Estádio Manoel Barradas
O Estádio Manoel Barradas, também conhecido como Barradão, é um estádio de futebol localizado em Salvador, no estado da Bahia, Brasil. É de propriedade do Esporte Clube Vitória e foi inaugurado em 11 de novembro de 1986. O estádio foi erguido sobre um terreno doado pelo então prefeito de Salvador, Clériston Andrade, e contou com o apoio financeiro do governo do estado, na gestão de João Durval Carneiro, cujo sogro, Manoel Barradas, ex-presidente do clube e conselheiro, foi homenageado dando seu nome ao estádio. Sua capacidade máxima atualmente é de 30.793 espectadores.[5] Foi a primeira edificação do Complexo Esportivo Benedito Dourado da Luz, o CT rubro-negro. Na Série C de 2006, a média de público do Vitória foi de 15.062 pagantes por partida.[6] Já na Série B de 2007, foi de mais de 18.000 pagantes.[7] Na edição de 2008, quase 16.000 pessoas estavam no estádio por partida,[8] enquanto que em 2009, com o aumento do preço dos ingressos, a média caiu para pouco menos de 13.400.[9] Na Série B de 2012, com a subida do time para a elite do Brasileirão teve uma média de 16.192 pagantes, a maior da competição.[10] Na Série A de 2013, com a boa campanha do time na competição, a média foi de 14.780 pagantes.[11][12] Na campanha de 2022, o Barradão foi o estádio que recebeu mais público, na série C, com um total de 207.160 pagantes, perfazendo uma média de 15.935 pessoas. O recorde da temporada 2022 foi 28.006 pagantes no jogo Vitória 3 x 1 Brasil de Pelotas, pela segunda fase da competição. [13] Em 2014, o estádio recebeu algumas reformas estruturais para recepcionar os treinos das seleções da Copa do Mundo. Foram feitas reformas nos vestiários, com ampliação do número de chuveiros, substituição de piso e esquadrias, além da instalação de um spa para tratamento dos atletas. O campo do Barradão foi completamente renovado, com novo sistema de irrigação e drenagem e grama que obedece aos padrões estabelecidos pela FIFA.[1][14][15][16] HistóriaCustando mais de 46 milhões de cruzados, o estádio foi construído nos anos 1980, na gestão do então presidente José Rocha e em 1986 as obras foram concluídas. Silva Costa deu os tratores da terraplenagem, paga em grande parte com trinta mil cruzados doados por Renan Baleeiro, então prefeito de Salvador. O jogo inaugural ocorreu no dia 11 de novembro daquele ano, quando Vitória e Santos empataram em 1 a 1.[17] O primeiro gol marcado no estádio foi de Dino do Santos, Heyder empatou para o rubro-negro de pênalti. Já sua reinauguração, em 1991, este visando já receber partidas constantes, custou 100 milhões de cruzeiros.[18] A partida reinaugural foi no dia 25 de agosto daquele ano, quando Vitória e Olimpia do Paraguai (que tinha sido campeão da Copa Libertadores do ano anterior) empataram novamente em 1 a 1. O primeiro gol do estádio depois da reinauguração foi marcado por Jorge Campos do Olimpia. Os maiores recordes de público do estádio foi de 50.000 espectadores, estabelecido em 1999, quando o Vitória bateu o time do Atlético Mineiro por 2 a 1.[19] E, em 2000, quando o Vitória sagrou-se campeão do 1º turno do Baianão daquele ano ao bater o Juazeiro por 2 a 0, o público total foi de 50.000.[20] HegemoniaDesde a abertura do estádio em 1986 é usado pelo clube de Salvador. É notável que o estádio foi mesmo o divisor de águas do futebol baiano. Com a sua construção, o rubro-negro baiano assumiu a hegemonia do estado, conquistando mais títulos em duas décadas do que tinha em noventa anos de vida.[18][21][22] Disputando finais em seu estádio, o Leão da Barra tem um aproveitamento impressionante. Nas oportunidades em que o time decidiu o título de alguma competição em sua casa, só sofreu a perda em 6 oportunidades: no Campeonato Baiano de 1998, quando precisava vencer o Bahia por dois gols de diferença e apenas conseguiu um magro 1 a 0; na Copa do Nordeste de 2002, quando empatou por 2 a 2 precisando de uma vitória também por dois gols de diferença; no Campeonato Baiano de 2006, quando perdeu por 4 a 2 do Colo Colo e cedeu o título para o clube de Ilhéus; na Copa do Brasil de 2010, quando venceu o Santos por 2 a 1, mas não levou a taça porque perdeu o primeiro jogo por 2 a 0; no Campeonato Baiano de 2011 quando perdeu de virada para o Bahia de Feira e na final do Estadual de 2018, quando foi derrotado por 1 a 0, pelo Esporte Clube Bahia, depois de já ter pedido o primeiro jogo por 2x1. Por último e não menos importante, a eliminação no Campeonato Baiano de 2015 quando o time foi derrotado pelo mesmo Colo Colo e precisando apenas fazer um gol para avançar às semifinais do campeonato, que foi muito sentida pela torcida já que desde 1984 o time não ficava fora das semifinais e desde 2001 nas finais.[23] Já o número de conquistas em seu estádio impressiona: nos Campeonatos Baianos de 1995, 1996, 1997, 1999, 2000, 2002, 2003, 2004, 2005, 2008, 2009, 2010, 2013 e na Copa do Nordeste de 2003, o rubro-negro comemorou mais um título na Toca. Ba-Vis sem derrota de 1998 a 2006Milésimo golNo dia 29 de abril de 2009, no jogo entre Vitória e Atlético Mineiro, pela Copa do Brasil 2009, foi assinalado o milésimo gol do time rubro-negro no seu estádio. Foi o terceiro gol da vitória do Leão por 3-0, marcado por Neto Baiano, aos trinta e quatro minutos do segundo tempo.[27] 500 jogos no BarradãoEm 30 de outubro de 2010, na vitória sobre o Vasco da Gama por 4 a 2 em partida válida pelo Brasileirão daquele ano, o Vitória completou 500 jogos em seu estádio[20] com um histórico de 316 vitórias, 104 empates e 80 derrotas, tendo marcado 1.117 gols e sofrido 521, com saldo positivo de 596 gols, e aproveitamento superior a 70%.[28] LivroO Estádio Manoel Barradas tem sua história contada no livro: Barradão: Alegria, Emoção e Vitória, pelos rubro-negros Alexandre Ramos Ribeiro e Luciano Sousa Santos (lançada em março de 2006). O livro revela detalhes da construção do estádio, da doação do terreno público pelo então prefeito de Salvador Clériston Andrade até o apoio financeiro durante o governo João Durval Carneiro na construção de suas instalações. Outro fato curioso é que, por conta desse apoio irrestrito, o estádio por pouco não foi batizado com o nome de João Durval, que preferiu transferir a honra a seu sogro, Manoel Barradas, ex-presidente do clube.[29] EstatísticasMaiores públicos
Maiores artilheiros[41]Em negrito, jogadores que ainda atuam pelo Vitória.
Estatísticas gerais
Ver tambémNotas e referênciasNotasReferências
Ligações externas
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