Eduardo Siqueira Campos
José Eduardo Siqueira Campos GOMM (Campinas, 4 de março de 1959) é um empresário, pedagogo e político brasileiro, filiado ao Podemos (PODE). Ao longo de sua trajetória, representou o estado do Tocantins como senador, deputado federal e deputado estadual.[2][3] Atualmente, é prefeito de Palmas, capital do Tocantins, cargo que já exerceu entre 1993 e 1997.[4][5] BiografiaCarreira políticaFilho de Aureni Siqueira Campos e José Wilson Siqueira Campos. Formado em Pedagogia pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília em 1985, acompanhou as articulações de seu pai em favor da criação do Tocantins pela nova Constituição.[6] Mediante o êxito da proposta, seu pai elegeu-se governador e Eduardo Siqueira Campos elegeu-se deputado federal pelo novo estado via PDC em 1988 sendo reeleito em 1990.[2][7][4][nota 1] No curso do mandato votou a favor do impeachment de Fernando Collor em 1992,[8] mesmo ano onde foi eleito prefeito de Palmas.[nota 2] Durante o mandato migrou para legendas como PPR e PPB antes de acompanhar seu pai na filiação ao PFL.[nota 3] Em 1998 seu pai renunciou ao mandato de governador para disputar a reeleição, embora pudesse fazê-lo no exercício do cargo.[9] Tal manobra foi executada para permitir a candidatura de Eduardo Siqueira Campos a senador, algo proibido pela Constituição caso seu genitor estivesse à frente do Palácio Araguaia e como o Executivo estadual foi entregue a Raimundo Boi, Siqueira Campos pôde ser reconduzido ao poder e seu filho assegurou um mandato de senador.[3][4] Candidato a reeleição via PSDB em 2006, foi derrotado pela candidata do PFL, Kátia Abreu. Após deixar o Senado Federal tornou-se presidente das afiliadas da Rede Record no Tocantins (TV Jovem Palmas, TV Jovem Araguaína e TV Jovem Gurupi), afastando-se das atividades partidárias e político-eleitorais durante algum tempo. Como empresário liderou a reformulação empresarial do grupo de comunicação que consolidou a liderança da emissora da rádio Jovem Palmas FM e levou a vice-liderança as outras emissoras de televisão sob sua gestão nas três maiores cidades do estado. Em 2005, ainda como senador, foi admitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial.[1] Durante o quarto mandato de seu pai como governador do Tocantins foi secretário de Planejamento e depois secretário de Relações Institucionais,[10] cargos aos quais renunciou para eleger-se deputado estadual via PTB em 2014 e reeleger-se pelo DEM em 2018.[4] Se filiou ao Podemos em 2023.[11] Na prefeitura de PalmasCom quadro político adverso, sendo oposição nos níveis estadual e federal, Eduardo Siqueira Campos liderou a campanha vitoriosa que terminou o pleito com 67% dos votos válidos, tornando-se o primeiro prefeito eleito da capital do Tocantins. Durante o mandato, marcou a cidade com a implantação do traçado urbanístico monumental, ousado e moderno que ainda caracterizam Palmas. Investiu nas primeiras obras de saneamento básico da capital, levando esgoto e água tratada a maior parte do plano diretor. Eduardo Siqueira Campos também deu início e consolidou vários bairros de Palmas, como os setores Jardim Aureny e as antigas ARNOS, região norte da cidade cuja ocupação ocorreu majoritariamente por meio de invasão. Nas ARNOS, setor também conhecido como Vila União, Eduardo promoveu forte intervenção urbanística, construindo milhares de casas, em substituição aos barracos de lona e palha, e pavimentando diversas quadras, após o grande incêndio sofrido em 1993. Governou a cidade de 1º de janeiro de 1993 a 1º de janeiro de 1997 com ampla aprovação popular. Eduardo Siqueira Campos construiu nesse período as obras que ainda hoje compõem o grupo dos maiores equipamentos socioculturais de Palmas e que marcam pela grandeza e utilidade para a população do estado, como o Espação Cultural de Palmas e o Ginásio Ayrton Senna. Em 18 de abril de 1993 lançou a pedra fundamental da Escola Técnica Federal de Palmas, hoje IFTO, campus Palmas. FamíliaEduardo Siqueira Campos é casado com Polyanna Marques Siqueira Campos e é pai de sete filhos. Em 2011, perdeu o seu filho, Gabriel Marques Siqueira Campos, de apenas onze anos num trágico acidente aéreo. ControvérsiasFoi um dos alvos da 12ª fase da Operação Acrônimo, levado a depor coercitivamente em novembro de 2016, depois de ter sido mencionado na delação premiada de Benedito Oliveira.[12] Benedito disse ter pago propina para o político em 2012, quando o pai dele, José Wilson Siqueira Campos, era governador do Tocantins.[12] Em fevereiro de 2017 foi deflagrada a 3º fase da Operação Ápia, após a descoberta de um novo núcleo criminoso, que segundo as investigações do Ministério Público Federal e a Polícia Federal era ligado ao deputado Siqueira Campos.[13] O deputado era o suposto beneficiado de um esquema de corrupção na Agência de Máquinas e Transportes (Agetrans).[13] É investigado pelo Ministério Público Federal e a Polícia Federal no âmbito das operações Ápia[13] e Acrônimo.[12] Notas
Referências
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