Grande Prêmio da Toscana de 2020
O Grande Prêmio da Toscana de 2020 (formalmente denominado Formula 1 Gran Premio della Toscana Ferrari 1000) foi a nona etapa do Campeonato Mundial de 2020 da Fórmula 1. Foi disputada em 13 de setembro de 2020 no Circuito de Mugello, na Toscana, Itália,[1] que recebeu uma corrida de Fórmula 1 pela primeira vez na história, em virtude das mudanças no calendário provocadas pela pandemia de COVID-19. O evento marcou a primeira corrida do Grande Prêmio da Toscana, que foi criado para diferenciar a segunda corrida realizada no país do Grande Prêmio da Itália, que foi a etapa anterior.[2] RelatórioTreino Classificatório
Corrida
Minutos antes da largada, na volta de saída dos boxes, Max Verstappen reportou problemas no motor Honda que empurra na Red Bull. Os instantes que antecederam o início da prova foram de muito trabalho para a equipe taurina, que conseguiu deixar o carro do holandês pronto para a partida.
A primeira volta da mais nova corrida da Fórmula 1 foi marcada por uma verdadeira bagunça. Antes, na largada, Valtteri Bottas tracionou melhor que Lewis Hamilton e assumiu a liderança. Verstappen, logo no começo, despencou no pelotão e foi um dos pilotos envolvidos na grande confusão ocorrida na curva 2: Pierre Gasly teve seu carro prensado entre a Alfa Romeo de Kimi Räikkönen e a Haas de Romain Grosjean. Envolvido no incidente, Verstappen foi acertado e parou na caixa de brita, onde não conseguiu sair. O francês, vencedor do último GP da Itália, também abandonou. Sebastian Vettel também teve o carro acertado após uma rodada de Carlos Sainz, que se chocou com a Racing Point de Lance Stroll. O tetracampeão teve de parar nos boxes para trocar a asa dianteira, enquanto o safety-car foi acionado para a retirada dos detritos da pista. A bandeira amarela vigorou até a sexta volta e tinha Bottas na frente, seguido por Hamilton, Charles Leclerc, Alexander Albon e Stroll em quinto. Quando os pilotos receberam a determinação para a relargada, Bottas, que puxava o pelotão, vinha muito lento e ziguezagueando para abrir a volta depois que a luz verde foi acionada. O que aconteceu em seguida foi outra grande confusão. Quem vinha atrás foi envolvido em uma batida que, por muito pouco, não trouxe maiores consequências. Antonio Giovinazzi chegou a sair do chão com sua Alfa Romeo, e o bate-bate ali no meio fez com que Kevin Magnussen, Sainz e Nicholas Latifi batessem forte uns nos outros e de maneira determinante para abandonos. Outros também se envolveram de forma mais leve. No rádio, Romain Grosjean soltou os cachorros para cima de Bottas por ter segurado a fila. “Foi estúpido o que fez seja quem esteja à frente. Querem nos matar?”, bradou. A direção de prova preferiu chamar a bandeira vermelha para limpar o traçado e, enfim, tentar começar a corrida. Depois que a Renault confirmou que Esteban Ocon também estava fora da corrida por superaquecimento dos freios, o francês se unia a Latifi, Magnussen, Giovinazzi, Sainz, Verstappen e Gasly. A corrida passava a ter somente 13 carros. Com a bandeira vermelha, as equipes aproveitaram o ensejo para fazer a troca de pneus. Assim, por exemplo, Bottas e Hamilton foram para a sequência da prova com os compostos médios.
