Garth Ennis
Garth Ennis é um roteirista de história em quadrinhos (banda desenhada) norte-irlandês. Nasceu em 16 de janeiro de 1970 na cidade de Belfast, Irlanda do Norte. Começou a escrever profissionalmente para a revista britânica Crisis (título irmão da revista 2000 AD), mas só alcançou a fama após começar a trabalhar para o selo Vertigo da editora americana DC Comics. Após vários anos trabalhando neste selo, Garth Ennis deixou a DC e assinou contrato com sua principal rival, a Marvel Comics. Lá, começou escrevendo para a revista do personagem Justiceiro, um anti-herói violento, semelhante a outros personagens que ele havia escrito anteriormente. Começo da carreiraGarth Ennis começou sua carreira profissional em 1989, com a série Troubled Souls, publicada na revista Crisis, a qual foi aclamada pela crítica, apesar do curto período de publicação. Troubled Souls conta a história de um jovem norte-irlandês protestante que, apesar de apolítico, acaba dragado pelos conflitos de seu país. Quando a publicação da Crisis foi interrompida, Ennis passou a trabalhar na revista 2000 AD, onde escreveu para seu carro-chefe: Juiz Dredd. Seu primeiro trabalho em uma revista em quadrinhos americana foi um arco de história para a revista Hellblazer. ObrasAlém de ter escrito arcos de histórias de personagens famosos como Hellblazer, Darkness e Justiceiro, Ennis também criou várias séries próprias de destaque, como True Faith, Goddess, Troubled Souls, Crossed, Wormwood, Hitman (em parceria com o também norte-irlandês John McCrea) e Preacher, seu trabalho mais famoso e polêmico.
Justiceiro (The Punisher)O Justiceiro é o personagem da Marvel com o qual Ennis mais trabalha. Tudo começou com a versão 3 da revista Punisher, na qual o Justiceiro lutava contra a organização criminosa dos Gnucci, chefiada pela maligna matriarca Ma Gnucci. O que mais chamou atenção nessa revista foi a mistura de humor negro com ação e drama. Momentos sombriamente hilários infestavam as histórias, contrabalançando cenas de violência cruel e drama pesado. Nessa revista, Ennis criou personagens marcantes como o gigantesco O Russo (The Russian) e os vizinhos do Justiceiro: Joan, Mr. Bumpo e Spacker Dave. As histórias foram ilustradas pelo parceiro habitual de Ennis: Steve Dillon. Na versão 4 da revista The Punisher, o humor negro atingiu níveis inacreditáveis. O Russo voltou com seios dignos de Pamela Anderson (efeito colateral de uma injeção de hormônios que ele tomou) e super-heróis começaram a fazer participações especiais. Ennis se divertiu muito com isso. O Homem-Aranha é usado como escudo pelo Justiceiro, o Wolverine é atropelado por um rolo compressor dirigido pelo... adivinhe, Justiceiro e outros super-heróis são usados como alívio cômico. Ennis nunca gostou de super-heróis, preferindo trabalhar com personagens mais sérios e violentos. Apesar do humor negro, a revista The Punisher versão 4 teve histórias sérias e dramáticas, como Irmandande, Não Caia em Nova York, entre outras que mostraram que Ennis poderia ser um sucesso escrevendo as revistas do personagem, se conseguisse uma abordagem séria para ele. A versão 4 da revista The Punisher teve vários artistas: Steve Dillon, Darick Robertson, Cam Kennedy e Tom Mandrake foram os principais. Ennis escreveu a maior parte da revista, apenas uma ou duas edições não foram de sua autoria. Então, surgiu a primeira revista mensal do Justiceiro para adultos: Punisher Max. Sem limites, podendo escrever quantos palavrões quisesse, Ennis logo partiu para um trabalho mais sério com o personagem. O humor negro tornou-se sutil, os super-heróis desapareceram e o Justiceiro se tornou um personagem dramático. A primeira história da revista Punisher Max foi Punisher: Born (Justiceiro: Nascido para Matar), que não é considerada parte da revista mensal e, sim, uma minissérie. Nela, Ennis mostra os horrores da guerra do Vietnã e como Frank Castle adquiriu o gosto para matar que o transformou no Justiceiro. A minissérie foi aclamadíssima, assim como seu ilustrador, Darick Robertson. Depois, começaram as histórias da revista mensal. A primeira edição contou com uma das cenas mais fortes da história dos quadrinhos: o massacre dos mafiosos de Don Cesare, desenhada por Lewis Larosa. A cena continha uma quantidade de sangue nunca antes vista numa revista. Todas as capas das revistas Justiceiro, da versão 3 à MAX, foram desenhadas por Tim Bradstreet. PreacherEsta série de Ennis, ilustrada pelo seu habitual parceiro Steve Dillon, narra as viagens de Jesse Custer (um ex-pastor ironicamente possuído por uma entidade chamada Genesis) pelo interior da América em busca de Deus, que ele julga ter abandonado a humanidade. É acompanhado por Tulip, sua ex-namorada e membro mais racional do grupo, e Cassidy um vampiro irlandês alcoólatra que desperta seu lado mais passional. A busca de Jesse é pontilhada por tudo o que há de mais estranho nesse e no outro mundo: anjos burocratas tentando manter as instituições, assassinos seriais ansiosos por fama e, talvez principalmente, como a busca por um valor superior de bondade pode se desviar para o fanatismo e a corrupção. A série foi aclamadíssima e ganhadora do prêmio Eisner de Melhor Série Contínua. Também foi a série que deu a Ennis o Eisner de Melhor Roteirista. Durou 66 edições normais e 6 edições especias (uma clara alusão ao diabólico número 666). Todas as capas foram pintadas por Glenn Fabry, que, graças a elas, ganhou o Eisner de Melhor Capista. The Boys[1]Seu trabalho mais recente, ilustrado por arick Robertson. Narra a história de Hughie, que tem sua vida destruída quando um super-herói atropela sua namorada, matando-a instantaneamente. Logo, Hughie é convocado para fazer parte de um grupo de agentes da CIA que vigia os super-heróis para que não cometam atos catastróficos. Prêmios e indicações
Referências
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