Oliveira em Loulé, por iniciativa de Mário Lyster Franco.[2] Também foi homenageado pela Câmara Municipal de Lagos, que colocou, em 21 de Março de 2001, o seu nome numa rua da antiga Freguesia de São Sebastião.[2][8] Obras publicadas
Ligações ExternasReferências
Bibliografia
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