Conjunção Nota: Este artigo é sobre a acepção gramatical. Para outros significados, veja Conjunção (desambiguação). Conjunção (do termo latino conjunctione) é uma das classes de palavras definidas pela gramática geral. As conjunções são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos[1] de mesma função sintática, estabelecendo, entre eles, uma relação de dependência ou de simples coordenação. [2] Já as locuções conjuntivas são um conjunto de palavras que exercem a função de conjunção em um enunciado[3].
Exemplos de conjunções
Classificação das conjunçõesConjunções essenciaisSão chamados de "conjunções essenciais" aqueles elementos que atuam sempre como conjunção: e, nem, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, ou, pois, porque, portanto, se, ora, apesar e como. Coordenativas e subordinativasAs conjunções e as locuções conjuntivas podem ser classificadas em dois grandes grupos: coordenativas e subordinativas[3][4]. CoordenativasAs conjunções coordenadas ligam duas orações do mesmo nível sintático, ou dois elementos de mesma função dentro de um enunciado[5]. Copulativas, aproximativas ou aditivasAs copulativas / aproximativas (português europeu) ou aditivas (português brasileiro) estabelecem uma relação de ligação entre duas orações expressando uma ideia de adição, soma ou acréscimo[3] (ex.: e, nem, mas também, senão também, como também, mas ainda (depois de não só), além de (disso, disto, aquilo), tanto... quanto, bem como, ademais, outrossim, mas (em linguagem matemática ou como regionalismo), tampouco, etc)
AdversativasAs adversativas ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de oposição, bem como de contraste ou compensação entre as unidades ligadas. Também pode gerar um sentido de consequência a algo dito anteriormente (exemplo: mas, apesar, porém, todavia, entretanto, mesmo assim, ainda assim, contudo, no entanto, senão, não obstante,, etc). Obs.: antes das conjunções adversativas a vírgula é obrigatória.
DisjuntivasAs disjuntivas (português europeu) ou alternativas (português brasileiro) ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente (exemplo:ou...ou, ora...ora, já...já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez, não... não).
Conclusivas
ExplicativasAs explicativas ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. Expressam a relação de explicação, razão ou motivo (exemplo: que, porque, porquanto, pois, por isso (anteposta ao verbo), já que, visto que, como).
SubordinativasAs conjunções subordinativas ligam uma oração de nível sintático inferior (oração subordinada) a uma de nível sintático superior (oração principal). Uma vez que uma oração é um membro sintático de outra, esta oração pode exercer funções diversas, correspondendo um tipo específico de conjunção para cada uma delas. Um período formado por conjunções subordinadas que não contém as tais conjunções é chamado de: oração principal. IntegrantesIntroduzem uma oração (chamada de substantiva) que pode funcionar como sujeito, objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto, complemento nominal (nos três últimos casos pode haver uma preposição anteposta à conjunção) de outra oração. As conjunções subordinativas integrantes são que e se. Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando não, usa-se "se".
Uma forma de identificar o se e o que como conjunções integrantes é substituí-los por "isso", "isto" ou "aquilo".
As adverbiais podem ser classificadas de acordo com o valor semântico que possuem. CausalEstabelece, na frase, uma relação de causa e consequência entre dois ou mais fatos mencionados Conjunções: porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, na medida em que Exemplos:
ComparativaIniciam uma oração que contém o segundo membro de uma comparação Conjunções: que, mais/menos (do) que, (tal) qual, (tão/tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem Indica comparação entre dois membros. Exemplos:
ConcessivaInicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação proposta pela oração principal, mas incapaz de impedi-la Conjunções: (muito) embora, ainda que, ainda quando , se bem que, mesmo que, mesmo quando, posto que, apesar de que, por mais que, nem que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante, em que pese, por muito que, por pouco que, por melhor que, por pior que, por menos que Exemplos:
CondicionalIniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária ou necessitada para que seja realizado ou não o fato principal . Conjunções: se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, uma vez que Exemplos:
Conformativa (português brasileiro) ou modal (português europeu)Inicia uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal Conjunções: conforme, como, segundo, consoante, de acordo com (todas elas com mesmo valor de conforme). Exemplo:
Consecutiva (português brasileiro) ou correlativa (português europeu)Iniciam uma oração na qual se indica a consequência (exemplo: que (precedido de tal, tanto, tão, tamanho, de forma que, de modo que, de sorte que, de maneira que, que = equivalendo a sem que).
ProporcionalIniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal (exemplo: à medida que, à proporção que, ao passo que, enquanto, quanto mais... mais, tanto mais... mais)
Temporal (português brasileiro) ou periódica (português europeu)Iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo (exemplo: logo que, quando, enquanto, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, apenas, mal, cada vez que, desde quando, desde que, todas as vezes que, senão quando, ao tempo que, nem).
FinalIniciam uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. (ex: a fim de que, para que, que, porque = para que). Toque o sinal para que todos entrem no salão. Classe de conjunções extraHá autores que consideram ainda uma classe de conjunções chamada continuativas (português brasileiro) ou transitivas (português europeu), definindo-as como conjunções que expressam apenas uma continuação do discurso. Incluem nessa classe conjunções e locuções conjuntivas como: ora, pois, pois bem, no entanto, na verdade, com efeito, daí, depois, além disso, além do que, de mais a mais etc. Entretanto, essa classificação é, na verdade, uma mistura de conjunções adversativas, conclusivas, explicativas e até mesmo advérbios, locuções adverbiais etc. Observações geraisUma conjunção é, na maioria das vezes, precedida ou sucedida por uma vírgula (",") e muito raramente é sucedida por um ponto ("."). Seguem alguns exemplos de frases com as conjunções marcadas em negrito:
Em geral, cada categoria tem uma conjunção típica. Assim é que, para classificar uma conjunção ou locução conjuntiva, é preciso que ela seja substituível, sem mudar o sentido do período, pela conjunção típica. Por exemplo, o "que" somente será conjunção coordenativa aditiva, se for substituível pela conjunção típica "e".
As conjunções alternativas caracterizam-se pela repetição, exceto "ou", cujo primeiro elemento pode ficar subentendido. As adversativas, exceto "mas", podem aparecer deslocadas. Neste caso, a substituição pelo tipo (conjunção típica) só é possível se forem devolvidas ao início da oração. A diferença entre as conjunções coordenativas explicativas e as subordinativas causais é o verbo: se este estiver no imperativo, a conjunção será coordenativa explicativa: "Fecha a janela, porque faz frio." O "que" e o "se" serão integrantes se a oração por eles iniciada responder à pergunta "O que...?", formulada com o verbo da oração anterior. Veja o exemplo:
O uso da conjunção "pois" pode ser classificada em:
O uso da conjunção "porque" pode ser classificada em:
Referências
Ver tambémInformation related to Conjunção |