Farol da Pedra Seca
O Farol da Pedra Seca é um farol do estado brasileiro da Paraíba. É a primeira construção desse tipo da Paraíba, erguido em 1869 em Cabedelo. Erigido como uma torre com tronco piramidal octogonal em ferro, numa base quadrada de alvenaria, branca, a construção tem placa de inauguração com data de 1870.[1][2][3] HistóriaOficialmente, foi no dia 7 de setembro de 1873 que o farol da «Pedra Seca» foi inaugurado, tendo sido o primeiro farol a ser implantado em toda a costa paraibana pelo governo imperial. A obra, cuja construção ficou a cargo do engenheiro Julio Teixeira de Macedo, foi encomendada pelo engenheiro e fidalgo Zósimo Barroso, em 1869, e fazia parte de um conjunto de nove torres de ferro forjado da empresa P & W Maclellan, de Glasgow, na Escócia, com 14,5 metros de altura. Um aparelho lenticular fixo de quarta ordem da Barbier & Fenestre, de Paris, também completava o conjunto. Era considerado o que havia de melhor em sinalização náutica na época. Foi um importante melhoramento há muito reclamado pelos interesses da navegação e do comércio nessa região do Nordeste brasileiro. As peças do farol chegaram à Paraíba em janeiro de 1872, por intermédio do arsenal de Pernambuco, na administração de José Evaristo da Cruz Gouvêa, ficando guardadas no edifício da Alfândega, no Porto do Capim. A preocupação dos políticos locais era tamanha que o senador Frederico de Almeida e Albuquerque, na qualidade de presidente da província, ao passar o governo ao quinto vice-presidente Cruz Gouvêa, ressaltou o seguinte em seu relatório:
A obra foi erguida em uma laje que aflora na maré baixa, conhecida como «Pedra Seca», situada a pouco mais de um quilômetro da costa, precisamente na praia denominada Miramar, limite com a praia Formosa, com o intuito de sinalizar a entrada no porto, já que toda a orla de Cabedelo é coberta por uma barreira de corais. Para a montagem do farol, construiu-se uma rígida base de alvenaria, com a finalidade de receber as placas metálicas que formariam a estrutura da torre octogonal. Em 1922, o queimador original foi substituído por um eclipsor AGA automático, à base de acetileno. Com isso, a vigília dos faroleiros pôde ser substituída por confortáveis visitas bimestrais. Hoje, com o emprego de elementos fotovoltaicos, o farol está totalmente automatizado. Conta-se que o farol foi construído em terra firme, mas que, com o avanço progressivo do mar, hoje se encontra a 400 metros da beira-mar. Os depoimentos mais antigos afiançam que pelo menos o espaço correspondente a duas ou três ruas com casas sumiu com o avanço do mar, em Ponta de Mato, destruindo as habitações mais antigas ali construídas.[carece de fontes] Breve cronologia
Referências
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