Azulão
O azulão, azulão-bicudo, azulão-do-nordeste, azulão-do-sul, azulão-verdadeiro, azulinho, guarundi-azul, gurundi-azul ou tiatã[4][5] (nome científico: Cyanoloxia brissonii)[1] é uma ave passeriforme da família dos cardinalídeos (Cardinalidae). EtimologiaO nome vernáculo guarundi (e na forma sincopada gurundi[6]) deriva do tupi gwïrau'ndi no sentido de 'ave negrinha'.[6] Ainda existe a grafia guiraundi, mas que está associada a outra espécie, o tiê-preto (Tachyphonus coronatus). O primeiro registro deste termo foi em 1587 como urandi.[7] Já o termo vernáculo tiatã tem origem incerta, mas provavelmente deriva de uma onomatopeia.[8] CaracterizaçãoO azulão mede aproximadamente 15 centímetros de comprimento. O macho possui plumagem totalmente azul-escura quando adulto, com a fronte, sobrancelhas e coberteiras superiores das asas azuis-brilhantes. A fêmea e os imaturos são marrons-pardos. Tem canto sonoro, intenso, melodioso, fluente e extenso que varia no crepúsculo e pela madrugada. Reside no topo de arbustos e árvores de porte médio. Se excitado, arrepia as penas da cabeça. É territorialista durante o período de reprodução, com o casal demarcando sua área para afastar outros casais e o macho cantando intermitentemente para delimitar seu espaço. Faz seu ninho com folhas secas escondido entre a folhagem de arbustos baixos e o forra com raízes. Bota de dois a três filhos e seus filhotes nascem após 13 dias de incubação. São cuidados pela mãe quando juvenis e atingem a maturidade sexual aos 10 meses. Alimentam-se de insetos, pequenas frutas silvestres e sementes de capim, de preferência verdes.[3] Distribuição e habitatEsta ave tem alcance extremamente grande. A tendência populacional não é conhecida, mas não se acredita que a população esteja diminuindo suficientemente rápido. O tamanho da população não foi quantificado.[1] Vive em áreas com água abundante na beira de pântanos, grotas, brejo, bordas de matas, florestas ralas, formações secundárias espessas e plantações.[3] Ocorre no Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia, Colômbia, Venezuela e no Brasil, do Rio Grande do Sul até o nordeste, cobrindo vastas áreas do centro do país.[1] Em 2005, foi classificada como criticamente em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[9] em 2014, como em perigo no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo.[10] Em 2018, foi registrado como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)[11][12] e vulnerável na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro.[13] Referências
|