D. Fernando de Castro (? - Abril de 1440), foi um importante fidalgo, diplomata e militar português, que pereceu num ataque genovês contra a frota que comandava com destino a Ceuta, com o propósito de entregar a cidade e conseguir assim o resgate do santo infante D. Fernando.
Em 1424, o infante D. Henrique mandou-o à Grã-Canária à frente de um contingente de dois mil e quinhentos homens de pé e cento e vinte a cavalo,[7] com o propósito de se apoderarem desta ilha, objecto de litígio entre Portugal e Castela,[4] não conseguindo derrotar os nativos guanches[8] devido a problemas logísticos.[9]
Em Almeirim, a 27 der Janeiro de 1432, testemunhou a ratificação do tratado de paz com Castela, o Tratado de Medina del Campo, que tinha sido assinado em Outubro do ano anterior.[4]
Faleceu em combate, em abril de 1440, num ataque de uma armada genovesa,[11] quando comandava uma frota enviada a Ceuta pelo infante D. Pedro, com o propósito de entregar a cidade a troco do resgate do infante D. Fernando, o Santo. Gênova era, na época, uma aliada de Portugal, e as autoridades da cidade nunca conseguiram apresentar uma explicação convincente para o incidente que, na prática, inviabilizou a devolução de Ceuta.
Na opinião do historiador João Paulo de Oliveira e Costa, o ataque poderá ter sido o resultado de uma conspiração entre mercadores italianos e comerciantes de Lisboa, interessados em manter a ocupação de Ceuta, que lhes garantia grandes proveitos. O regente D. Pedro, depois deste ataque, desistiu da ideia de entregar Ceuta e o Infante Santo veio assim a morrer prisioneiro nos calabouços de Fez, em 05.06.1443.[12]
D. Garcia de Castro, senhor do Paúl de Boquilobo casado a 1.ª vez com D. Beatriz da Silva e a 2.ª vez com Catarina de Gouveia. Com geração de ambos os casamentos.
D. Maria de Castro primeira mulher de Álvaro de Sousa, mordomo-mor de D. Afonso V,[10] senhor de Miranda, alcaide-mór de Arronches.[14] Com geração.
↑Segundo Manuel Abranches de Soveral, em «Os filhos e netos do "muj honrrado barom" Dom Frei Lopo Dias de Souza», a 30 de Março de 1434 D. Duarte confirmou a D. Fernando de Castro, do seu Conselho e governador da Casa do infante D. Henrique, o senhorio do Paúl de Trava, no termo de Santarém, que lhe dera D. João I por carta de 10 de Dezembro de 1384. E no dia seguinte o mesmo rei confirmou a D. Fernando de Castro a troca que ele tinha feito com o infante D. Henrique do referido Paúl de Trava pelo Paúl de Boquilobo, no termo de Torres Novas, cujas delimitações estipula. A 26 de Maio de 1436 D. Duarte faz-lhe doação plena do dito Paúl de Boquilobo e aprova a sua instituição em morgadio. A 8 de Abril de 1434 D. Duarte julga um conflito entre D. Fernando de Castro, sua irmã D. Isabel de Castro e seu primo D. Pedro de Menezes, conde de Viana, sobre a herança da avó comum, a condessa D. Guiomar de Villalobos. Ficando decidido que o conde D. Pedro ficava com o senhorio de Alcoentre, D. Isabel de Castro com os bens de Casével e de Vaqueiros, no termo de Santarém, e D. Fernando de Castro com o senhorio de São Lourenço do Bairro e os bens da Golegã
↑Segundo Manuel Abranches de Soveral, em «Os filhos e netos do "muj honrrado barom" Dom Frei Lopo Dias de Souza», o referido Álvaro de Souza, foi senhor da Casa de Souza, 2º senhor de juro e herdade de Miranda do Corvo, Podentes, Germelo, Folgosinho e Vouga (28 de Julho de 1450), mordomo-mor do reino, fidalgo do Conselho, alcaide-mor de Arronches e senhor do respectivo reguengo, falecido em 1471. A 18 de Março de 1450 D. Afonso V confirma doação a Diogo Gonçalves, escudeiro de Álvaro de Sousa, do seu Conselho e mordomo-mor, feita por Afonso Vasques, de uma cavalaria e umas casas no termo da vila de Arronches, pelo casamento deste com sua filha Isabel Vasques. A 28 de Julho de 1450 o mesmo rei confirma a Álvaro de Sousa todos os bens móveis e de raiz que pertenceram a Egas Coelho, que são os senhorios de Miranda, Podentes, Germelo, Folgosinho e do julgado de Vouga, com todas as suas rendas, direitos, foros, tributos e pertenças, jurisdição cível e mero e misto império, ressalvando a correição e alçadas. A 7 de maio de 1453 privilegia Álvaro de Sousa, do seu Conselho e mordomo-mor, isentando os seus lavradores, mordomos e apaniguados que estiverem nas suas quintas e herdades, de pagar qualquer encargo ao concelho.
↑Freire, Anselmo Braamcamp (1921). Brasões da Sala de Sintra, Livro Terceiro. Robarts - University of Toronto. Coimbra: Coimbra : Imprensa da Universidade. pp. 272 – 273
Bibliografia
D. António Caetano de Sousa, «História Genealógica da Casa Real Portuguesa», Atlântida-Livraria Editora, Lda, 2ª Edição, Coimbra, 1946, Tomo XII- P. II - pg. 49.
Direcção de Afonso Eduardo Martins Zuquete, «Nobreza de Portugal e Brasil», Editorial Enciclopédia, 2ª Edição Lisboa, 1989, vol. 3- pg. 14.
Cristovão Alão de Morais, «Pedatura Lusitana», Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1997, vol. II - pg. 394
Felgueiras Gayo, «Nobiliário das Famílias de Portugal», Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989, vol. IV - pg. 264 (Castros).
Antonio Carvalho da Costa, «Corografia portugueza, e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal», 1708, tomo II, pg. 407.