A arte e título do disco fazem referência ao romance homônimo escrito por Aldous Huxley. É o último álbum de estúdio da banda em que Derek Riggs contribui com o desenho da capa – a Nuvem-Eddie da parte de cima –, enquanto a cidade futurista foi construída pelo artista Steve Stone.
Em Brave New World a banda mostra um trabalho similar do que tinha feito nos discos anteriores, The X Factor e Virtual XI. É um álbum com um som mais progressivo, marcando ao mesmo tempo um retorno ao metal tradicional de suas origens, com algumas músicas lembrando trechos de temas de álbuns como Powerslave e Fear of the Dark. Foi bem aceito por público e crítica, vendendo mais de 307.000 cópias nos Estados Unidos até 2008, além de receber Certificação de Ouro do Brasil e no Reino Unido.[1]
Este álbum foi sucedido por uma turnê mundial, pela qual passaram no Brasil durante o Rock in Rio III, onde foi gravado um DVD e CD duplo. No show são tocadas as seis primeiras músicas deste álbum, todas com ótima receptividade por parte do público.
Muitas das canções foram escritas antes da The Ed Hunter Tour e foram posteriormente gravadas nos Guillaume Tell Studios, Paris. Foi o primeiro da banda a ser gravado com o produtor Kevin Shirley, e o primeiro que eles gravariam ao vivo em estúdio.[2]
De acordo com uma entrevista com Adrian Smith, "The Nomad", "Dream of Mirrors" e "The Mercenary" foram originalmente compostas para o disco Virtual XI de 1998, e o antigo vocalista Blaze Bayley contribuiu com a letra de "Dream of Mirrors" mas não foi creditado.[3]Steve Harris afirma que começou a trabalhar em "Blood Brothers" nessa época, mas não conseguiu completá-la a tempo de inseri-la no Virtual XI.[4]
"Brave New World" foi a única canção do disco a reaparecer na Dance of Death World Tour, turnê de apoio a seu disco de estúdio seguinte. Nenhuma das faixas fez-se presente durante a A Matter of Life and Death Tour, embora várias delas tenham aparecido no decorrer da The Final Frontier World Tour, com "The Wicker Man", "Ghost of the Navigator", a faixa-título e "Blood Brothers" sendo tocadas durante a parte de 2010.[carece de fontes?]
A canção "Blood Brothers", escrita por Steve Harris em homenagem a seu falecido pai, foi dedicada a Ronnie James Dio durante a primeira parte da tour de The Final Frontier em 2010, após sua morte em 16 de maio. Em 2011, ela foi tocada na Austrália dedicada as vítimas e familiares que foram afetadas pelo terremoto de Christchurch em 22 de fevereiro de 2011. No decorrer da tour, "Blood Brothers" também foi dedicada às vítimas do terremoto e tsunami de Tōhoku no Japão, bem como às revoltas no Egito e Líbia e, posteriormente, às vítimas de atentados na Noruega. Uma performance ao vivo da canção, presente no álbum En Vivo!, foi nomeada ao Grammy Award para melhor performance de rock/metal em 6 de dezembro de 2012.[5]
As resenhas sobre o disco foram majoritariamente positivas. Uma certa animosidade das críticas deve-se ao fato da volta de Bruce Dickinson e Adrian Smith à banda, que anteriormente gravara dois discos gravados com Blaze Bayley.[14] A Kerrang! descreveu-o como "verdadeiramente imponente. Majestoso. Bombástico. Titânico. Tão gloriosamente intimidador que você praticamente consegue sentir sua respiração em suas narinas".[11] O Sputnikmusic descreveu-o como "um dos melhores álbuns da banda; ao lado de Powerslave, Somewhere in Time e Piece of Mind" e " definitivamente o álbum mais fácil de apreciar desde os dias de glória da banda".[14] A Classic Rock afirmou que, embora "possa não ser um grande avanço, certamente consegue regredir até a época do auge do Iron Maiden".[9]
O AllMusic foi levemente mais crítico com o álbum, afirmando que "não é um Number of the Beast", apesar de dizer que "como álbum de retorno, sua excelência é inavegável" e, no final, deu uma nota positivo ao disco.[6]
A NME foi extremamente desfavorável em relação ao disco, argumentando que "o 'desprendimento do mundo exterior' do passado da banda manteve-os seguros por muitos anos, mas agora a faz parecer um pouco obsoleta". A revista também comparou a banda a grupos contemporâneos como Korn e Slipknot e sentiu que o Iron Maiden "não era mais o maior sacerdote das artes negras, e viu-os como quase inocentes em comparação".[12] O Blabbermouth.net também deu uma avaliação negativa, alegando que a banda soava como "cansada ou sem inspiração", concluindo que "[Brave New World] falhará em deixar uma marca duradoura na face da atual cena do metal".[7]
Em 2020, a revista Metal Hammer o elegeu como um dos 20 melhores álbuns de metal de 2000.[15]