A eleição municipal da cidadebrasileira de Belo Horizonte em 2008 ocorreu no dia 05 de outubro de 2008 para a eleição de um prefeito, um vice-prefeito e 41 vereadores da capital mineira Belo Horizonte. Como na disputa à candidatura a prefeito não houve alcance da maioria absoluta dos votos válidos (50% mais um) por algum dos candidatos que pleiteavam a vaga no primeiro turno, houve um segundo no dia 28 de outubro de 2008 entre os seguintes candidatos: Márcio Lacerda (PSB), que havia recebido 43% dos votos válidos no primeiro turno, e Leonardo Quintão (PMDB), que recebera 41% dos votos no primeiro turno.[1]
A candidata Jô Moraes (PC do B), líder das pesquisas no começo da disputa eleitoral, chegou a mover 36 ações contra a campanha de Lacerda[2] e foi um dos principais embates do candidato na primeira fase da eleição. Enquanto havia explícita polarização entra a candidata e Lacerda, Leonardo Quintão evitou desgaste de sua imagem.[2] Jô Moraes recebeu 8% dos votos no primeiro turno.[1]
Apoiado por Aécio Neves (PSDB), então governador de Minas Gerais, e por Fernando Pimentel (PT), seu antecessor,[2] Márcio Lacerda foi eleito com 59% dos votos válidos, derrotando os 40% dos votos recebidos por Quintão.[3] O vice-prefeito eleito, na chapa de Lacerda, foi Roberto Carvalho (PT).
O candidato mais bem votado para as 41 vagas na Câmara Municipal de Belo Horizonte foi o Professor Elias Murad (PSDB), que obteve 15.473 votos (01, 22% dos votos válidos).[1]
Os eleitos tomaram posse no dia 1 de janeiro de 2009, sendo o final dos mandatos no dia 31 de janeiro de 2012.
Antecedentes
Na eleição municipal de 2004, Fernando Pimentel (PT) foi reeleito prefeito de Belo Horizonte com 68,49% dos votos válidos. Vale lembrar que Pimentel foi eleito vice-prefeito nas eleições de 2000, mas assumiu interinamente após Célio de Castro (PSB) , titular, ter pedido afastamento do cargo devido a problemas de saúde no final de 2001.[4]
Embora João Leite (PSB) tenha começado a campanha em 2004 a frente de Pimentel, o candidato, que tinha apoio explícito do tucano Aécio Neves, ficou em segundo lugar na disputa eleitoral com 22,78% dos votos válidos.[4]
No período pré-eleitoral, o PT vetou uma aliança com o PSDB em Belo Horizonte.[6] O PT apoiou o candidato Márcio Lacerda (PSB) que também ganhou o apoio do governador Aécio Neves (PSDB). Apesar de não haver uma coligação explícita entre o PT e o PSDB, havendo apenas um apoio informal dos tucanos em relação a Márcio Lacerda.[7]
A TV Globo, a TV Record[8] e a Band Minas fizeram debates no primeiro turno. O atual prefeito Fernando Pimentel (Que não concorre nesse pleito) foi o principal alvo dos concorrentes à prefeitura da cidade e o então favorito Márcio Lacerda.[9] Os mesmos veículos fizerma debates no segundo turno.
A eleição em Belo Horizonte ficou marcada pelas trocas de acusações entre Leonardo Quintão e Márcio Lacerda.[10]
No segundo turno, o partido de Jô Moraes, o PCdoB formalizou apoio à Leonardo Quintão.[11]
Eleitorado
A cidade de Belo Horizonte, contava com uma população de 2.412.937 pessoas, dentre as quais, 1.772.227 tinham aptidão a votar, separados em 4.059 seções. Desse total de eleitores tivemos o comparecimento de 1.473.626 pessoas (83,15%) e abstenção de 298.601(16,85%).[12] Nas eleições anteriores, de 2004, Belo Horizonte contava com um eleitorado de 1.649.996 pessoas, ja em 2008 o eleitorado da capital mineira teve um aumento de 7% em relação a última eleição municipal.[13] A parcela da população da capital mineira que se encontrava apta a votar era formada por 815.850 homens (46,11%) e por 952.044 mulheres (53,80%). Em 2004, na ultima eleição municipal até então, o número de mulheres se mantinha acima do número de eleitores homens, obtendo-se 897.348 mulheres (53,63%), contra 782.478 homens (46,53%)[14]