Forte de São Teodósio da Ponta do Cavalo
Forte de São Teodósio da Ponta do Cavalo
O Forte de São Teodósio da Ponta do Cavalo, também referido como Forte da Ponta do Cavalo ou Forte do Cavalo, ergue-se em posição dominante a oeste da baía de Sesimbra, no Distrito de Setúbal, em Portugal.[1] Integrou, no passado, a linha defensiva do trecho do litoral denominado hoje, em termos de turismo, como Costa Azul, e que, no século XVII, se estendia de Albarquel a Sesimbra, complementando a defesa da importante povoação marítima de Setúbal. Nele está instalado o Farol do Forte do Cavalo. O Forte do Cavalo está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1978.[1] HistóriaA ideia de uma fortificação neste local, para defesa do porto de Sesimbra, remonta à época da Restauração da independência portuguesa, proposta pelo padre Simão Falónio, que a imaginou em taipa (1640). Ela só se materializaria, entretanto, no âmbito da completa remodelação da estratégia defensiva do reino implementada sob o reinado de D. João IV (1640-1656), compreendida na defesa da barra de Setúbal. Assim, sob a invocação de São Teodósio, iniciada em 1648, foi inaugurada em 1652, com projecto atribuído ao engenheiro militar e arquitecto Sebastião Pereira de Frias, conforme inscrição epigráfica originalmente em uma lápide sobre o portão da torre-cisterna:
O príncipe D. Teodósio veio a falecer no ano seguinte, três anos antes do soberano. Sofreu danos decorrentes do terramoto de 1755. No século XIX encontrava-se guarnecida e artilhada à época da Guerra Peninsular, quando da primeira invasão francesa sob o comando do general Junot (1807-08). Abandonado pela guarnição em 1822, voltou a ser guarnecido posteriormente quando das Guerras Liberais. Só em 1895 começaram as obras de instalação do actual farol, na chamada Bateria Alta, começando a operar no ano seguinte, sinalizando a entrada do porto de Sesimbra. No último quartel do século XX, a pedido da Direcção-Geral de Faróis foram executadas obras de reconstrução e de adaptação pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) (1976). Considerado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n°95/78, publicado em 12 de Setembro de 1978, foram-lhe procedidas novas obras de recuperação e beneficiação em 1981-1983, 1986 e 1991. Actualmente afeto ao Ministério da Defesa Nacional (Marinha de Portugal), as suas dependências são utilizadas como residência do faroleiro. CaracterísticasEsta fortificação marítima, erguida em alvenaria de pedra e tijolo, apresenta planta poligonal irregular, em estilo maneirista. Acessada por um portão simples de volta inteira, no interior da Praça de Armas ergue-se uma torre de planta circular, com terraço. É ladeada por edifícios recentes, onde actualmente habita o faroleiro. Nas extremidades, erguem-se dois baluartes com muralhas em talude, onde se abriam primitivamente as canhoneiras. No ângulo saliente a oeste observa-se uma guarita prismática. A fortificação se prolongava, primitivamente, para leste. Este trecho da edificação foi destruído quando da construção do porto de abrigo e da respectiva estrada que lhe dá acesso. Das antigas dependências da Capela de Nossa Senhora da Conceição, hoje em ruínas no perímetro do forte, subsiste somente a imagem da padroeira, em madeira policromada, transferida ao final do século XIX para a Igreja de Nossa Senhora do Castelo (Sesimbra). Ver tambémReferênciasLigações externas
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