Joaquim Xavier NevesJoaquim Xavier Neves (Paranaguá, 1793 — São José, 4 de abril de 1872) foi um militar e político brasileiro.
VidaFilho de Jacinto Xavier Neves e de Joaquina Ananias Dorotéa de Jesus. Ainda na infância fixou-se em São José. Casado com Felicidade Firmina de Sousa Neves. Pai de Gaspar Xavier Neves. Sua filha Joaquina Ananias Neves casou com Jacinto José da Luz, pai de Hercílio Luz. Possuía grande extensão de terras no Vale do Cubatão, nas imediações de Caldas do Norte, atualmente município de Águas Mornas, constituindo a Fazenda do Sacramento, no caminho para Lages.[1] Esta fazenda já estava estabelecida com grande progresso em 1837, como pode-se constatar do Discurso pronunciado na abertura da Assembleia Legislativa da província de Santa Catarina na 1ª sessão ordinária da 2ª legislatura de 1838, 17º da independência e do império, pelo respectivo presidente o brigadeiro João Carlos Pardal, em 1 de março de 1838:
Faleceu em sua fazenda em 4 de abril de 1872, sendo sepultado dois dias depois no Cemitério da Igreja Matriz de Santo Amaro da Imperatriz.[1] CarreiraTenente-coronel da Guarda Nacional em São José, quando foi proclamada a República Juliana. Foi eleito presidente da mesma por um colégio eleitoral, em 7 de Agosto de 1839, porém não assumiu o cargo por ter sido impedido de deslocar-se até Laguna pelas forças imperiais, que foi então assumido pelo vice, o padre Vicente Ferreira dos Santos Cordeiro, seu tio.[2] Apesar do envolvimento com a república, foi-lhe dado pelo governo imperial o comando dos Batalhões da Terra Firme como chefe de legião, tendo sido chamado pelo presidente da província ao Palácio do Governo e o informado que seria responsabilizado por qualquer tentativa de sublevação que ocorresse em São José.[3] Recepcionou o casal imperial, D. Pedro II e Teresa Cristina, quando os mesmos desembarcaram no trapiche em São José em 29 de outubro de 1845, por ocasião da visita às fontes termais de Santo Amaro da Imperatriz. Joaquim Xavier Neves foi nomeado em 1846 pelo presidente da província Antero José Ferreira de Brito para viabilizar a instalação de um núcleo colonial nas imediações de suas terras. Julgou que a colônia projetada fosse instalada mas margens do rio dos Bugres, afluente do Cubatão, incluindo também terras das quais havia requerido posse seu filho Gaspar Xavier Neves. Foi nomeado coronel honorário de 1ª Linha do Exército, em 1 de março de 1855. Foi 3° vice-presidente da província de Santa Catarina, ocupando a presidência de 11 de agosto a 22 de novembro de 1869, por ocasião da exoneração do titular, Carlos Augusto Ferraz de Abreu, passando o cargo ao 2° vice-presidente, Manuel do Nascimento da Fonseca Galvão. Foi deputado à Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina na 4ª legislatura (1842 — 1843), como suplente convocado, na 7ª legislatura (1848 — 1849), como suplente convocado, na 10ª legislatura (1854 — 1855), na 12ª legislatura (1858 — 1859), e na 13ª legislatura (1860 — 1861). Ver tambémReferências
Ligações externas
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