Grande Prêmio de São Paulo de 2024
O Grande Prêmio de São Paulo de 2024 (formalmente denominado Formula 1 Lenovo Grande Prêmio de São Paulo 2024) foi a vigésima primeira etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2024. disputado em 3 de novembro de 2024 no Autódromo José Carlos Pace, São Paulo, Brasil.[1] Foi vencido por Max Verstappen, da Red Bull, com os pilotos da Alpine Esteban Ocon e Pierre Gasly ocupando, respectivamente, o segundo e o terceiro lugares.[2] ResumoEsteban Ocon, da Alpine, usou um capacete especial com design que remetia às plantas e tinha as cores do Brasil, colocando também um escudo estilizado, que fazia referência ao da CBF, e o seu apelido dado por fãs brasileiros, "Oconzinho".[3] Lewis Hamilton, da Mercedes, foi outro a usar um capacete especial para essa prova, usando as cores da bandeira do Brasil, as listras eternizadas por Ayrton Senna, o desenho do Cristo Redentor e a frase "Still we rise" ("nós nos levantaremos" em inglês).[4] Ele também protagonizou um momento especial antes da corrida, no qual ele guiou o MP4/5B que seu ídolo Senna pilotou na sua campanha pelo seu segundo título em 1990.[5] A escolha de Hamilton para conduzir o carro de Senna rendeu críticas de alguns pilotos, com Emerson Fittipaldi chamando a atitude de colocar um inglês para pilotar o carro do Senna de "antiética",[6] e Rubens Barrichello afirmando que Hamilton não deveria pilotar o carro, por "já estar correndo", e que essa oportunidade deveria ser concedida a um "garoto novo" que fosse brasileiro.[7] Mas Lalalli Senna, a sobrinha do piloto, defendeu a escolha de Hamilton, dizendo que ele "se tornou um embaixador da memória de Ayrton".[8] O piloro dinamarquês Kevin Magnussen, da Haas, se ausentou da etapa por conta de uma doença, sendo substituído pelo piloto reservaOliver Bearman, que irá para o lugar de Magnussen em 2025.[9] A pole da corrida sprint ficou com Oscar Piastri, que superou seu companheiro da McLaren Lando Norris, o segundo colocado.[10] Mas na minicorrida, a McLaren ordenou que Piastri cedesse sua posição a Norris, com o britânico quebrando a sequência de vitórias de Max Verstappen nas sprints. O ferrarista Charles Leclerc ficou na terceira posição.[11] A qualificação para a corrida principal foi adiada para domingo, algumas horas antes da corrida, devido à chuva torrencial que não deu trégua durante o horário previsto para a qualificação no sábado, às 15 horas (horário de Brasília). A última vez que esse tipo de mudança aconteceu foi no Grande Prêmio do Japão de 2019, por causa de uma tempestade causada por um tufão.[12] Assim, o horário da qualificação foi para as 07:30 da manhã de domingo e a corrida, que seria às 14 horas, foi antecipada para as 12:30, por conta do risco de que as chuvas fortes voltassem a interromper a corrida, e para aproveitar ao máximo o tempo de luz solar na pista.[13] A sessão classificatória foi marcada pela chuva intensa. Enquanto a pista estava molhada, vários pilotos bateram nos Q1, Q2 e Q3, gerando várias bandeiras vermelhas que interromperam a classificação. Um dos que bateram foi Alexander Albon, cujos danos extensos o impediram de participar da corrida, pois a equipe não terá tempo suficiente para conseguir reparar o carro.[14] Seu companheiro Franco Colapinto também bateu, assim como os pilotos da Aston Martin Lance Stroll e Fernando Alonso, mas as equipes conseguiram recuperar os dois carros para a corrida.[15] A pole position da corrida principal ficou com Lando Norris, sendo esta a sua oitava na carreira. George Russell, da Mercedes, largou na segunda posição, formando uma primeira fila totalmente britânica, e o piloto da RB Yuki Tsunoda conseguiu uma surpreendente terceira posição. Max Verstappen, que iria cumprir uma punição de cinco posições, foi prejudicado durante o Q2 por uma batida de Lance Stroll, com o tricampeão da Red Bull fazendo apenas o 12º tempo, e assim despencando para a décima sétima posição.