Dona Cadu
Ricardina Pereira da Silva (São Félix, 14 de abril de 1920 – Maragogipe, 21 de maio de 2024), mais conhecida como Dona Cadu, foi uma ceramista centenária, sambadeira, rezadeira e líder comunitária Baiana de origem afro-indígena. Nasceu e se casou na Fazenda Pilar, em São Félix. Residia no distrito de Coqueiros, Maragogipe, Bahia.[1][2][3] BiografiaRicardina Pereira da Silva aprendeu o ofício de ceramista aos 10 anos de idade com uma senhora oriunda do sertão[3]. Nos seus mais de 70 anos de profissão, tornou-se uma das principais fornecedoras de panelas de cerâmica para os restaurantes da Bahia, especialmente Salvador.[4] Recebeu o título de Doutora Honoris Causa em novembro de 2020 pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), e em setembro de 2021 pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)[3]. De acordo com o relatório construído no decorrer do processo de avaliação do mérito para recebimento da honraria,[5][6][7]
Além disso, recebeu um Memorial, localizado em Coqueiros, para receber fotografias, indumentárias, peças e objetos do seu acervo pessoal e de sua trajetória. A ideia do projeto de memorial é de uma pesquisadora da cultura popular brasileira, Rosangela Cordaro, mestra em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas pela UFRB.[8] Dona Cadu também foi reconhecida como “Tesouro Humano Vivo”, segundo o conceito proposto pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO): "uma das personalidades significativas para a difusão da tradição oral, poética e performática".[5] Dona Cadu foi rezadeira e fundou o "Samba de Roda Filhos de Dona Cadu".[6] Referências
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