Estrímnios
Os Estrímnios (em latim: Oestremni são dados como o primeiro povo nativo conhecido de Portugal.[1] Oestremni significaria (povo do) extremo ocidente ‘finis terræ’ segundo os povos do Mediterrâneo.[2] O seu território estendia-se em toda a faixa Atlântica, da Galiza ao Algarve,[3] durante o final da Idade do Bronze (1200–700 a.C.). Estas comunidades indígenas dedicavam-se ao comércio marítimo e terrestre, com os seus assentamentos fortificados a dominarem o comércio nos grandes rios e estuários costeiros do centro-sul de Portugal.[4][5] A primeira invasão documentada ocorreu muito antes do nascimento de Cristo, quando os Ofis ou Sefes[6] e outras tribos entraram na Península Ibérica e colonizaram as terras férteis dos Estrímnios[7], perto dos rios Douro e Tejo. Florentino López Cuevillas teoriza-os na sua obra Os Estrímnios e os Sefes e a Ofilatría na Galiza, como o substrato autóctone que fez frente aos invasores célticos, os referidos Sefes ou Ofis.[8] Os celtas indo-europeus entraram na Península Ibérica no primeiro milénio a.C. e espalharam-se gradualmente para oeste até ao Atlântico,[9] casando-se com a população nativa pré-indo-europeia, dando assim origem a tribos locais de língua celta, como os Cempsi e os Sefes[6] ou Ophis ("Povo das Serpentes").[8] Colonizaram as terras férteis de Oestriminis e formaram um território conhecido pelos gregos como Ophiussa (Terra das Serpentes), estendendo-se do Douro ao Tejo.[10] No quarto século AC o poeta-geógrafo romano, Rúfio Avieno (Rufus Avienus Festus) na sua Ora Maritima foi inspirado pelo Périplo massaliota dos gregos antigos. A expulsão dos Estrímnios, da Ora Maritima:
Referências
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