[16] A largada do GP de São Paulo foi atrasada porque Lance Stroll rodou durante a volta de formação e colocou seu carro na brita. Assim, a largada foi abortada e os carros tiveram que se alinhar novamente.[17] Na relargada, os pilotos da primeira fila, Norris e Russell deixaram os colchetes antes da hora, provocando uma pequena confusão, já que alguns pilotos tentaram acompanhá-los, enquanto outros ficaram no mesmo lugar. A dupla foi multada em cinco mil euros.[18] A corrida também foi tomada pela chuva extrema e pelas bandeiras vermelhas. Uma delas, provocada por Franco Colapinto, mudou o destino da prova, favorecendo os pilotos que ocupavam as três primeiras posições: Esteban Ocon, Pierre Gasly e Max Verstappen. O neerlandês fez uma corrida de recuperação, tomando seis posições e subindo para décimo já na primeira volta. Com a interrupção da corrida, todos os pilotos tiveram a possibilidade de mexer em seus carros e trocar pneus, assim, os pilotos que não tinham parado ainda, como Verstappen, Ocon e Gasly, puderam trocar pneus sem correr o risco de perderem posições. Isso facilitou a corrida de Verstappen, que voltou em segundo lugar, ultrapassou Ocon e impôs um ritmo impressionante na chuva, fazendo várias voltas mais rápidas em sequência e quebrando o jejum de dez corridas sem vencer. A última vitória de Verstappen tinha sido no Grande Prêmio da Espanha de 2024.[2][19] A equipe Alpine também fez uma excelente corrida, com Esteban Ocon ficando em segundo e Pierre Gasly em terceiro. Foi a primeira vez que a Alpine pôs sua dupla de pilotos no pódio desde sua entrada na Fórmula 1 em 2021. Os outros quatro pódios anteriores haviam sido conquistados apenas por um dos pilotos da equipe. O último pódio de Ocon foi em Mônaco no ano passado, enquanto Gasly subiu ao pódio pela última vez no GP da Holanda, também no ano passado.[20] Já Lando Norris, que tinha perdido a ponta na largada por ter sido ultrapassado por Russell, teve uma corrida para esquecer, cometendo diversos erros e chegando a passar reto após tentar se impor perante Russell. Ele terminou em sexto, se beneficiando de ordens de equipe da McLaren para que Piastri lhe cedesse a posição.[2] Nico Hulkenberg, da Haas, também teve um mau resultado na corrida. O alemão bateu e recebeu ajuda externa para voltar à pista. Assim, ele recebeu a bandeira preta e foi desclassificado da prova. Foi a primeira vez que isso aconteceu desde Felipe Massa e Giancarlo Fisichella no GP do Canadá de 2007.[21] Verstappen classificou sua vitória em São Paulo como uma das melhores da sua carreira. Ele foi elogiado por inúmeros torcedores, além da mídia especializada e de pessoas do automobilismo, como Mario Andretti, que afirmou que o neerlandês tinha um "talento extraordinário",[22] e Christian Horner, que disse que Verstappen já tinha um lugar entre os maiores da história.[19] Na direção contrária foi Lando Norris, que afirmou que Verstappen tinha tido sorte por causa das bandeiras vermelhas.[23] A bandeirada final foi dada pelo campeão mundial de surfe Gabriel Medina,[24] os três primeiros colocados receberam bonés amarelos com detalhes em verde, e o vencedor levou um troféu desenvolvido pela Lenovo e pela Pininfarina, que faz referência à natureza e às coroas de louros usadas na década de 1980, além de ter um sensor que ativa um padrão luminoso que imita a queda da chuva.[25] Com a vitória e o ponto da volta mais rápida indo para Verstappen e o sexto lugar de Norris, o neerlandês abriu 62 pontos de vantagem sobre o britânico, encaminhando o tetracampeonato e dificultando ainda mais a vida de Norris.[2] ResultadosSprint Shootout
SprintTreino classificatório
CorridaTabela do Campeonato após a corrida
Notas e referênciasNotas
Referências
Ligações externas |