João Gualberto Gomes de Sá Filho
João Gualberto Gomes de Sá Filho (Recife, 11 de outubro de 1874 - Irani, 22 de outubro de 1912) foi um militar brasileiro.[1] Filho de João Gualberto Gomes de Sá e Júlia Bezerra Cavalcanti de Sá, em 26 de setembro de 1890, aos dezesseis anos de idade, ingressou na Escola Militar da Praia Vermelha RJ (1855-1904). Instituição que viria ser mais tarde renomeada como Academia Militar das Agulhas Negras no Rio de Janeiro, graduando-se como alferes em 1894. Posteriormente mudou-se para o Paraná e casou-se com Leonor de Moura Brito, passando a viver em Curitiba.[1] Após ser promovido a Tenente, retornou ao Rio de Janeiro, formando-se engenheiro militar em 1901 e passando a servir no 13º Regimento de Cavalaria do Exército Brasileiro (Curitiba).[1] Desempenhou os cargos de engenheiro da linha telegráfica Curitiba-Foz do Iguaçu, comandante (e fundador) do Tiro de Guerra Barão do Rio Branco, e Ajudante de Ordens do Comando da 5ª Região Militar. Graduando-se também como Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas.[1] Em 1912 foi escolhido para Prefeito de Curitiba, no entanto, desistiu desse cargo para assumir o comando do Regimento de Segurança do Estado do Paraná (PMPR). Assumiu o comando do Regimento de Segurança em 21 de agosto, comissionado no posto de Coronel.[1] E em 22 de outubro do mesmo ano, morreu em combate na Batalha do Irani, durante a Guerra do Contestado.[1] Está sepultado no Cemitério São Francisco de Paula em Curitiba Batalha do IraniCom o adentramento de um movimento messiânico na área de litígio entre os Estados de Santa Catarina e Paraná, o Regimento de Segurança foi enviado à região, com o intuito de evitar uma intervenção do Governo Federal.[1] Acabaram ocorrendo graves divergências quanto ao emprego do efetivo, pois o Chefe de Polícia, cargo político que atualmente corresponde a um Secretário de Segurança, desejava distribuir o efetivo pelas localidades circunvizinhas, assumindo uma posição defensiva. Entretanto, o Coronel João Gualberto desejava avançar de imediato sobre os revoltosos, para prender seus líderes e dispersar seus seguidores. A tropa acabou sendo dividida e apenas foi liberado um pequeno efetivo para o Coronel atingir seus objetivos.[1] Na localidade de Irani esse destacamento se defrontou com um elevado número de revoltosos, armados e dispostos à luta, ocorrendo um elevado número de mortes e feridos. O confronto violento foi desastroso para ambos os lados e desencadeou justamente o que se procurava evitar: uma intervenção federal.[1] Referências |