Erythroxylum coca, comumente conhecida como Coca (do quíchua kuka), é uma planta da família Erythroxylaceae nativa da Bolívia e do Peru.
Características
Tem porte arbustivo/arbóreo e pode ficar frondosa, suas flores são amarelo-alvacentas, pequenas e aromáticas, solitárias ou reunidas em cimeiras, os frutos drupáceos oblongos, vermelhos.
Taxonomia
Erythroxylum coca foi nomeada pelo naturalista francês Jean-Baptiste de Lamarck e publicado em Encyclopédie Méthodique, Botanique 2: 393 em 1786.[1]
Variedades
Componentes
O extrato de coca possui diversos compostos orgânicos e inorgânicos. Há proteínas, vitaminas, carboidratos, gorduras, fibras, cálcio, fósforo e ferro, entre outros oligoelementos.[carece de fontes]
Uso como planta
Até hoje as suas folhas são habitualmente mascadas na região dos Andes. Os efeitos do alcaloide (cocaína) podem aplacar a fome e a fadiga.[5]
Uso como droga
Veja: Cocaína e Dependência da cocaína.
Toxicidade
Os principais ingredientes ativos são os alcalóides contidos nas folhas em 0,5-1,4%, principalmente a cocaína.
Erythroxylum coca contém dois grupos de alcalóides: A) Derivados do ácido tropina e tropina carboxílico: tropacocaína, cocaína, cinamilcocaína. Benzoilecgonina e Truxilinas B) Derivados de Pirrolidina: Higrin, Cuskhygrin e Nicotina.
O consumo diário contínuo pode levar à síndrome amotivacional ou a um transtorno de dependência nas pessoas.[6]
Refrigerantes
Alguns refrigerantes, como Coca-Cola, utilizavam extrato de folhas do mesmo gênero Erythroxylum, com menores teores de cocaína, e outros imitavam sua composição. Porém, tais refrigerantes passaram a ser produzidos de "noz-de-cola" e não possuem folha de coca em sua formulação.
Ver também
Referências
Ligações externas
- ABDUCA, R.G. Poder y consumo - en torno a la hoja de coca (argentina 1924-1990). V Congreso Argentino de Antropología Social. La Plata, 29 de julho a 1º de agosto de 1997.
- ABDUCA, Ricardo Gabriel. "El cargador resistente, la coca y la cocaína. Los estimulantes en el capitalismo". Nosotros los otros, nº 3. Buenos Aires: Fac. de Filos, y Letras, Universidad de Buenos Aires, 1999.
- CASTRO DE LA MATA, Ramiro. Inventario de la coca. Editora Cedro, Lima, 2003.
- BLICKMAN, Tom. Los mitos de la coca - Drogas y Conflicto, nº17. Amsterdam: Transnational Institute, junho de 2009, ISSN 1871-3408
- CÁCERES, Baldomero. Coca: Apuntes críticos sobre investigaciones recientes. Debate Agrario: Análisis y alternativas, n° 39. Lima, dezembro de 2005. Cópia arquivada em 24 de dezembro de 2010.
- CASTRO DE LA MATA, Ramiro. Inventario de la coca. Editora Cedro, Lima, 2003.
- ESCOHOTADO, Antonio (1999). Historia general de las drogas. Madrid: Alianza Editorial S.A.. ISBN 84-206-3516-2
- HENMAN, Anthony R. La coca como planta maestra - Reforma y nueva ética, Debate Agrario: Análisis y alternativas, nº 39. Lima, dezembro de 2005. Cópia arquivada em 24 de dezembro de 2010.
- HENMAN, Anthony; METAAL, Pien; JELSMA, Martin e outros. Coca sí, cocaína no - Opciones legales para la hoja de coca, nº2, 2006. TNI Briefing Series. Transnational Institute.
- HURTADO FUENTES, Ciro.Harina de Coca. Solucion prodigiosa del hambre-malnutricion en el Perú y países Andinos, rebelion.org Cópia arquivada em 20 de janeiro de 2025.
- GALVEZ, Jose Luis Delgado (Pulga). Si no hay coca no hay vida (por Angelica Pinedo Vda. De Zabala) e La Raymundita se esta casando (por Raymunda Rey Pérez). Sem data, nem editora.
- PETTERSSON, Bjorn e MACKAY Lesley. Violaciones a los derechos humanos causadas por la "Guerra contra las Drogas" en Bolivia. Red Andina de Información, Bolivia, 1993.
- ROJAS, TL, CHUMBE, EF; AGUILA, LML. Guía para el uso de la Harina y Cápsulas de Coca: composición, análisis, procesos, preprados, comercio, precios, aspectos legales y sugerencias de uso industrial, nutricional, medicinal y energizante. Editado por Agroindustrias Chaska, www.kallpa.com.pe, 2006.
Ligações externas
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