Gúves Nota: Para a comuna francesa, veja Gouves (França).
Gúves (em grego: Γούβες; romaniz.: Goúves) é uma localidade e unidade municipal da costa norte da ilha de Creta, Grécia. Anteriormente um município autónomo, com a reforma administrativa passou a fazer parte do município de Chersonissos,[2] que por sua vez integra a unidade regional de Heraclião. A unidade municipal tem 94,96 km² de área e em 2011 tinha 10 731 (densidade: 113 hab./km²).[1] A ilha de Dia (em grego: Δίας; romaniz.: Días, "Zeus"), situada a nordeste de Heraclião e a nordeste de faz parte da Kokkíni Háni, a 10 km da costa, faz parte da unidade municipal de Gúves. A ilha está ligada a pelo menos duas lendas antigas relacionadas com Teseu e Zeus. DescriçãoA vila de Gúves propriamente dita situa-se cerca de 3 km a sul de Kató Gúves, uma estância turística de praia que por vezes também é designada como Gúves. Kató Gúves situa-se à beira do mar de Creta (nome dado á parte mais meridional do mar Egeu) e dispõe de algumas praias extensas de areia. Ambas as localidades ditam aproximadamente 20 km de Heraclião (situada a oeste) e 10 km a oeste de Chersonissos (a leste) por estrada. Apesar de muito explorada turisticamente — além de Kató Gúves, na unidade municipal existem as estâncias de Kokkíni Háni (ou Háni Kokkíni) e Amnisos, a oeste, na direção de Heraclião, — a área conserva algumas aldeias tradicionais e tem alguns sítios arqueológicos importante, como Amnisos (a antiga cidade portuária de Cnossos), as cavernas-santuário de Ilítia e Escoteino, a villa minoica de Kokkíni Háni ou o mosteiro de São João Teólogo. A primeira menção escrita conhecida do local, nos Arquivos de Chandax data de 1387. O humanista italiano nascido em Heraclião Francesco Barozzi fala do local em 1577 usando o nome Guvos e em 1583 com o nome Guves; tinha então 252 habitantes.[3] Principais localidades
A maior localidade da unidade municipal é Kató Gúves, que pertence à comuna de Gúves. Goúrnes e Kokkíni Háni pertencem à comuna de Anópolis. Atrações turísticas e sítios arqueológicos
O mosteiro, chamado Moní Ágios Ioannis Theologos em grego, situa-se numa paisagem verdejante a sudeste da aldeia de Anópolis, fez parte do mosteiro de São Jorge (Ágios Giorgios), localizado mais a norte, que foi abandonado devido aos frequentes ataques de piratas nos séculos XV e XVI, tendo todos os monges sido transferidos para Ágios Ioannis Theologos. Durante o período otomano, o mosteiro deu guarida a revolucionários e teve uma escola secreta, o que levou os turcos a destruí-lo e a matar os monges e a população de Anópolis em julho de 1896. O mosteiro foi refundado novamente alguns anos depois.
A estância turística de Kokkíni Háni situa-se perto da aldeia Vatianos Campos, cerca de 13 km a leste de Heraclião. No local conhecido como Nirou Háni, os arqueólogos encontraram um villa minoica bem preservada datada do período neopalaciano. O edifício tinha dois pisos, cobria cerca de 100 m² de área e apresenta todas as características da arquitetura minoica: dois pátios pavimentados, corredores de ligação, divisões de armazenagem, poços de luz, santuários, etc. Em algumas divisões foram encontrados cerca de 40 tripés e enormes machados duplos (lábris), o que sugere que o dono da villa teria sido um alto sacerdote. Como a maior parte dos edifícios minoicos, foi destruída por um fogo. Os achados das escavações estão atualmente no Museu Arqueológico de Heraclião. Também conhecida como caverna de Agía Parasceví (Santa Parasceva), o nome da capela construída sobre ela, a caverna de Escoteino (ou Skotinó) é uma das maiores cavernas de Creta, tem 160 metros de profundidade e 36 m de largura. Situa-se no cume de uma colina a noroeste da vila de Escoteino, poucos quilómetros ao sul de Gouves. A capela, construída durante o período veneziano (séculos XIII–XVII), é a herdeira de uma tradição de culto local que remonta ao Minoano Médio (2 000–1 550 a.C.). A caverna foi usada como santuário pagão desde essa época até ao período romano, quando foi transformada num santuário cristão.[4][5] Na opinião do arqueólogo Paul Faure, a caverna era o célebre labirinto de Creta.[6]
Amnisos e a sua extensa praia de areia situam-se 7 km a leste de Heraclião, ao lado do aeroporto e em frente da ilha de Dia. O sítio arqueológico de Amnisos encontra-se nessa área. Ali foi escavada uma villa minoica datada de 1 600 a.C., onde foram encontrados alguns frescos importantes que atualmente estão no Museu Arqueológico de Heraclião. Situada um quilómetro para o interior de Amnisos, foi um santuário importante desde o Neolítico. Era dedicada a Ilítia, a deusa grega com origem cretense da fertilidade e do parto. Notas e referências
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