Copa Pernambuco de Futebol
A Copa Pernambuco de Futebol ou Copa Pernambucana de Futebol, foi uma competição estadual de futebol de Pernambuco. Foi jogada nos moldes da Copa do Brasil de Futebol e mais posteriormente nos dias atuais, no Sistema Misto com fases Classificatória (Pontos corridos) e Eliminatória (Mata-mata), que por vezes só foi utilizado uma das fases. Inicialmente a Copa Pernambucana foi disputada pelas equipes do Campeonato Pernambucano, como um torneio preparatório de Pré-temporada[1] e era disputado no final do ano, anterior ao ano da próxima temporada. A competição teve 19 edições e sua última edição foi realizada em 2019, que teve o Santa Cruz sagrando-se campeão invicto da competição. Foi disputada pelos clubes filiados a Federação Pernambucana de Futebol e pelos clubes convidados, que não disputavam alguma divisão — (Série A1) ou que não possuíam calendário de jogos — (clubes que jogaram a Série A2 e que não conseguiram acesso) O Santa Cruz Futebol Clube é o clube que mais venceu a competição, com 5 títulos, seguido pelo Recife Futebol Clube — (atual Manchete), com 4, Sport Club do Recife com 3, e por Desportiva Vitória, com 2 títulos cada. Outros 05 clubes venceram uma edição da competição, sendo portanto 09 o número de clubes campeões. A cidade com maior número de títulos é Recife, com 13 conquistas. Em 3 oportunidades o campeão deste torneio foi um time que não estava na primeira divisão do campeonato nacional daquele ano. São eles: Recife FC, em 1996, Desportiva Vitória, em 2004 e Salgueiro, em 2005. Em 6 oportunidades, o futebol do interior pernambucano teve um clube representante campeão: Ypiranga-PE, em 1994, Porto-PE, em 1999, Central, em 2001, Desportiva Vitória, em 1995 e 2004 e Salgueiro, em 2005. HistóriaA Copa Pernambucana de Futebol foi criada para preparar as equipes que disputariam a primeira divisão do Campeonato Pernambucano. O torneio era um amistoso que acabou dando a oportunidade de outros clubes com menor tradição no futebol pernambucano, de enfrentar um "clube grande" durante o ano. Clubes esses que não tinham condições ou não se classificaram para a elite do futebol estadual. A criação dessa competição então, visava valorizar a maioria dos clubes das regiões do Sertão Pernambucano, Agreste, São Francisco e Zona da Mata, clubes estes que não tinham mais representatividade na Série A1 do Pernambucano e voltaram a crescer em importância para os clubes médios e pequenos dessas regiões, por eles terem novamente chances até de chegarem, pelo menos teoricamente, à Série A2 do Estadual. A primeira edição da Copa Pernambucana de Futebol ocorreu em 1994 e contou com 9 participantes, todas filiadas e ativas na FPF e participantes da Série A1 do Pernambucano. Era também uma forma de alavancar o desenvolvimento do futebol de equipes de menor tradição. Para esses clubes, era também a oportunidade de enfrentar um "clube grande" durante a competição, seja com a equipe profissional ou base e o respaldo das equipes do interior do estado. O Ypiranga-PE foi o seu primeiro campeão, que estava estreando pela primeira vez da edição de 1994 do Campeonato Pernambucano. Em 2006, chegou a ser suspensa por falta de incentivos e interesse das equipes, voltando a ser disputada ano seguinte. Na edição do ano seguinte em 2008, foi a edição com maior número de publico. No total, foram 67.938 pessoas que acompanham a campanha do Santa Cruz, que ganhou seu primeiro título na competição. Feito que se repetiu no ano seguinte em 2009, onde o Santa garantiu seu segundo título. Na Copa Pernambuco de Futebol de 2011, um fato curioso chamou muita a atenção em sua história. Além de ser a 17ª edição e contar com elenco Sub-20, o destaque foi para o formato da taça atribuido ao Náutico,[2] que conquistou seu primeiro título. A taça em questão, era uma replica de uma das mais cobiçadas no futebol mundial, a taça da Copa do Mundo da FIFA. Já em 2012, houve a última edição do torneio que teve o Santa Cruz como campeão e conquistando seu quarto título, permanecendo até 2018. Em 2019, o presidente da FPF Evandro Carvalho, o retorno da Copa Pernambuco ao calendário do futebol estadual.