Emília Barreto
Emília Barreto Corrêa Lima (Sobral, 10 de abril de 1934 – Rio de Janeiro, 4 de fevereiro de 2022) foi uma rainha da beleza brasileira, eleita Miss Brasil 1955 representando o estado do Ceará.[1] Nascida na cidade de Sobral, porém fora criada em Camocim, filha de Sara Barreto Correa Lima e do doutor Augusto Hyder Bezerril Correa Lima, de ascendência portuguesa, francesa e alemã. Após sua vitória no certame nacional, recebeu uma célebre carta de Rachel de Queiroz. [2] Foi uma das semifinalistas do Miss Universo 1955. Emília era professora e foi eleita Miss Ceará representando o Clube Maguari. [3] Adorada por Millôr Fernandes, Emília foi comparada à sua antecessora, num polêmico posicionamento do artista, quando ele disse que "A mulher, para ser bonita, precisa ter nariz. Martha Rocha não tem, e o de Emília dispensa qualquer elogio”. [4] TrajetóriaEmília Barreto Corrêa Lima ficou entre as 15 semifinalistas do concurso Miss Universo, realizado em Long Beach, Estados Unidos, no ano em que a vitoriosa foi a sueca Hillevi Rombin. Segundo críticos da antiga revista O Cruzeiro, Emília, durante seu reinado como Miss Brasil, foi discreta, de acordo com a sua personalidade, distanciando-se do sensacionalismo publicitário. Recusou todos os contratos comerciais que lhe foram oferecidos, preferindo continuar normalmente sua vida, em sua casa da Rua Carapinima, no Benfica, em Fortaleza. Tinha o costume de comparecer apenas a festas de beneficência, recusando-se a cobrar pela presença, tendo essa postura durante todo o tempo em que esteve no trono da beleza brasileira. [5] A cearense, filha do médico-humanitário Augusto Hyder Bizerril Corrêa Lima, envolveu-se durante a maior parte do seu reinado com promoções beneficentes, colaborando intensamente com a obra de Eunice Weaver, uma paulista que dedicou sua vida aos portadores do Mal de Hansen. Emília Corrêa Lima ficou conhecida por dar exemplo de como usar a beleza para transformar.
Emília Corrêa Lima casou em 1956, com o oficial do exército e engenheiro Wilson Santa Cruz Caldas e diretor da estrada-de-ferro. Teve quatro filhos: Nelson, Marília, Emília e Anna Cecília. Quando foi viver no Rio de Janeiro, Emília construiu duas creches em duas comunidades cariocas: ”Andorinha”, na Restinga, e ”Pequena Obra do Presépio”, no Cantagalo, zona sul do Rio de Janeiro, entre os bairros de Ipanema e Copacabana. É avó materna do ator Eduardo Caldas (filho de Emilinha com Robertinho de Recife) Referências
Ligações externas
|