Eleição suplementar para governador do Amazonas em 2017
A eleição suplementar para governador do Amazonas em 2017 foi convocada pelo Tribunal Superior Eleitoral mediante o veredicto que cassou a chapa vitoriosa ao governo estadual no pleito de 2014 sob a acusação de compra de votos. Diante de tal sentença, o presidente da Assembleia Legislativa comandou interinamente o Estado até que um novo pleito decidisse quem ocuparia o Palácio Rio Negro. Ao todo nove candidaturas foram registradas para esse fim. Como nenhum candidato a governador assegurou metade mais um dos votos válidos, houve um segundo turno em 27 de agosto entre Amazonino Mendes e Eduardo Braga com a vitória daquele. Segundo a Constituição o novo mandatário completaria o período iniciado por seus antecessores.[1][2][3][4][5][6][7][8][9][10][11][12] Desde a promulgação da Constituição de 1988 a Justiça Eleitoral cassou meia dúzia de governadores a começar por Mão Santa, retirado do poder no Piauí em 6 de novembro de 2001. A seguir veio uma sentença alusiva a Roraima em 2004 e em 2009 Paraíba, Maranhão e Tocantins tiveram seus governadores cassados antes do presente caso amazonense. O sucessor designado na maioria dos casos foi apontado graças a uma interpretação na qual a nulidade de votos decretada pela corte eleitoral teria efeito apenas sobre os infratores preservando a votação de seus adversários e assim o segundo colocado no pleito surgia como o vencedor graças aos sufrágios da "maioria remanescente" que lhe apoiou, exceto no caso do Tocantins onde a decisão do TSE levou a uma eleição indireta, pois a chapa cassada fora eleita em primeiro turno. Entretanto, desde as alterações no Código Eleitoral em 2015, a impugnação de mandatos pela Justiça Eleitoral terá como resultante a eleição direta, exceto se a vacância ocorrer a menos de seis meses do fim do mandato.[13][14] Estreantes na vida pública após as eleições de 1982, Amazonino Mendes e Eduardo Braga eram adversários políticos: o primeiro compunha as hostes do PMDB e fora nomeado prefeito biônico de Manaus[11] pelo governador Gilberto Mestrinho enquanto o outro se elegeu à Assembleia Legislativa do Amazonas via PDS. Em 1986 eles estavam no partido de Ulysses Guimarães com Mendes eleito governador e Braga reeleito deputado estadual numa aliança onde ambos seguiram juntos para o PDC e em 1990 foram eleitos para o Congresso Nacional.[15] Em 1992 Amazonino Mendes renunciou ao mandato de senador para assumir a prefeitura de Manaus e Eduardo Braga renunciou ao mandato de deputado federal para assumir a vice-prefeitura e com a renúncia do alcaide em 1994 para disputar e vencer a eleição para o Palácio Rio Negro, Eduardo Braga tornou-se prefeito da capital amazonense e nesse interregno transitaram por legendas como PPR e PPB, surgidas após a extinção do PDC, em 1993.[16] A aliança entre os políticos em questão foi rompida em 1998 quando Amazonino Mendes foi reeleito governador ao vencer Eduardo Braga, situação inversa à de 2006 quando Braga assegurou sua recondução ao governo estadual ao suplantar Mendes. O pleito extraordinário de 2017 marcou, portanto, o terceiro embate entre os aliados de outrora. Nascido em Eirunepé o advogado Amazonino Mendes graduou-se em 1969 pela Universidade Federal do Amazonas e antes de começar a advogar trabalhara junto ao Departamento de Estradas de Rodagem do referido estado. Não obstante o currículo exposto acima, Amazonino Mendes pertenceu também ao PFL e nele perdeu a eleição para a prefeitura manauara em 2004. Após sair do partido foi eleito prefeito de Manaus via PTB em 2008 não disputando a reeleição.[17] Afastado do meio político durante algum tempo, ingressou no PDT e foi eleito para o quarto mandato como governador do Amazonas em 2017.[11] Resultado da eleição para governadorPrimeiro turnoCom informações colhidas junto ao Tribunal Superior Eleitoral.[18]
Segundo turno
Segundo turnoCom informações colhidas junto ao Tribunal Superior Eleitoral.[18]
DebatesDebates televisionados no 1º turno
Debates televisionados no 2º turno
Notas
Referências
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