Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade
O Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade é um festival de cinema internacional da cidade de São Paulo voltado para diversidade. Criado em 1993. Originou, no ano seguinte, o mais antigo e maior portal de informações e cultura pop LGBT do Brasil, de mesmo nome, que ficou no ar até 2015[2]. A expressão GLS (gays, lésbicas e simpatizantes), antecessora da atual "LGBT+", foi criada em 1994 para identificar os frequentadores do Festival, tendo sido rapidamente assimilada pela mídia. Histórico
O Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade foi criado em 1993 por André Fischer[3] (que também criou o portal MixBrasil) através do convite realizado pelo New York Gay and Lesbian Experimental Film Festival[4]. que decidiu ampliar seus horizontes e convidar curadores estrangeiros para mostrar as diferentes formas de expressão da sexualidade em outros países. Esse festival, realizado em Nova Iorque, passou a se chamar "MIX New York". André Fischer foi o responsável pela seleção da programação brasileira desse festival, com o nome Brazilian Sexualities.[5] A partir dessa participação brasileira no festival de Nova Iorque, o Departamento de Cinema do Museu da Imagem e do Som decidiu fazer um convite para sediar uma edição brasileira do festival, que ganhou o nome "I Festival MiX Brasil", sendo realizado a partir da seleção, realizada por André Fisher, de 76 trabalhos exibidos no Festival de Nova Iorque, editados em 12 programas de curtas. O festival brasileiro estreou dia 5 de outubro de 1993. Desde a primeira edição foram editadas versões para a apresentação do festival em várias capitais brasileiras. A exibição do primeiro Festival Mix Brasil no Rio de Janeiro, marcada para acontecer na Casa Laura Alvim foi cancelada a 4 dias do evento por Beatriz Nogueira que decidiu que o Rio de Janeiro não estava preparado para esse evento. A apresentação no Rio de Janeiro foi improvisada na Torre de Babel a convite de Ringo Cardia.[5] As edições do festival passaram a ser realizadas anualmente e são bem recebidas por vários segmentos da sociedade por encarar a diversidade sexual de forma aberta. Inicialmente exibia curtas-metragens com temática LGBT. Atualmente exibe teatro, música, literatura, conferências, laboratórios de cinema e filmes sobre a diversidade. Atualmente o Festival conta com João Federici na curadoria de filmes, Josi Geller como diretora administrativa, Vinícius Yamada com gerenciamento de conteúdo para web. A 28º edição do Festival Mix Brasil ocorrereu entre os dias 11 a 22 de novembro de 2020 em formato híbrido devido a pandemia de COVID-19, presencial e de forma limitada em São Paulo, e online no site do festival.[6] A edição de 2021, também em formato híbrido, começou no dia 10 de novembro.[7] ImportânciaO Festival Mix Brasil foi pioneiro ao exibir filmes para um grande público falando abertamente da sexualidade gay e lésbica, além da primeira mostra de vídeos sobre tatuagem e piercing, estando sintonizado com uma demanda por filmes onde as identidades dos segmentos LGBT fossem abordadas, contribuindo para uma maior aceitação e visibilidade. PremiaçãoA primeira premiação do Festival Mix Brasil aconteceu em 1994, um ano após sua criação[8]. Tida como umas das primeiras premiações LGBTQIAP+ do Brasil, a cerimônia acontece anualmente em novembro com entrega de troféus, discursos e show musical. São distribuídos oito prêmios pelo Júri oficial do Festival, são eles: Melhor Curta-Metragem Brasileiro, Melhor Longa-Metragem Brasileiro, Melhor Direção para Curta-Metragem Brasileiro, Melhor Direção para Longa-Metragem Brasileiro, Melhor Roteiro para Curta-Metragem Brasileiro, Melhor Roteiro para Longa-Metragem Brasileiro, Melhor Interpretação para Curta-Metragem Brasileiro, Melhor Interpretação para Longa-Metragem Brasileiro. Ainda existem as menções honrosas e prêmios especiais. Além dos prêmios do júri, existe a premiação através do voto popular que elege quatro categorias: Melhor Curta-Metragem Nacional, Melhor Curta-Metragem Internacional, Melhor Longa-Metragem Nacional e Melhor Longa-Metragem Internacional. Há também os prêmios especiais: Prêmio Ícone Mix, Prêmio Suzy Capó, Prêmio Canal Brasil de Curtas, Prêmio SescTV, Prêmio Show do Gongo. Show do GongoO Show do Gongo é uma das premiações mais difíceis e almejadas do festival de cinema, já que os filmes são julgados pelo auditório em tempo real. A premiação é apresentada pela atriz Marisa Orth.[9] Premiados
26º Festival Mix Brasil (2018)[13]
27º Festival Mix Brasil (2019)[16]
Ver tambémReferências
Ligações externas |