CocatriceA cocatrice ou cocatriz é um criatura fantástica que, na maioria de suas descrições tem um corpo de um réptil alado com pernas e crista de galo e uma cobra na cauda. Em algumas versões, é dito que a cocatrice possui várias formas, sendo ou um réptil alado, ou uma quimera completa. Desde a Grécia Antiga, o animal entrava na categoria de seres fantásticos e, na Idade Média, a imagem desse ser se confundiu com a de um basilisco, que antes era uma cobra gigante com uma coroa e uma pluma e depois passou a possuir duas retratações, a de serpente e a de uma criatura metade galinha, metade réptil, ambas possuindo a habilidade de transformar em pedra aquele que fixa o seu olhar ao dele. Para a heráldica, a cocatrice é vista como um animal semelhante a um dragão com cabeça de galo. Em Portugal a cocatrice se tornou uma personagem folclórica. Seu nome foi abreviado para coca, e seu papel é bastante semelhante ao Jack Lantern americano, ou a um bicho-papão. Nessa versão do mito, ela mantém seu visual meio réptil meio ave, mas tem algo de humano também, sendo considerada uma bruxa; aparência semelhante também à da cuca, no folclore brasileiro. OrigensA cocatrice foi descrita pela primeira vez em sua forma atual no século XIV. O Oxford English Dictionary de uma derivação do francês antigo cocatris, pelo latim medieval calcatrix, uma tradução do grego Ichnéumon (Ιχνεύμων), que significa "mangusto", "rastreador", "icnêumone". No século XX a lenda foi baseada numa referência de Naturalis Historia, de Plínio, o Velho em que o Ichneumon aguarda até que o crocodilo abra suas mandíbulas para que o pássaro trochilus entre e limpe os seus dentes.[1][2] Uma descrição mais completa da cocatriz foi dada no século XV pelo viajante espanhol ao Egito, Pedro Tafur, que deixou mais claro que se referia ao crocodilo do Nilo.[3] Segundo Alexander Neckam em seu livro De naturis rerum (c. 1180), a cocatrice foi produto de um ovo posto por um galo e chocado por um sapo, ou uma cobra (em outras versões) e seu nascimento poderia ser evitado lançando o ovo sobre a casa da família que o tem, caindo do outro lado da casa, sem deixar que o ovo a toque. Cocatriz tornou-se sinônimo de basilisco quando o basiliscus em De proprietatibus rerum de Bartolomeu da Inglaterra (c. 1260) foi traduzido por John Trevisa como "cocatrice" em 1397; entretanto, um basilisco é normalmente representado como uma serpente sem asas.[4] Na cultura popularJogos
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Referências
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