Hérnia cerebral
Hérnia cerebral é um efeito secundário potencialmente mortal de pressão intracraniana muito elevada, que ocorre quando parte do cérebro é pressionada contra as estruturas do crânio. O cérebro pode atravessar estas estruturas, como o falx cerebri, o tentorium cerebelli e até mesmo o foramen magnum (o orifício na base do cérebro pelo qual a espinal medula se liga ao cérebro).[1] Em muitos casos a hérnia cerebral apresenta-se com postura anormal, indicativa de lesões no cérebro.[2] Pode também ocorrer alteração do estado de consciência, com Escala de coma de Glasgow entre 3 e 5.[2] As pupilas podem-se apresentar dilatadas e não reagir à luz.[2] Uma hérnia cerebral pode ser causada por diversos factores que causam um efeito de massa e aumentam a pressão intracraniana (PIC), entre os quais traumatismo cranioencefálico, hemorragia intracraniana ou tumor cerebral.[1] Pode também ocorrer na ausência de PIC elevada na sequência da ocorrência de lesões de massa, como hematomas, nas margens dos compartimentos do cérebro. Nestes casos, a pressão local encontra-se aumentada no local da hérnia, mas a pressão não é transmitida para o resto do cérebro, pelo que não se regista um aumento da PIC.[2] O tratamento consiste na remoção cirúrgica da massa etiológica e craniectomia descompressiva. Uma hérnia cerebral pode causar deficiência grave ou morte. Quando a hérnia é visível numa TAC, o prognóstico neurológico é geralmente desfavorável.[2]
Referências
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