Johann Tetzel
Johann Tetzel, OP (Pirna, 1465 – Leipzig, 11 de agosto de 1519) foi um alemão católico romano, frade dominicano e pregador. Além disso, foi um Grande Inquisidor de Heresia na Polónia, e mais tarde tornou-se o Grande Comissário para indulgências na Alemanha. Tetzel ficou conhecido pela concessão de indulgências em troca de dinheiro, o que permite a remissão de pena temporal devida ao pecado, a culpa do que foi perdoado, uma posição fortemente contestada por Martinho Lutero. VidaTetzel nasceu em Pirna, Saxônia, e estudou teologia e filosofia na Universidade de Leipzig. Ele entrou na ordem Dominicana, em 1489, alcançou algum sucesso como pregador, e foi em 1502, comissionado pelo cardeal Giovanni de Medici, (que seria mais tarde, o Papa Leão X), para pregar a indulgência cristã, o que ele fez ao longo de sua vida. Em 1509, exerceu a função de inquisidor da Polónia e, em 1517, o Papa Leão X o fez comissário de indulgências para toda a Alemanha. Ele adquiriu o grau de licenciatura em Sagrada Teologia na Universidade de Frankfurt an der Oder, em 1517, e depois se tornou Doutor em Sagrada Teologia em 1518, por defender em duas disputas, a doutrina das indulgências contra Martinho Lutero. A acusação de que ele tinha vendido perdão total pelos pecados ainda não cometidos causou um grande escândalo. Acreditava-se que todo o dinheiro que Tetzel levantava foi para a reconstrução em curso da Basílica de São Pedro, embora metade do dinheiro foi para o arcebispo de Mainz, o cardeal Albert de Brandenburg (autoridade a qual Tetzel estava submetido), para pagar as dívidas contraídas com o propósito de garantir a nomeação de Albert ao Arcebispado. Lutero começou a pregar abertamente contra ele, e foi inspirado a escrever suas famosas Noventa e Cinco Teses, em parte, devido a ações de Tetzel, no qual ele afirma:
Tetzel também foi condenado (embora mais tarde perdoado) pela imoralidade. Quando ele descobriu que Karl von Miltitz o acusou de cometer inúmeras fraudes e desfalques, retirou-se, fraco em espírito e saúde, ao mosteiro dominicano em Leipzig. Miltitz foi mais tarde desacreditado ao ponto em que suas reivindicações não têm peso histórico. Tetzel morreu em Leipzig em 1519. No momento da sua morte, Tetzel havia caído em descrédito e estava afastado do público. Quando Lutero ouviu que Tetzel estava muito doente e esperava pela morte, Lutero escreveu para confortá-lo, e disse-lhe "para não se perturbar, pois a questão não começou por sua responsabilidade, mas a criança tinha um pai diferente." Posição doutrináriaTetzel se tornou conhecido pela frase atribuída a ele: "Tão logo uma moeda na caixa cai, a alma do purgatório sai". Tetzel não exagerava no que diz respeito às indulgências para os mortos, seu ensinamento sobre indulgências para os vivos também era pura doutrina católica. O alemão Ludwig von Pastor, historiador católico do papado, explica[1]:
CuriosidadeDe acordo com Lutero, depois de Tetzel ter recebido uma quantidade substancial de dinheiro em Leipzig, um nobre perguntou-lhe se era possível receber uma carta de indulgência para um pecado futuro. Tetzel rapidamente respondeu que sim, insistindo, no entanto, que o pagamento tinha de ser feito de uma só vez. Este nobre o fez, recebendo logo a seguir a carta selada de Tetzel. Quando Tetzel deixou Leipzig, o nobre lhe atacou ao longo do caminho, deu-lhe uma grande surra e o mandou de volta de mãos vazias para Leipzig, com o comentário de que este era o pecado futuro que ele tinha em mente. O Duque George no início ficou bastante furioso com este incidente, mas quando ouviu toda a história, deixou o nobre ir sem castigá-lo.[2] Referências
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