Fausto Wolff
Fausto Wolff, pseudônimo de Faustin von Wolffenbüttel[1] (Santo Ângelo, 8 de julho de 1940 – Rio de Janeiro, 5 de setembro de 2008), foi um ator, jornalista e escritor brasileiro. BiografiaFausto Wolff começou a trabalhar aos catorze anos de idade como repórter policial e contínuo do jornal Diário de Porto Alegre. De família humilde, mudou-se para o Rio de Janeiro aos dezoito anos.[1] No Rio, chegou a manter três colunas simultâneas, escrevendo sobre televisão no Jornal do Brasil, sobre teatro na Tribuna da Imprensa e sobre política no Diário da Noite. Suas opiniões polêmicas e independentes também começaram a aparecer na TV, com o Jornal de Vanguarda de Fernando Barbosa Lima, a partir de 1963. Em 1968, atingido pela censura do governo militar, Fausto Wolff exilou-se na Europa, onde passou 10 anos, na Dinamarca e na Itália. Ainda no exílio, foi um dos editores d'O Pasquim, além de diretor de teatro e professor de literatura nas universidades de Copenhague e Nápoles.[1] Na volta ao Brasil, com a Anistia de 1979, trabalhou em jornais como O Globo e Jornal do Brasil,[2] mas em seguida passou a dedicar-se apenas à imprensa independente, em especial ao Pasquim. Apoiou Brizola em sua eleição para o governo do estado do Rio de Janeiro em 1982 e, a partir dessa experiência, organizou o volume Rio de Janeiro, um Retrato: a Cidade Contada por seus Habitantes (1985), considerado um dos mais completos retratos sociológicos da cidade. A partir daí, longe do cotidiano das redações de jornais, dedicou-se à literatura, também se responsabilizando pela tradução de algumas obras. Voltou a colaborar para o Pasquim através da reedição do periódico, lançada em 1º de abril de 2002 e rebatizada de Pasquim 21.[3] Em 1999, participou da revista de humor e política Bundas, onde assinava uma irônica coluna com o pseudônimo de Nataniel Jebão, um colunista social direitista e defensor da corrupção do poder. Em seus últimos anos, manteve uma coluna diária no "Caderno B" do Jornal do Brasil.[4] Internado em 31 de agosto de 2008 com hemorragia digestiva, morreu por disfunção de múltiplos órgãos, no Rio de Janeiro, em 5 de setembro de 2008.[1] PrêmiosFausto Wolff ganhou, em 1997, o Prêmio Jabuti, concedido pela Câmara Brasileiro do Livro, por seu romance À Mão Esquerda. Voltou a ficar entre os dez finalistas do Jabuti em mais duas oportunidades: em 2004, na categoria Poesia, e em 2006, na categoria Contos, com A Milésima Segunda Noite.[5] Em 2008 foi finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura.[6] CinemaFausto Wolff teve também algumas participações no cinema.[7] Em 1977, foi corroteirista do filme dinamarquês Jorden er flad, no qual igualmente foi ator. Fez ainda pequenos papéis em filmes dirigidos por amigos seus – como Tanga (Deu no New York Times?) (1987), do cartunista Henfil; Natal da Portela (1988); e O Viajante (1999), ambos de Paulo César Saraceni. Obras publicadas
Sobre o autorO interesse sobre o autor se estende também à área acadêmica, com dissertações de mestrado defendidas sobre a obra de Fausto Wolff:
Referências
Ligações externas
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