A criogenia é uma área do conhecimento científico e tecnológico cujas atividades são desenvolvidas em torno dos fenômenos que ocorrem em temperaturas muito baixas; assim como desenvolvimento de meios, processos e equipamentos para se atingir tais temperaturas usualmente inferiores a -150 °C.[1] Pode ser desmembrada em diversas especialidades presentes principalmente na física, química, biologia, engenharia aeroespacial e ciências da saúde.
A criogenia não deve ser confundida com o ramo exploratório e controverso da criônica, no qual busca-se a reanimação celular de seres humanos mortos e congelados. Trata-se de procedimentos não endossados pela Sociedade de Criogenia da América.[2]
Etimologia
A palavra criogenia resulta da junção do antepositivo de origem grega kryos, eos-ous (crio) "frio" com o pospositivo génos,eos-ous (genia) "relacionado a produção ou origem".[3][4]
História
A criogenia é fruto da evolução e avanços de técnicas, práticas e conhecimentos relativos à termodinâmica principalmente no que tange os ciclos de refrigeração e avanços de materiais isolantes térmicos e máquinas de refrigeração em tentativas laboratoriais de liquefação de gases.[5][6]
James Dewar inventou em 1892 o frasco que possibilitou armazenar líquidos criogênicos por períodos mais longos reduzindo o processo de ebulição dos mesmos em temperatura ambiente. Atualmente o princípio do frasco de Dewar pode ser comumente observado atualmente em garrafas térmicas.[carece de fontes?]
Ramos e aplicações
Engenharia criogênica
Ramo da engenharia especializado em equipamentos, métodos, processos e comportamento de materiais em temperaturas criogênicas. Tem sua atuação presente na indústria de equipamentos médicos, gases liquefeitos, supercondutividade, aeronaves e equipamentos de uso aeroespacial assim como na pesquisa aplicada como projeto, construção de aceleradores de partículas.[carece de fontes?]
Estudo do comportamento celular de organismos vivos submetidos a condições de temperaturas extremamente baixas. É comum a utilização do nitrogênio líquido (ebulição em -196,15 °C) assim também de freezers de ultrabaixas temperaturas (ULT Frezzers) para armazenamento de material biológicos.
Tecnologia através da qual células, tecidos ou embriões são preservados pelo arrefecimento a temperaturas abaixo do ponto de congelação da água. Envolve o trabalho em congelar células vivas em temperaturas abaixo de -70 °C para posterior descongelamento e restabelecimento das atividades metabólicas comuns. Processo muito utilizado no transporte de material biológico para fecundação (embriões e sêmen). Com o tratamento utilizando células troncos, diversas mães iniciaram o processo de congelar cálculos do cordão umbilical do filho para eventual uso futuro.[7] Ainda há o interessante estoque criogênico da diversidade biológica natural por intermédios de zoológicos congelados ou banco de espécies.
↑America, Cryogenic Society of; Park, Inc 218 Lake Street Oak. «Cryonics is NOT the Same as Cryogenics». Cryogenic Society of America (em inglês). Consultado em 24 de janeiro de 2019