Filha de Fran Paxeco, cônsul de Portugal no Maranhão e na Grã-Bretanha, e de Isabel Eugénia de Almeida Fernandes Paxeco, casada com o filólogo português José Pedro Machado. Prima do jornalista Óscar Paxeco.
Estudou no Brasil, na França, na Grã-Bretanha, nas Universidades de Gales, Londres e Lisboa os cursos de Filologia Românica e Germânica (em que foi aprovada com Honours Summa cum Laudes) e Língua e Literatura Inglesa (Master of Arts), facto raro na época, sendo a segunda pessoa a consegui-lo.
Primeira senhora doutorada pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1938), com aprovação por unanimidade, onde veio a ensinar, como leitora de francês, tendo leccionado igualmente as cadeiras de Literatura Francesa e de Língua e Literatura Inglesas.
Exerceu de Fevereiro de 1940 a Outubro de 1948: o facto de ser perseguida, e ter recebido uma "bola preta" no seu exame para o cargo de professor agregado, destinado de antemão a um colega homem, embora menos qualificado na época, pois num mundo de homens, ainda se olhava de revés para as senhoras, fez com que apresentasse a exoneração do cargo, alegando a responsabilidade dos filhos.
Representou em Portugal a Associação das Academias Brasileiras de Letras, tendo sido eleita sócia correspondente da Academia Maranhense de Letras, cadeira nº 5, cadeira hoje ocupada por sua filha, Maria Rosa Pacheco Machado.
Patrono da cadeira nº 92, da Academia Poética Brasileira.
Deixou colaboração dispersa por numerosas publicações nacionais e estrangeiras de entre as quais se destacam as revistas da Faculdade de Letras de Lisboa, Brasília, de Coimbra, Revista das Academias Brasileiras de Letras, do Rio de Janeiro, Revista de Portugal, Ocidente e outras.
Arte de trovar portuguesa. Lisboa: Separata da Revista da Faculdade de Letras,Nº 13,1947.
Da Glottica em Portugal (1948).
Cancioneiro da Biblioteca Nacional: antigo Colocci-Brancuti. (Leitura, comentários, notas e glossário), em colaboração com seu marido, José Pedro Machado. [3] (1949-1964).
Galicismos Arcaicos. Tese (concurso para professor extraordinário de Filologia Românica da Faculdade de Letras) Univ. de Lisboa (1949).
À Margem do Dicionário Manual Etimológico. À Memória de Francisco Adolfo Coelho (1949).
São Tiago e Santiago (1966)
A propósito do antigo nome arábico de Lisboa, com transcrições e traduções do árabe por José Pedro Machado. Lisboa: Separata da "Revista de Portugal", Série A, Língua portuguesa, vol.33, (1968).
Os Paladinos da Linguagem. Separata Língua e Cultura, (1971).
Uma Revista de Revistas (1971).
"Vértice na nossa História da Educação" (1971).
Autora de Recensões a bibliografia vária, publicada em separata da Revista "Ocidente".
↑Tradução anotada em versão em verso e prosa portugueses do texto medieval picardo.
↑Edição crítica e integral, em oito volumes, acompanhada pela reprodução fotocopiada do manuscrito. Obra publicada pelas Edições Ocidente, sem quaisquer apoios oficiais ou particulares, em folhas mensais apensas à Revista de Portugal.