[3] O mandatário da entidade máxima do futebol pernambucano, comentou sobre o objetivo e a importância da competição voltar a fazer parte do calendário do futebol profissional pernambucano. Segundo o Diretor de Competições, Murilo Falcão, poderiam participar desta edição, os clubes profissionais filiados à FPF e que estivessem em dia com as suas obrigações estatutárias. Os clubes interessados, deveriam enviar ofício à FPF formalizando o pedido de participação. Após 7 anos sem a realização do torneio, em 2019 foi realizada a 19ª edição da competição e contou com a presença de 10 equipes filiadas a federação. Novamente teve o Santa Cruz campeão da Copa, conquistando seu 5º título e se isolando como maior campeão da competição. E novamente, a competição se destacou por um fato curioso. A competição mais uma vez fez homenagem a uma das maiores competições do futebol do mundo. Desta vez, a taça entregue ao campeão foi uma replica do troféu do Campeonato Brasileiro de Futebol, modelo utilizado desde 2014. Devido à pandemia de COVID-19,[4] a Federação Pernambucana suspendeu as atividades do Campeonato Pernambucano, de Janeiro a Abril de 2020. Competições de menor expressão, foram canceladas e como de praste, a Copa Pernambucana de Futebol foi extinguida. Diferente de outras copas estaduais no país como a Copa Paulista, Copa Rio, Copa Federação Gaúcha de Futebol e dentre outras, a Copa Pernambucana de Futebol nunca deu vaga direta para outras competições como Copa do Brasil de Futebol e Campeonato Brasileiro - Série D, sendo uma competição não oficial com pouca credibilidade e não há premiações em dinheiro para a equipe campeã. Sistema de disputaA disputa da Copa Pernambucana de Futebol se dá no sistema "Sistema Misto", no qual dois times formam grupos classificatórios e as equipes de melhor classificação, disputam uma fase eliminatória no sistema de "Mata-mata”, em jogos de ida e volta ou jogos únicos. Em outras ocasiões, a competição foi toda realizada no sistema de Mata-mata, igual como na Copa do Brasil. Não há um sistema fixo na competição, podendo ter mais ou menos clubes participantes. Critérios de desempateOs critérios de desempate varia conforme cada edição, sendo que em algumas ocasiões foram utilizados os seguintes critérios:
Novo formato em 2019A Copa Pernambuco de 2019 foi disputada por 10 clubes, com jogos de 5 de outubro a 6 de dezembro. O regulamento foi semelhante ao da última temporada, com uma fase classificatória e uma fase eliminatória até a decisão. Pela fórmula definida após conselho arbitral, em 26 de setembro, o torneio teve dois grupos de 5 clubes cada, os clubes jogos entre si dentro do seu grupo em turno único (cada equipe fez duas partidas em casa e duas foras). Ao fim da primeira fase, passaram os dois melhores de cada grupo, com semifinal e final em ida e volta. Ao todo, o campeão fez 8 partidas.[5].
Na 1ª Fase sempre que duas ou mais equipes estiverem em igualdade de pontos, os critérios de desempates devem ser aplicados na seguinte ordem:
Na 2ª e 3ª fase, sempre que as duas equipe estiverem em igualdade do pontos aplica-se os seguintes critérios:
ClassificaçãoParticipantesPor ser uma competição preparatória de Pré-temporada, a participação das equipes se da aos que disputam a Série A1 do Pernambucano e alguns da Série A2, sendo que não há nenhum critério de participação ou número fixo de clubes. Em algumas exceções, a FPF atribui convites para clubes que não se enquadre as ocasiões anteriores, para complementar os participantes por edição e a partir daí, conforme abaixo:
1 A federação pode decidir quem ira participar da competição, desde que nenhum clube tenha pendências e que tenha regulamentação. Campeões
Títulos por clube
Títulos por cidade
ArtilhariaPor edição
ParticipaçõesOs clubes que mais participaram da Copa Pernambucana (de 1994 a 2019) por município:
Ver também
Notas e referênciasNotas
Referências
Ligações externas |