Joaquim Marques Batista de Leão
Joaquim Marques Baptista de Leão (Rio de Janeiro, 06 de janeiro de 1847 — Paris[1], 5 de novembro de 1913) foi um almirante brasileiro. Ocupou o cargo de ministro da Marinha do Brasil, de 15 de novembro de 1910 a 11 de janeiro de 1912, no governo de Hermes da Fonseca.[2] BiografiaJoaquim Marques Batista de Leão nasceu no Rio de Janeiro, até então capital do Império do Brasil, no dia 6 de janeiro de 1847. Aspirante a guarda-marinha em 1863, foi efetivado dois anos depois. Em janeiro de 1867 foi promovido a segundo-tenente, em abril de 1868 a primeiro-tenente. Combateu na Guerra do Paraguai (1864-1870) e em decorrência recebeu a medalha de ouro do serviço militar e a medalha da passagem de Humaitá, além das medalhas do Mérito Militar oferecidas pelos governos do Brasil e da Argentina. Em 1879 foi promovido a capitão-tenente e posteriormente a capitão de fragata. Em junho de 1894, quando alcançou a patente de capitão de mar e guerra, assumiu por um ano a presidência do Clube Naval. Voltou a presidir a instituição entre junho de 1903, ano em que foi promovido a contra-almirante, e junho de 1904. Em 15 de novembro de 1910, ao ter início o governo do presidente Hermes da Fonseca (1910-1914), foi nomeado ministro da Marinha sucedendo o então contra-almirante Alexandrino de Alencar. Permaneceu à frente do ministério até janeiro de 1912, quando pediu exoneração e foi substituído pelo contra-almirante Manuel Inácio Belfort Vieira. Após seu afastamento do ministério foi promovido a almirante. Joaquim Marques Batista de Leão faleceu em Paris, França em 5 de novembro de 1913.[1] Enviou um relatório ao presidente Hermes da Fonseca reconhecendo o erro, o anacronismo, de se manter o castigo da chibata 22 anos depois da Abolição da Escravatura, recomendando treinamento de marinheiros e oficiais para uma nova era, uma Nova Marinha (como ele diz). Assim como sugerindo que o almirantado composto de oficiais muito velhos pedisse demissão, como ele estava fazendo ao entregar o relatório.[3] Citações"Foi depois da noite de 22 de novembro, quando os canhões dos dreadnougths despertaram a população desta cidade com a ameaça de mortífero bombardeio, que se procurou o modo pratico de formular um projecto que, extinguindo Inteiramente os castigos corporaes no Exercito e na Armada" "Para conseguir o resultado que todos certamente almejam, pela minha parte darei exemplo aos meus velhos companheiros: não podendo servir á nova Marinha com o zelo e a actividade com que me dediquei á antiga, como Segundino Gomensoro, declaro que cumprirei um dever de consciência deixando uma vaga no quadro da Armada..." (p.75) HomenagensEm sua homenagem, foram nomeadas as avenidas Marques de Leão (bairro da Barra, em Salvador)[4] e Almirante Marques de Leão (bairro do Bixiga, São Paulo).[5] A Marinha brasileira possui também o Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão, fundada em 23 de outubro de 1943.[6] Referências
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