Júlia (mãe de Marco Antônio)
Júlia (104 a.C. - depois de 39 a.C.), era a mãe de Marco Antônio e filha de Lúcio Júlio César. Júlia, da família dos Césares, casou-se [1] com Marco Antônio Crético[2] e, depois da morte deste, com Cornélio Lêntulo.[1] Cornélio Lêntulo estava envolvido na Conspiração de Catilina, e foi executado por Cícero; segundo Plutarco, esta foi a origem do ódio violento de Marco Antônio contra Cícero,[1] pois Antônio dizia, falsamente, que Cícero não queria entregar o corpo de Lêntulo para ser enterrado, até que Júlia o pediu para a esposa de Cícero.[3] Ela era irmã de Lúcio César, que foi entregue a Otaviano para ser assassinado,[4] no episódio que Plutarco comenta que foi uma troca selvagem e cruel, uma barganha de morte por morte, em que Otaviano, Marco Antônio e Lépido entregaram seus amigos para serem assassinados:[5] Otaviano entregou Cícero, Antônio seu tio Lúcio César, e Lépido seu irmão Paulo.[4] Após o assassinato de Cícero, porém,[6] Lúcio Antônio se refugiou com a irmã, e esta, colocando-se na porta do seu quarto, não deixou os assassinos entrarem, dizendo que só assassinariam Lúcio Antônio se, antes, a assassinassem, a mãe do Imperador.[7] Lúcio Antônio foi poupado.[7] No ano em que Caio Asínio Polião e Cneu Domício Calvino, este pela segunda vez, foram cônsules,[8] (40 a.C. [carece de fontes]), Júlia fugiu de Roma com Fúlvia, esposa de Marco Antônio,[9][a] e elas foram abrigadas por Sexto Pompeu,[9][10] filho de Pompeu. Sexto Pompeu enviou Júlia para Marco Antônio, com propostas de amizade.[10] Junto de Júlia, também foi Tibério Cláudio Nero, com sua esposa Lívia Drusa e seu filho Tibério Cláudio Nero;[11] segundo Dião Cássio, em um estranho lance do destino, pois Lívia, fugindo de César, tornar-se-ia sua esposa e o jovem Tibério o sucessor do imperador.[12] Notas
Referências
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