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Edifício Sul América

Edifício Sul América
Edifício Sul América
Fachadas leste e norte
Informações gerais
Nomes alternativos Edifício Sulamérica
Estilo dominante Modernismo
Arquiteto Arnaldo Gladosch (1903-1954)
Início da construção 1938
Fim da construção 1940
Função inicial Comercial
Função atual Residencial
Geografia
País Brasil
Cidade Porto Alegre
Localização Centro Histórico
Coordenadas 30° 01′ 48,042″ S, 51° 13′ 41,006″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Edifício Sul América é um edifício de apartamentos localizado na Esquina Democrática, no Centro Histórico de Porto Alegre.[1] Foi projetado pelo arquiteto Arnaldo Gladosch (1903-1954) em 1938 como um edifício de escritórios, ocupação que perdurou até sua conversão funcional na década de 2000.[1]

Na mesma esquina, fronteiro ao Edifício Sul América, Gladosch projetou também o Edifício Sulacap (1938), edificação de grande porte e tratamento mais requintado.[1][2] Ambos os prédios, concebidos no mesmo período em que o arquiteto paulista desenvolvia o Plano Gladosch (1939-1943) para Porto Alegre, configuram uma parceria com o propósito de marcar, com estratégias distintas, a esquina de importância.[1]

História

Avenida Borges de Medeiros na década de 1950, com o Edifício Sul América (1938) ao centro e o Edifício Nunes Dias (1939) à direita

De propriedade da Companhia Nacional de Seguros de Vida Sul América, com sede no Rio de Janeiro, o Edifício Sul América foi inaugurado em 29 de outubro de 1940, com a intenção de servir, entre outras obras de vulto, como bandeira da administração Loureiro da Silva nas comemorações do Bicentenário de Colonização da Cidade.[1]

Na década de 2000, os ambientes internos do Edifício Sul América foram transformadas em pequenas unidades residenciais, através de intervenção do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) da Caixa Econômica Federal.[1]

Arquitetura

Edifício Vera Cruz (1938)

Contexto e influências

Da mesma forma que os demais "arranha-céus" da mesma geração - como o Edifício Vera Cruz (1938), de João Antonio Monteiro Neto, e o Edifício Nunes Dias (1939), de Erich Erwin Brandt - a arquitetura do Edifício Sul América buscava apresentar uma modernidade quase cênica, dramatizada.[1]

Em todas essas edificações, foram empregadas estratégias como a verticalidade propositalmente acentuada, as curvas conformando as esquinas ou a dissolução dos planos da fachada, características que podem, de alguma forma, ser identificadas com o expressionismo, o futurismo, o neoplasticismo e a Escola de Chicago.[1]

Implantação e volumetria

Esquina Democrática, com o Edifício Sulacap (1938) à esquerda e o Edifício Sul América (1938) à direita

Implantado na Esquina Democrática, a volumetria do Edifício Sul América (1938) foi o resultado da costura entre a nova Avenida Borges de Medeiros, principal signo da verticalização e da modernidade à época, e a Rua da Praia, o mais antigo logradouro público da cidade.[1] Com o propósito de buscar uma unidade entre os aparentes opostos, Arnaldo Gladosch trabalhou com recursos compositivos sofisticados, fruto de sua maneira inseparável de ver arquitetura e cidade.[1] A conformação final resultou na disposição da torre para a avenida, vertical e moderna, e do corpo menor para a rua, comercial e histórica, assegurando a ligação entre situações de escalas muito diversas. [1]

Diferentemente do Edifício Sulacap (1938), em que o reloteamento do quarteirão foi realizado para se adequar à recém aberta Avenida Borges de Medeiros, o lote destinado ao Edifício Sul América é, na realidade, uma sobra da abertura da avenida, motivo pelo qual a solução do térreo recuado não pôde ser empregada, impedindo a existência de galerias.[1] Para dar unidade formal a todos os novos edifícios propostos, Gladosch destacou os pilares que chegam ao térreo, valorizando o ritmo e criando uma impressão de galeria.[1]

Intervenção na década de 2000

Na intervenção da década de 2000, que converteu o uso do Edifício Sul América para residencial, agumas das principais estratégias de Gladosch não foram respeitadas, como o negativo que efetivava a transição entre o volume baixo e o alto.[1] Além disso, o revestimento de pedra moída foi pintado ou acrescido de pastilhas cerâmicas, sem qualquer critério técnico ou estético. [1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o CANEZ, Anna Paula (2008). Arnaldo Gladosch: O edifício e a metrópole (Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro). Porto Alegre: UniRitter. pp. 197–243. ISBN 978-85-60100-28-6 
  2. XAVIER, Alberto; MIZOGUCHI, Ivan (1987). Arquitetura Moderna em Porto Alegre. São Paulo: Pini. pp. 48–49 
Prefix: a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

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