A relargada, parada, conforme diz o regulamento, foi dada na volta 10 da corrida. Valtteri saiu na frente, mas Hamilton tracionou melhor , emparelhou lado a lado na curva 1, a San Donato, e conseguiu fazer a ultrapassagem. Leclerc aparecia em terceiro, seguido por Stroll, Sergio Pérez, Daniel Ricciardo e Alexander Albon. Hamilton tinha uma vantagem controlada de 1s5 para Bottas na volta 15, enquanto Leclerc sofria para segurar a ‘Mercedes rosa’ de Stroll. Já o outro carro da Racing Point, o de Pérez, era ultrapassado pela Renault de Ricciardo, que vinha forte para a sequência da corrida. Leclerc realmente não conseguiu fazer frente aos carros que vinham atrás. Stroll tirou proveito da melhor performance da Racing Point e fez a ultrapassagem para subir para terceiro depois de boas voltas seguindo a Ferrari. Ricciardo, ao contrário, não perdeu tempo e logo superou o monegasco. Por sua vez, Pérez, em má fase, era batido por Albon, que era outro a superar o carro #16 de Charles. Leclerc era o sétimo, depois de ter sido ultrapassado por Pérez, quando parou para fazer o pit-stop. O chamado plano C consistia em uma troca de pneus e a sequência da corrida com pneus duros. O piloto de 22 anos caiu para 13º e último dentre os que estavam na pista, enquanto um apagado Vettel vinha só em décimo. Confiante em poder dar o ‘pulo do gato’ contra Hamilton, Bottas pediu à Mercedes o tipo de pneu contrário ao que o britânico escolhesse para o último stint da corrida. Stroll tinha algum alívio depois que Ricciardo fez seu pit-stop. O pit-lane tinha boa movimentação com as paradas também de Pérez, Vettel e Grosjean. Quem se deu mal foi Räikkönen, com problemas no trabalho feito pela Alfa Romeo. Logo depois de pedir uma estratégia diferente, Bottas perdeu tempo na pista e viu a diferença para Hamilton subir para 6s8 na volta 31. O finlandês reclamava de desgaste excessivo do pneu dianteiro esquerdo antes de partir para a troca. A Mercedes colocou compostos duros para Valtteri ir até o fim da corrida sem nova parada. Na volta seguinte, foi Hamilton quem fez o pit-stop e seguiu na corrida também com pneus duros. Enquanto Bottas reclamava dos pneus, Ricciardo fazia o chamado ‘undercut’ e superava Stroll depois do pit-stop do canadense. O australiano estava cada vez mais perto de levar a Renault ao pódio pela primeira vez desde Nick Heidfeld no GP da Malásia de 2011. Hamilton controlava uma vantagem de cerca de 6s para Bottas, que torcia por um safety-car, Ricciardo era o terceiro e vinha seguido por Stroll e Albon. Leclerc lutava por posição com a AlphaTauri de Daniil Kvyat quando a Ferrari o chamou para um novo pit-stop. O monegasco fez seu último stint com pneus médios. Se a corrida foi incrivelmente agitada e acidentada nas primeiras voltas, o terço final da disputa caminhava de forma bem mais tranquila, até monótona. Até que, na volta 43, Stroll enfrentou um furo no pneu enquanto percorria a segunda ‘perna’ da curva Arrabbiata e bateu forte na barreira de pneus. Com o novo acionamento do safety-car, Bottas logo de imediato foi o primeiro a fazer novo pit-stop e arriscar tudo ao trocar os pneus duros pelos macios. Hamilton também fez a parada e se manteve na frente com a bandeira amarela. Mas com 45 voltas, a direção de prova acionou pela segunda vez a bandeira vermelha na corrida. A alegação foi que era preciso arrumar a barreira de pneus avariada após a batida de Stroll. Durante o processo de remoção, o carro do canadense pegou e ficou praticamente destruído. Durante a interrupção, a direção de prova anunciou uma determinação incomum e pediu para Grosjean e Räikkönen, 11º e 12º, respectivamente, passarem a fila de carros e descontassem a volta que tinham de desvantagem. Ao mesmo tempo, o finlandês era investigado por ter entrado no pit-lane sem ainda ter permissão para tal, do mesmo jeito que aconteceu com Hamilton e Giovinazzi em Monza semana passada.
Os pilotos partiram para uma nova largada todos usando pneus macios para as voltas finais da corrida. Hamilton alinhou novamente na posição de pole, lado a lado com Bottas, enquanto Ricciardo era o terceiro e Albon completava a segunda fila. Hamilton largou muito bem e não deu chances a Bottas, que partiu mal e foi superado por Ricciardo. Albon manteve o quarto posto, à frente de Pérez, Lando Norris, Kvyat, Leclerc e Räikkönen. Só que o finlandês teve de pagar punição pela infração cometida antes de nova entrada do safety-car. Russell, que mostrava até ter chances de pontuar, despencou para a última posição na pista com a Williams. Ricciardo não teve como segurar Bottas, que fez a ultrapassagem na volta seguinte. O australiano passou a ser atacado por Albon, que buscava seu primeiro pódio na Fórmula 1. Valente, Albon emparelhou com Ricciardo na curva San Donato e fez a ultrapassagem para subir ao terceiro lugar na corrida na volta 51. Em seguida, o anglo-tailandês apertou o ritmo e até se aproximou de Bottas. Mas Bottas não apenas respondeu, como encostou em Hamilton. Só que o hexacampeão controlou a vantagem e conseguiu manter a diferença na casa de 1s5, abriu bem mais no fim e chegou a outra vitória histórica na Fórmula 1.[3] Pneus
ResultadosTreino Classificatório
CorridaCuriosidades
Voltas na Liderança
2020 DHL Fastest Pit Stop AwardResultado
Classificação
Tabela do campeonato após a corridaSomente as cinco primeiras posições estão incluídas nas tabelas.
Referências
Ligações externas
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