Vitoriosa a Nova República, as forças políticas rondonienses apoiaram a escolha do professor Ângelo Angelim para governar o estado.[5] Paulista de Capivari, graduou-se em Letras, Filosofia e Administração de Empresas na Universidade de São Paulo em 1972. Cinco anos depois, mudou-se para Rondônia dividindo-se entre o trabalho na Serraria Pau-Brasil e o magistério, pois já em 1977 foi nomeado secretário municipal de Educação em Vilhena pelo prefeito Renato Coutinho dos Santos. Administrador do então distrito de Colorado do Oeste, elegeu-se deputado estadual pelo PMDB em 1982. Renunciou ao mandato para assumir o governo em 13 de maio de 1985, após escolha do presidente José Sarney.[6][nota 2]
Nascido em Jataí, o advogado Jerônimo Santana formou-se na Universidade Federal de Minas Gerais em 1963 e veio para Rondônia após militar no Movimento Revolucionário Oito de Outubro, sendo eleito deputado federal via MDB em 1970, 1974 e 1978. Derrotado ao buscar um mandato de senador pelo PMDB em 1982, elegeu-se prefeito de Porto Velho em 1985.[7] Porém, renunciou ao cargo em favor de Tomaz Correia menos de cinco meses após assumir e foi eleito governador de Rondônia em 1986.[7] Sua vitória fez dele o primeiro governador rondoniense eleito pelo voto direto, afinal um casuísmo político impediu a eleição direta ao Palácio Getúlio Vargas em 1982, pois naquela época cabia ao presidente da República escolher quem seria o governador do estado.[8][9][nota 3]
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, houve 317.628 votos nominais (63,15%), 60.731 votos em branco (26,46%) e 19.738 votos nulos (10,39%) resultando em 398.097 votos apurados.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral houve 502.792 votos nominais (63,15%), 210.669 votos em branco (26,46%) e 82.733 votos nulos (10,39%) resultando em 796.194 votos apurados.
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados. Foram apurados 273.524 votos nominais e de legenda (68,71%), 93.155 votos em branco (23,40%) e 31.418 votos nulos (7,89%) resultando no comparecimento de 398.097 eleitores.
Foram eleitos 24 deputados estaduais para a Assembleia Legislativa de Rondônia. Foram apurados 281.507 votos nominais e de legenda (70,71%), 88.356 votos em branco (22,20%) e 28.234 votos nulos (7,09%) resultando no comparecimento de 398.097 eleitores.
↑O Distrito Federal elegeu três senadores e oito deputados federais de acordo com a Emenda Constitucional n.º 25 de 15/05/1985, enquanto os territórios federais elegeram quatro deputados federais cada de acordo com a Emenda Constitucional n.º 22 de 29/06/1982, sendo que em Fernando de Noronha não houve escolha de representantes.
↑O distrito de Colorado do Oeste foi elevado à categoria de município em 16 de junho de 1981.
↑Desde 2015 a sede do governo estadual fica no Complexo Rio Madeira enquanto o Palácio Getúlio Vargas foi transformado no Museu Palácio da Memória Rondoniense.
↑ abAlém do comparecimento de 398.097 eleitores (88,95%), houve uma abstenção de 49.444 eleitores (11,05%) somando 447.541 inscritos aptos a votar.
↑ abcdefSe a convenção partidária lançar três candidatos a senador por sublegenda e um deles for eleito, os demais serão realocados como suplentes, por ordem de votação.
↑ abcFormada por Olavo Pires, Amir Lando e Cícero Dantas da Rocha, a sublegenda um do PMDB somou 151.087 votos (30,05%) e garantiu uma vaga de senador.
↑ abcFormada por Ronaldo Aragão, Djair Prieto e Antônio Morimoto, a sublegenda dois do PMDB somou 143.395 votos (28,52%) e garantiu uma vaga de senador.
↑ abSe a convenção partidária lançar dois nomes para senador, cada sublegenda indicará um suplente por candidato.
↑ abEm 14 de agosto de 1986, o jornal Alto Madeira publicou que o PDT lançaria dois candidatos a senador em sublegendaː Flodoaldo Pontes Pinto (tendo Luiz João Viola como suplente) e Luciano José Quintans (tendo Sérgio Ricardo Vieira Gonçalves como suplente). Contudo, as chapas sofreram modificações, embora o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia não tenha informado quais eram os suplentes nas chapas alteradas.
↑O Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia registrou apenas um suplente em sua chapa.
↑Como havia duas vagas em disputa na eleição para senador, o total de votos apurados corresponde ao dobro de eleitores que compareceram às urnas.
↑Ocupou o cargo de secretário de Obras e Serviços Públicos nos oito primeiros meses do governo Jerônimo Santana e por isso Arnaldo Martins e Expedito Júnior foram convocados a exercer o mandato.
↑Exerceu o mandato até ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral em 10 de junho de 1987. A corte entendeu que parte de seus votos foram, na verdade, atribuídos a Osvaldo Oliveira Júnior (PDC), registrado como "Júnior", e que por isso foi considerado "homônimo" de Expedito Júnior porque este, também conhecido como "Júnior", não registrou o apelido para fins eleitorais. Diante do exposto a cadeira parlamentar ficou nas mãos de Arnaldo Martins.
Referências
↑ abcdeBRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1986». Consultado em 17 de maio de 2024
↑Rondônia quer processar religiosos por "fomentar invasão" na Fazenda Caxibi (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 18/05/1982. Cidade/Nacional, p. 15. Página visitada em 21 de dezembro de 2017.
↑Olavo Pires: O polêmico parlamentar das Mercedes (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 18/10/1990. Política e Economia, p. 09. Página visitada em 22 de dezembro de 2017.
↑Senado absolve Ronaldo Aragão (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 23/06/1994. Política e Governo, p. 02. Página visitada em 22 de dezembro de 2017.
↑Ex-senador morre do coração (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 16/05/1995. Política e Governo, p. 02. Página visitada em 22 de dezembro de 2017.
↑Amir Lando: Político obscuro bom de conversa e de churrasco (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 02/06/1992. Política e Governo, p. 03. Página visitada em 22 de dezembro de 2017.