Clássico Mundial de Beisebol de 2006O Clássico Mundial de Beisebol de 2006 foi o torneio inaugural entre seleções nacionais de beisebol que incluíram jogadores da Major League Baseball. Foi disputado de 3 a 15 de março em estádios de Tóquio (Japão), San Juan (Porto Rico), Orlando, Phoenix, Anaheim e San Diego (Estados Unidos). A seleção do Japão conquistou o título, superando Cuba na decisão. ParticipantesAs 16 equipes selecionadas para o primeiro Clássico Mundial foram escolhidas porque se julgou que elas fossem "as melhores nações praticantes do beisebol no mundo e que proveem representação global para o evento."[1] Não houve nenhuma competição qualificatória oficial.
FormatoCada equipe jogava uma vez contra as outras três de seu grupo. As duas melhores equipes de cada grupo avançavam à segunda fase, onde as duas melhores equipes dos Grupos A e B (Grupo 1) e as duas melhores equipes dos Grupos C e D (Grupo 2) competiam em outro todos-contra-todos. As duas melhores equipes de cada grupo se enfrentavam nas semifinais, de onde saíam os dois finalistas. Locais
ResultadosV-D: vitórias-derrotas; C-/9: corridas cedidas por nove entradas. Primeira faseA Coreia do Sul (3-0) venceu o Grupo A, passando ao Grupo 1 juntamente com o Japão (2-1), que terminou em segundo. Taipé Chinesa (1-2) e China (0-3) foram eliminadas.
O México (2-1) ficou em primeiro no Grupo B, com os Estados Unidos (2-1) em segundo, ambos avançando ao Grupo 1. O Canadá (2-1), apesar de uma boa vitória contra a equipe americana, foi eliminado baseado num desempate de corridas cedidas. A África do Sul (0-3) foi eliminada, mas surpreendeu muitos conseguindo placares respeitáveis contra Canadá e México.
Porto Rico (3-0) e Cuba (2-1) obtiveram passagem ao Grupo 2. Países Baixos (1-2) e Panamá (0-3) foram eliminados. Destaque individual para um no-hitter de sete entradas (encurtado devido à regra de clemência) pelo arremessador Shairon Martis, numa vitória de 10 a 0 sobre o Panamá.
A República Dominicana (3-0) venceu o Grupo D, com a Venezuela (2-1) em segundo, ambas avançando ao Grupo 2. Itália (1-2) e Austrália (0-3) foram eliminadas.
Segunda faseA Coreia do Sul (3-0, 6-0 no total) passou por Estados Unidos, México e Japão no caminho para vencer o Grupo 1, avançando às semifinais. O Japão (1-2, 3-3 no total) foi a surpresa no segundo lugar após perder para Estados Unidos e Coreia do Sul, se classificando às semifinais depois da derrota dos Estados Unidos para o México. Destaque individual para o home run de 3 corridas pelo rebatedor substituto coreano Hee-Seop Choi contra os americanos.
A República Dominicana (2-1, 5-1 no total) terminou em primeiro no Grupo 2 com vitórias sobre Cuba e Venezuela e derrota para Porto Rico, e avançou às semifinais. Cuba passou na segunda posição.
Fase finalCuba surpreendeu a República Dominicana e o Japão bateu a Coreia do Sul — após perder duas vezes para eles nas fases anteriores — para chegar à decisão. Ainda que liderando por apenas uma corrida durante toda a nona entrada, o Japão derrotou Cuba, 10 a 6, para conquistar o primeiro Clássico Mundial. O arremessador japonês Daisuke Matsuzaka foi eleito o Jogador Mais Valioso (MVP) do torneio.
Classificação final
Seleção do torneio
EstatísticasAtaques
Ordenada pela média de rebatidas [1][ligação inativa] Líderes no bastão(mínimo de 2.7 aparições na plate/jogo) [2] Média de rebatidas
Rebatidas
Corridas
Duplas
Triplas
Home runs
Grand slams
Corridas impulsionadas
Bases totais
Walks
Strikeouts
Bases roubadas
Porcentagem em base
Porcentagem de slugging
Líderes nos arremessos(mínimo de 0.8 entradas arremessadas/jogo) [3] Vitórias
Derrotas
Salvamentos
Entradas arremessadas
Rebatidas cedidas
Corridas cedidas
Corridas limpas cedidas
Walks
Strikeouts
ControvérsiasRegras adicionaisOs arremessadores foram limitados a uma contagem de arremessos de 65 na primeira fase, 80 na segunda e 95 na fase final. Se um arremessador atingisse a sua contagem máxima no meio de uma vez ao bastão, ele poderia continuar a arremessar àquele rebatedor, mas teria de ser substituído assim que a vez no bastão terminasse. 30 arremessos precisavam ser seguidos de um dia livre, e 50 arremessos de quatro dias livres. Ninguém poderia arremessar três dias consecutivos. Uma regra de clemência teria efeito quando uma equipe estivesse liderando por quinze corridas após cinco entradas ou dez corridas após sete entradas nas duas primeiras fases. Além disso, empates poderiam ser chamados após catorze entradas de jogo. A regra do rebatedor designado era válida para o torneio. Sucesso do torneioMuitos membros da imprensa americana estavam céticos quanto ao Clássico desde o seu princípio. O evento, contudo, provou ser bastante popular, fornecendo vários momentos memoráveis, como um jogo da primeira rodada entre Venezuela e República Dominicana. O público foi maior que o esperado em vários locais, como os 19.000 no Estádio Hiram Bithorn em San Juan, que teve ingressos esgotados para todos os jogos de Porto Rico nas duas primeiras fases. Houve 4.000 credenciais de imprensa emitidas — mais do que a Série Mundial e os Jogos Olímpicos —, o que é de bom agouro para a meta declarada de internacionalizar o esporte. O cronista da Sports Illustrated Tom Verducci informou que "mais mercadoria foi vendida na primeira fase do que os organizadores projetaram para os 17 dias do evento".[2] Ele também relatou que, a certa altura, camisas da equipe venezuelana eram vendidas em média a cada seis segundos. Nos EUA, a audiência da ESPN foi mais forte do que o esperado, resultando algo em torno de um milhão de televisores ligados em alguns jogos, mais que qualquer outro programa da ESPN no mês de março. Isto aconteceu apesar dos horários fora de série de transmissão dos jogos. Muitos não foram transmitidos ao vivo, mas em VT, e alguns com entradas cortadas, conforme o WBC foi organizado bem após a ESPN ter compromissado a maior parte da sua programação. Essas avaliações praticamente asseguram que ao próximo WBC, em 2009, serão concedidas mais transmissões ao vivo durante o horário nobre. Alocação de ganhosOs ganhos totais do WBC são divididos em lucro líquido (53%) e premiação em dinheiro (47%).[3] As vítimas do Furacão Katrina receberam os 7% do dinheiro ganho pela equipe cubana. Lucro líquido (53%)
Premiação em dinheiro (47%)
Ver tambémReferências
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