Cadão Volpato
Cadão Volpato (São Paulo, 28 de dezembro de 1956) é um jornalista, músico, escritor, ilustrador e apresentador brasileiro. É formado em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e em ciências sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Participou do movimento estudantil[1], foi trotskista e, graças à proximidade com os surrealistas do período, terminou os anos 70 no interior de um dragão chinês, naquela que foi das mais conhecidas intervenções urbanas da cidade, o Evento Fim de Década, ocorrido na Praça da Sé em dezembro de 1979. Encarnou o cineasta Jean-Luc Godard em evento da FAU-USP, criado por artistas argentinos e brasileiros em outra famosa intervenção do período (1981) e foi comparsa da ópera Carmen, de Bizet, no Teatro Municipal de São Paulo (1978). JornalismoTrabalhou em diversos jornais e revistas do Brasil:
Escreve regularmente artigos para a Folha de S. Paulo, Revista Piauí, Revistas Vogue e RG, Bravo!, Jornal Valor Econômico (Caderno EU) e Guia da Folha.[2] LiteraturaTem quatro livros de ficção publicados pela editora Iluminuras (1995-2005). O último, Relógio sem Sol (2009), foi selecionado pelo Programa Petrobras Cultural.[3] Seu primeiro romance, Pessoas que Passam Pelos Sonhos, sai em 2012 pela Editora Babel Brasil. Seu livro infantil Meu Filho, Meu Besouro (Cosac Naify, 2011, também ilustrado por ele) [4] o levou à edição comemorativa de dez anos da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) também em 2012.[5] Participou das coletâneas Anos 90: Manuscritos de Computador (Boitempo, 1999) e Essa História Está Diferente (sobre músicas de Chico Buarque, Companhia das Letras, 2010).[6] Escreve para revistas e sites de literatura (Piauí, Inimigo Rumor, Ficções, Cronópios). Tem um roteiro original de cinema, Cada Árvore da Cidade tem a sua Xerazade. Em 2024, lançou o romance Abaixo a Ditadura (Editora Faria e Silva, 2024), em que explora a memória da Libelu e da militância trotskita no contexto da Ditadura militar dentro da USP.[7] TelevisãoComandou o programa Metrópolis, da TV Cultura (1991-1994 e novamente em 2010-2012) e o programa Trampolim, da STV (2000-2005) [8]. Apresentou especiais sobre cinema e entrevistas de cultura (Chico Buarque) e esporte (Gabriela Sabatini) para a TV Bravo (1995). Foi locutor na programação da TVA (1991-1992). MúsicaÉ letrista, cantor e guitarrista. Com Thomas Pappon, fundou o Fellini, uma banda cultuada do pós-punk brasileiro, que durou de 1984 a 1990, lançando seis discos: O Adeus de Fellini (85) [9], Fellini Só Vive Duas Vezes (86), Três Lugares Diferentes (87), Amor Louco (89) e os temporões Amanhã É Tarde (2002) e Você Nem Imagina (2010). Também criou o Funziona Senza Vapore em 1991, que lançou um disco homônimo dez anos depois (dessas gravações saiu a faixa Criança de Domingo, gravado por Chico Science em seu último disco, Afrociberdelia). E lançou um disco solo em 2005, Tudo Que Eu Quero Dizer Tem que Ser no Ouvido, inteiramente composto e tocado por ele.[10] Além de Chico Science, suas composições foram gravadas por DJ Dolores e Stela Campos, entre outros. O Fellini foi homenageado na edição de 2003 do Tim Festival, com uma apresentação no palco principal. Em seu disco de 2016, Tropix, a cantora Céu regravou a música Chico Buarque Song, originalmente do álbum Amor Louco (1989). IlustraçõesSeus desenhos foram publicados nos livros Um Balde e Vidró (Massao Ohno Editor), nas revistas Lugar, Homem Vogue, Charlô e em todas as capas dos discos de seus projetos musicais. Ver tambémReferências
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