Dead Fish
Dead Fish é uma banda brasileira de hardcore melódico que se formou em Vitória, no ano de 1991. O grupo lançou quatro discos e inúmeras demos antes de romper a barreira independente. O grupo conquistou projeção no âmbito nacional através do disco Zero e Um lançado pela Deckdisc em 2004, com produção de Rafael Ramos e mixado por Ryan Greene, responsável por faixas-símbolo do hardcore mundial. A banda se tornou notória por seu posicionamento político expresso em favor de pautas progressistas.[2] É composto atualmente por Rodrigo Lima (vocal) e os paulistas Marcos Melloni (bateria), Ricardo Mastria (guitarra) e Igor Tsurumaki (baixo). HistóriaEm Vitória, no início dos anos 90, um grupo de amigos que curtia andar de skate resolveu se reunir para tocar juntos.[3] Sem qualquer pretensão e inspirados por Dead Kennedys, Inocentes e 7 Seconds[3], Marcelo “Suicidal” (vocal), Marcel Dadalto (guitarra solo), Gustavo “Arroz” Buteri (guitarra base), Leonardo “Formiguinha” (baixo), e "Rato" Maldonado (Bateria) (que posteriormente foi substituído por Leandro “Nô”) formaram o Stage Dive. Pouco tempo depois, Rodrigo Lima assumiu os vocais e é onde a história começa de verdade. Não tinham instrumentos e não sabiam tocar. Aprenderam a fazer, fazendo. De covers de Ramones, Bad Brains e Bad Religion, logo passaram a compor suas próprias canções e a fazer os primeiros shows. Descobriram que já existiam bandas chamadas Stage Dive, então escreveram alguns nomes em um papel. O sorteado foi Dead Fresh Fish, que acabou reduzido para Dead Fish.[3] Em 1995 lançam a demo tape Re-Progresso e três anos depois, seu primeiro CD chamado Sirva-se pelo selo capixaba Lona! Records. O álbum vendeu mais de dez mil cópias[3] durante um ano de divulgação, fato incomum para uma banda independente, principalmente no começo daquela década. Após o primeiro álbum, lançaram Sonho Médio. O álbum é histórico para o hardcore brasileiro. Apesar da proposta para continuar na Lona! Records, decidiram que queriam fazer eles mesmos a produção e distribuição de um novo álbum. Criaram um selo fictício, a princípio só para “ter o que colocar na capa”, e assim nasceu a Terceiro Mundo Produções Fonográficas (que além de lançar material do Dead Fish viria a lançar CDs de bandas como Sugar Kane e Noção de Nada) em 1999 e Afasia em 2001. Giuliano, até então guitarrista, resolveu deixar a banda no mesmo ano. O álbum tem uma sonoridade diferente dos antecessores, representando, em partes, a fase pela qual a banda estava passando. Durante a finalização do álbum, que iria se chamar Iceberg, começaram a surgir conflitos internos entre os integrantes. As opiniões e atitudes de Giuliano passaram a divergir muito com o que Nô e Rodrigo estavam dispostos a fazer. O clima pesou nos shows e nos ensaios e, para evitar o fim da banda, reuniram-se com Alyand e Murilo e chegaram ao consenso de que a saída de Giuliano era a melhor alternativa. Em dezembro de 2002 gravaram um álbum ao vivo no Hangar 110 em São Paulo. Em meados de 2003, Murilo, o outro guitarrista do Dead Fish, deixa a banda que ameaça acabar. No fim do mesmo ano, eles recebem uma proposta de uma gravadora, a Deckdisc. A banda aceita a proposta, chama Philippe e Hóspede para assumir as guitarras e entram em estúdio para gravar o quarto disco de inéditas, o Zero e Um de 2004. No mesmo ano, o Dead Fish ganha projeção nacional ao receber o VMB de banda revelação[4], lançando seu primeiro DVD, o MTV Apresenta Dead Fish. Em 2006, lançam mais um álbum pela mesma gravadora chamado Um Homem Só e tem relançadas sua primeiras demo tapes pelo selo Läjä Records, sob o título de Demo Tapes, que ainda conta com diversos vídeos da banda, além de flyers e cartazes de shows do início da carreira. Em 2007, a banda fez 20 shows na Alemanha e República Tcheca.[5] No fim de dezembro do mesmo ano, o guitarrista Hóspede acaba saindo da banda por motivos não explicados. No final de 2008, o baterista Nô deixa a banda por motivos pessoais, sendo substituído por Marcão (Ação Direta). O último registro de Nô, foi comandando as baquetas da banda em Contra Todos. Muitas pessoas entraram e saíram da banda, mas a saída de Nô foi certamente a mais significativa, pelo menos para Rodrigo. Os dois eram amigos de longa data, começaram juntos a história do Dead Fish e o real motivo por eles romperem nunca foi divulgado. Nesse mesmo ano, foram os vencedores do Video Music Brasil 2009 na categoria melhor videoclipe de hardcore.[6] Em 2011 a banda comemorou 20 anos de atividades[7], lançando no ano seguinte o registro Dead Fish 20 Anos Ao Vivo no Circo Voador. Em 24 de setembro de 2013, Philippe Fargnoli deixa o Dead Fish depois de 10 anos de estrada, alegando se dedicar a outros projetos musicais, novas bandas, estudar bastante e aprofundar mais o trabalho como produtor musical em seu estúdio.[8] Posteriormente o mesmo foi efetivado na banda CPM 22. Dias depois, o Dead Fish anunciou a entrada do novo guitarrista da banda, Ric Mastria, ex-guitarrista do Level Nine e atualmente guitarrista da banda de hardcore Sugar Kane. Apesar de entrar no Dead Fish, Ric deixou claro que não deixará o Sugar Kane por assumir a guitarra em outra banda.[9] Em 9 de junho de 2014, o Dead Fish criou um projeto no site de financiamento coletivo Catarse para levantar fundos para a gravação do novo álbum.[10][11] Findados os 45 dias de prazo, o projeto do Dead Fish se tornou a maior arrecadação por financiamento coletivo do país somando um total de R$ 246.381.[12][13] O álbum, intitulado Vitória, foi lançado em 2015, nos formatos de CD e LP, pelo selo Red Star Recordings.[14][15] No dia 14 de dezembro de 2018, foi comunicado a saída do baixista Alyand. Em 30 de maio de 2019, sai o álbum Ponto Cego, marcando a volta da banda à Deckdisc.[16][17][18] O primeiro single do álbum foi "Sangue nas mãos".[16][19] Em 2020, é lançado Lado Bets, álbum com uma seleção de 10 faixas entre ‘sobras de estúdio’, singles, versões e faixas escondidas gravadas entre os anos de 2004 e 2019.[20] Em 2022, para comemorar os 30 anos da banda, com 1 ano de atraso devido à pandemia, lançam o disco 30 + 1 gravado no Hangar 110 em São Paulo.[21][22] Em 2023, a banda é anunciada como atração do festival Best of Blues and Rock, em São Paulo, tocando na mesma noite que Steve Vai e Buddy Guy.[23][24] IntegrantesFormação atual
Ex-integrantes
DiscografiaDemos
Álbuns de estúdio
Álbuns ao vivo
EPs
Coletâneas
Referências
Ligações externas |