Cneu Pinário Emílio Cicatricula Pompeu Longino
Cneu Pinário Emílio Cicatricula Pompeu Longino (em latim: Gnaeus Pinarius Aemilius Cicatricula Pompeius Longinus; m. 105), conhecido apenas como Cneu Pompeu Longino, foi um senador romano nomeado cônsul sufecto para o nundínio de setembro a outubro de 90 com Lúcio Álbio Pulaieno Polião. CarreiraA partir dos elementos de seu nome polionímico, Olli Salomies sugeriu que Longino foi adotado. O historiador Arthur Stein sugeriu primeiro que seu pai biológico seria Pompeu Longino, um tribuno militar da Guarda Pretoriana em 69 mencionado no por Tácito[1], a mesma identificação proposta depois por Ronald Syme[2]. Salomies concordou e acrescentou que o pai adotivo seria Cneu Pinário Emílio Cicatricula, procônsul da África em 80[3]. Syme também propôs, com base no gentílico, que Longino seja oriundo da Gália Narbonense, mas Edward Dabrowa afirma que este mesmo critério também serviria para defender que sua origem seria a Hispânia[4]. Longino serviu como legado da Judeia entre 85 e 89[5] ao mesmo tempo que serviu como legado militar da X Fretensis, que na época estava estacionada em Jerusalém[6]. Depois de seu consulado, em 90, Longino foi governador da Mésia Superior entre 93 e 96[7] e da Panônia entre 97 e 99[8]. Guerra dáciaDurante a Segunda Guerra Dácia, Trajano nomeou Longino como um de seus generais. Em 105, apesar de algumas vitórias iniciais, a guerra já estava caminhando para um desastre para Decébalo. Apesar disso, Dião Cássio conta que os dácios quase conseguiram, com habilidade e engodos, a morte do imperador[9]. Depois de diversas tentativas fracassadas, Decébalo decidiu convidar Longino para um encontro prometendo fazer tudo o que ele pedisse. Porém, quando Longino apareceu, Decébalo mandou prendê-lo e o interrogou para descobrir os planos de Trajano. Mesmo preso, Longino se recusou a responder. Furioso, Decébalo enviou um mensageiro a Trajano oferecendo trocar Longino pelo território já conquistado pelos romanos e por uma quantia em dinheiro equivalente ao custo da guerra até então. Dião Cássio conta a resposta do imperador: "Uma resposta ambígua foi devolvida, de natureza tal que não levasse Decébalo a acreditar que Trajano considerava Longino nem de grande importância e nem de pouca importância e cujo objetivo era, por um lado, evitar que ele fosse morto e, por outro, que ele fosse preservado à custa de termos excessivos"[10]. Enquanto Decébalo considerava seu próximo passo, Longino executou seu próprio plano. Depois de conseguir veneno suficiente para tirar sua própria vida, ele primeiro buscou ajuda para garantir a segurança de um de seus libertos: ele escreveu uma carta a Trajano implorando para que ele aceitasse os termos oferecidos e convenceu Decébalo a permitir que este liberto a entregasse. Depois que ele partiu, Longino bebeu o veneno na mesma noite e conseguiu se matar. Decébalo enviou um centurião que havia sido capturado com Longino até Trajano oferecendo trocar o corpo de Longino e dez outros prisioneiros pelo liberto de Longino. Segundo Dião Cássio, "Trajano nem o enviou de volta e nem entregou o liberto, considerando sua segurança mais importante para a dignidade do Império do que o sepultamento de Longino"[11]. Ver também
Referências
Bibliografia
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