As críticas ao Islã são amplamente definidas como críticas à religião islâmica em suas crenças, princípios e/ou quaisquer outras ideias atribuídas ao Islã.
Objetos de crítica incluem a moralidade da vida de Maomé, o fundador do Islã, tanto em sua vida pública quanto em sua vida pessoal[7]. Questões relacionadas à autenticidade e moralidade das escrituras do Islã, tanto o Alcorão quanto os hadiths, também são discutidas pelos críticos. O Islã também foi visto como uma forma de imperialismo árabe e recebeu críticas de figuras da África e da Índia, pela destruição de culturas indígenas. O reconhecimento do Islã da escravidão como uma instituição[8], que levou os comerciantes muçulmanos a exportar até 17 milhões de escravos para a costa do Oceano Índico, Oriente Médio e Norte da África[9], também foi criticado. A versão Shafi'i do Islã recebeu críticas por defender a mutilação genital feminina e introduzir essa prática no Sudeste Asiático, onde antes não existia. Mais recentemente, as crenças islâmicas sobre as origens humanas, predestinação, existência e natureza de Deus têm recebido críticas por suas inconsistências filosóficas e científicas[10][11].
Outra crítica se concentra na questão dos direitos humanos no mundo islâmico, tanto historicamente quanto nas nações islâmicas modernas, incluindo o tratamento de mulheres, pessoas LGBT e minorias religiosas e étnicas, conforme mostrado na lei e na prática islâmica. Em 2014, cerca de um quarto dos países e territórios do mundo (26%) tinham leis ou políticas anti-blasfêmia e (13%) tinham leis ou políticas anti-apostasia[12]. Em 2017, 13 nações, todas de maioria muçulmana, tinham a pena de morte por apostasia ou blasfêmia[13][14][15]. Na esteira da recente tendência do multiculturalismo, a influência do Islã na capacidade ou disposição dos imigrantes muçulmanos de se assimilar nas nações anfitriãs tem sido criticada. Argumentos assimilacionistas também foram feitos em outros países onde os muçulmanos são uma minoria substancial, como China, Índia[16] e Rússia[17].
Referências
↑DAMASCENO, João (1864). De Haeresibus. Uma tradução para o inglês do reverendo John W Voorhis apareceu na publicação "The Muslem World", em outubro de 1954, p. 392-98. [S.l.]: Patrologia Graeca, vol. 94. pp. 763–73