Idade da Pedra na SuéciaCom o recuo dos glaciares que cobriam a Escandinávia, por volta de 12 000 a.C., ficou a descoberto uma passagem terrestre à Europa continental, banhada a leste pelo mar Báltico, que era então um mar fechado e de água doce.[1][2] Os primeiros grupos nómadas de caçadores de renas, provenientes da Europa, atravessaram a ligação entre a Europa e a Península da Escandinávia por volta de 10 000 a.C., estabelecendo-se no Sul da Suécia, na atual Escânia e Halândia. Estes primeiros habitantes viviam da caça, da pesca e da recolha de alimentos, dispondo de um enorme território e sem terem necessidade de entrar em conflitos uns com os outros.[1][2][3] Idade da Pedra AntigaO período mais antigo da Idade da Pedra na Suécia é designado pelos historiadores suecos por Idade da Pedra Antiga (Äldre stenåldern) ou Era dos Caçadores (Jägarstenåldern), e é datada aproximadamente entre 10 000 e 4 000 a.C..[4] Existem vestígios da presença humana no país desde esses tempos - como por exemplo: pontas de setas usadas pelos caçadores da época, machados, enxadas, ferramentas micrólitas, lixos domésticos contendo conchas de ostras, vasos de cerâmica, e o esqueleto da Mulher de Barum (Bäckaskogskvinnan) datado de 6 000-7 000 a.C..A subsistência era completada pela recolha de alimentos vegetais.[3][4][5] Idade da Pedra RecenteO período seguinte – apelidado pelos historiadores suecos de Idade da Pedra Recente (Yngre stenåldern) ou de Era dos Camponeses (Bondestenåldern), e datado aproximadamente entre 4 000 e 1 800 a.C. - é marcado pelo advento da agricultura e da pecuária, sendo a subsistência assegurada paralelamente pela caça, pesca e recolha de alimentos vegetais.[4][5] Apesar de o clima ter ficado um pouco mais frio e úmido, ainda era fácil viver da caça, da pesca e da recolha de vegetais, proporcionando a agricultura e habitação sedentária um novo estilo de vida cada vez mais dominante face à vida nómada. Uma conquista importante deu-se quando o homem aprendeu a fazer peças de sílex com arestas afiadas, que podiam ser usadas em armas de caça e utensílios de corte. Como reflexo da cultura desta época, aparecem então os monumentos funerários megalíticos - dólmens, túmulos em corredor e cistas - de dimensões variadas e contendo as sepulturas de uma ou mais pessoas, chegando até à centena de indivíduos enterrados num só túmulo.[3] Referências
Bibliografia
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