José Francisco da Cruz AlagoaJosé Francisco da Cruz Alagoa, 1.º Senhor do Morgado da Alagoa, foi um empresário português, de família que se enobreceu no século XVIII. FamíliaFilho de João Francisco da Cruz e de sua mulher Joana Maria de Sousa e irmão de António José da Cruz, Joaquim Inácio da Cruz Sobral e Anselmo José da Cruz Sobral.[1][2] BiografiaAo princípio ocupava-se na loja de seu pai e depois se aplicou ao negócio e embarcou para o Brasil, com cartas do Padre Domingos Pereira para lhe darem comodo. Esteve no trapiche num armazém de tabacos e depois, vindo para Lisboa, se estabeleceu nesta cidade e se empregou no comércio em que foi muito instruído e riquíssimo comerciante e deu as ideias para o estabelecimento das Companhias do Maranhão, foi Provedor da Junta do Comércio e, tendo conseguido a amizade do futuro Marquês de Pombal, este teve a honra de o visitar em sua casa, pelo que, querendo mostrar-se grato, lhe ofereceu um serviço de prata de grande valor, o qual serviu a primeira vez no jantar que o referido Marquês deu no casamento de sua filha, e depois, sendo visitada sua mulher pela futura Marquesa com sua filha, posteriormente Senhora e Condessa de São Paio, nas suas Casas da Fábrica da Seda, lhe deu uma rica merenda, e entre outras flores que guarneciam os Jardins do Dezer, havbia muitas de diamantes, com que brindou as ditas senhoras, sendo o seu ânimo tão implacável que tudo lhe parecia pouco para o seu agradecimento na oferta do valor dalgumas ações nas Companhias que em nome do dito Marquês e sua mulher entregou e demitiu o Rei D. José I de Portugal, o qual, informado do seu zelo, atividade e inteligência, o nomeou Fidalgo da sua Casa Real, por Alvará de 17 de Junho de 1763, passando-lhe segundo do mesmo foro para acrescentamento de moradia a 12 de Janeiro de 1765, e igualmente o nomeou Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima, e Conselheiro de Capa e Espada da sua Fazenda Real por Alvará de 19 e 20 de Setembro de 1763, Tesoureiro-Mor do Real Erário, Procurador da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, e Administrador da Alfândega de Lisboa.[1][2] Para ele e seus descendentes lhe fez o Rei D. José I mercê de juro e herdade fora da Lei Mental, por Alvará de 17 de Janeiro de 1763 e Carta de 1 de Setembro de 1763 da Capela instituída pelo Cónego Gonçalo Mendes, estabelecendo-se em Morgado que compreende três grandes casas e a Casa e Quinta da Alagoa, por Solar, da qual tomou o apelido. A 10 de Setembro de 1763 instituiu o Morgado da Alagoa, do qual foi o 1.º Senhor, e a 25 de Março de 1765 se lhe passou Carta de Brasão de Armas, de Mercê Nova, com as seguintes: cortado, o primeiro de azul, com cinco estrelas de seis pontas de ouro, postas em cruz; o segundo de prata, ondado de azul; bordadura de todo o escudo de vermelho, carregada da legenda Nomen honorque meis em letras de ouro; timbre: um galgo de prata, coleirado de vermelho, com uma chave de ouro na boca.[1][3] Casamentos e descendênciaCasou primeira vez em Lisboa, Encarnação, a 19 de Junho de 1748 com Francisca Rosa Caetana de Oliveira, filha de Rafael da Silva Braga e de sua mulher, sem geração. Casou segunda vez em Lisboa, Santa Justa, a 2 de Setembro de 1754 com Maria Joaquina da Purificação Pacheco, filha de Bento Pacheco Pereira e de sua mulher (Lisboa, São Nicolau - ?) Ana Maria Layne, de que teve dois filhos e duas filhas:
ReferênciasBibliografia
Ligações externas
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