Força de Submarinos
A Força de Submarinos é uma unidade da Marinha do Brasil constituída em 1914 para coordenar esses meios e as organizações militares subordinadas. Hoje o país é o único do hemisfério sul com capacidade técnica para construir submarinos. Está desenvolvendo cinco embarcações, com transferência de tecnologia francesa, em uma base naval na ilha da Madeira, na baía de Sepetiba, por meio do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).[2][3] Origens e históriaA Marinha do Brasil demonstrou, desde o final do século XIX, interesse pelo novo tipo de embarcação que possibilitava atacar alvos de grande valor sem ser detectado. Inicialmente, foram feitas tentativas de projetar no Brasil uma nova embarcação, que por falta de recursos não lograram êxito.[4] Submarinos ItalianosEm 1910, em cumprimento ao Programa de Construção Naval de 1904, elaborado pelo Ministro da Marinha Júlio César de Noronha, que previa a aquisição de três submersíveis, foram encomendados na Itália, três submarinos de tipo costeiro, utilizados pela Regia Marina Italiana, da classe Laurenti. Construídos no estaleiro Fiat-San Giorgio, na cidade de Torino-Spezia, foram no Brasil denominados de classe F (Foca), recebendo as denominações de F1 (Foca 1), F3 (Foca 3) e F5 (Foca 5), que foram os primeiros da Marinha Brasileira. Entregues em 1913 e 1914,[1] estes submarinos tinham 370 toneladas, propulsão diesel-elétrica e dois tubos lança-torpedos. Mergulhavam a aproximadamente 40 metros e navegavam a até 9 Nós submersos. Para apoiar os novos meios, foram criadas a Base de Submersíveis e a Escola de Submersíveis (atual CIAMA - Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché) e incorporado o Tênder de Submarinos Ceará para treinamento, manutenção e salvamento. Após vinte anos de serviço, seus cascos serviram para alicerçar os pilares da ponte de escaleres da Escola Naval.[5] Em 1929, foi incorporado o SE Humaytá (H), da classe italiana Balilla. O Humaytá foi o primeiro submarino oceânico do Brasil, com 1 885 toneladas e alcance de 12 840 milhas. Outros três submarinos da classe Perla: S Tupy (S-11), S Tymbira (S-12) e S Tamoyo (S-13), de 853 toneladas, foram adquiridos em 1937. De construção italiana, estes quatro submarinos serviram para o treinamento das forças aliadas estacionadas no Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial. Submarinos norte-americanosCom a escassez de peças ocasionada pelo colapso da indústria militar italiana e com a abundância de meios disponíveis no pós-guerra, o Brasil passou a adquirir submarinos dos Estados Unidos da América.[6] Em 1957, chegaram ao país os submarinos da classe Gato, S Humaitá (S-14) e S Riachuelo (S-15). Em 1963, chegaram os mais avançados S Rio Grande do Sul (S-11) e S Bahia (S-12), da classe Balao. Diante da incorporação das tecnologias da classe alemã Type XXI pelos Aliados, nas Classes Guppy (no Brasil denominados Classe Bahia (S Guanabara (S-10), S Rio Grande do Sul (S-11) e S Bahia (S-12)), foram adquiridos posteriormente os submarinos Classe Guppy II ( S Rio de Janeiro (S-13) e S Ceará (S-14)) e Classe Guppy II (S Goiás (S-15) e S Amazonas (S-16)), na década de 1970.[6] Na sequência chegaram os submarinos da Classe Oberon S Humaitá (S-20), S Tonelero (S-21) e S Riachuelo (S-22).[6] O S Tonelero (S-21) foi o último submarino operacional da classe Oberon operado no Brasil, tendo afundado no caís do Arsenal de Marinha no Rio de Janeiro, na noite de Natal no ano de 2000.[7] Parceria AlemãPor motivos estratégicos, visando o domínio tecnologia e a diminuição da dependência externa, e econômicos, visando a nacionalização de componentes e o incentivo à indústria nacional, a Marinha do Brasil iniciou o programa nacional de construção de submarinos PROSUB. Mesmo já tendo alcançado certo nível de experiência na manutenção de submarinos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, o alto nível tecnológico empregado nestes meios tornou necessária uma fase intermediária. Para isso, foram recebidas diversas ofertas internacionais que visavam a transferência de tecnologia de projeto e fabricação de submarinos. A oferta vencedora foi a do submarino alemão da classe U-209-1400. A primeira unidade, o S Tupi (S-30), foi construída no estaleiro Howaldtswerke-Deutsche Werft GmbH (HDW) em Kiel, com o treinamento de técnicos brasileiros, e os demais S Tamoio (S-31), S Timbira (S-32) e S Tapajó (S-33) no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Com a experiência angariada, foi possível introduzir modificações no projeto original, que deram origem ao S Tikuna (S-34). Missão
A Força de SubmarinosSubmarinosO início da história dos submersíveis brasileiros começa em 1914, com a aquisição de três submarinos italianos da classe Foca. Os F como ficaram conhecidos tiveram seu papel limitado a treinamento e capacitação da engenharia em construção e manutenção dos mesmos. Deram baixa em 1933.[5] O primeiro submarino brasileiro oceânico foi o Humaitá, construído ainda na Itália, semelhante ao Balilla italiano. Entregue em 1929, esse submarino foi o recordista em mergulho sendo o primeiro a descer até 100 metros.
Classe TupyEm 1937, chegam os submarinos Tupy, Timibira e Tamoio, de origem italiana. Esses submarinos da classe T/Perla foram encomendados pela Itália, que acabou extinguindo a Flotilha de Submersiveis. Os modelos então já fabricados, participaram da Segunda Guerra Mundial na patrulha da costa brasileira.
Classe HumaytáEm 1957, houve uma renovação da frota brasileira com a aquisição de submarinos da classe Gato que serviram a Marinha dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, com os nomes de USS Muskallunge (Humaitá) e USS Paddle (Riachuelo), encerrando a função dos classe T.
Classe Rio de JaneiroEm 1963, foram recebidos os S12 Bahia e S11 Rio Grande do Sul, ambas as embarcações eram do tipo Fleet da classe Balao e foram construídos durante a Segunda Guerra Mundial.
Classe GuanabaraNos anos 1970, foram adquiridos sete submarinos da classe Classe Guppy II e III.
Classe HumaitáNa década de 1970 foram adquiridos três submarinos, sendo um italiano da Classe Balilla e dois ingleses da Classe Oberon.
Classe Álvaro Alberto - Nuclear
Tênder de SubmersíveisClasse Ceará
Navios de Socorro SubmarinoClasse Gastão Moutinho
Classe Felinto Perry
Classe Guillobel
Navios de apoioEmbarcações que foram utilizadas como apoio a Força de Submarinos.[5]
Organizações MilitaresAs Organizações Militares que lhe são afetas são:
Os submarinos do futuroCom verba prevista no orçamento da União de 2009 e com o novo Plano Estratégico Nacional, o novo propulsor de energia nuclear, com tecnologia 100% nacional, passará a equipar uma nova geração de submarinos para assegurar a defesa do Atlântico Sul. O primeiro submarino nuclear brasileiro será chamado S Álvaro Alberto (SN-10), em homenagem a Álvaro Alberto da Mota e Silva vice-almirante da Marinha brasileira e cientista brasileiro. Ver tambémReferências
Ligações externasInformation related to Força de Submarinos |